No domingo Alexander Zverev sagrou-se campeão do Internazionali BNL d’Italia, batendo em sets diretos Novak Djokovic. Com uma exibição irrepreensível e madura o alemão frustrou o sérvio, que nunca conseguiu ganhar ritmo de jogo. Zverev chega e vence a primeira final de um Masters 1000. De uma assentada, o líder destacado do Next Gen ATP Finnals entra no top-10 e coloca-se na corrida para as finais de Londres. Novak Djokovic acaba de confirmar que Andre Agassi será o seu novo treinador, e que o norte-americano assume funções já em Roland Garros.

Temos novo Master(s)

Vencer o primeiro Masters 1000 aos vinte anos é apenas o começo para Alexander Zverev.

Vencer o primeiro Masters 1000 aos vinte anos é apenas o começo para Alexander Zverev.

O resultado foi um choque. Ninguém esperava realmente que Alexander Zverev batesse Novak Djokovic na final do Masters de Roma, muito menos por sets diretos (6-4, 6-3). Sobretudo depois das exibições do sérvio nos quartos e meias-finais, frente a Del Potro e Dominic Thiem, das melhores e mais conseguidas que lhe vimos fazer em meses. Mas, mais uma vez, o jovem alemão impressionou pela abordagem ao encontro e pela consistência. Em nenhum momento acusou a pressão do momento ou demonstrou receio; a sua prestação voltou a ser tremendamente equilibrada e regular ao longo de toda a partida. O saque foi uma arma importante mas a resposta esteve também a alto nível. Zverev colocou setenta e um por centos de primeiros serviços e com converteu oitenta e quatro por cento dessas pancadas em pontos, contrastando com os números de Djokovic (sessenta e quatro e setenta, respetivamente). O número dois mundial reconheceu que o adversário estava a servir muito bem, forte e colocado, e que isso o impediu de ganhar ritmo na resposta.

Next Gen é já

Há uma década – desde que Djokovic venceu o torneio de Miami ainda com dezanove anos – que um jogador tão jovem não conseguia vencer um Masters 1000. Aos vinte anos e de uma penada, Zverev conquista o primeiro troféu num evento de categoria superior e tem entra no top-10. Mas o alemão continua com os pés no chão. Sabe que o que acaba de conquistar é extraordinário mas está ciente de que chegar lá é uma coisa, outra bem mais exigente é manter-se no topo. E diz que esta segunda-feira tem que esquecer o título e voltar ao court para treinar pensando em formas de evoluir e melhorar o seu jogo. Mostra, pelo menos, que está a ser bem orientado.

Alexander Zverev já comandava destacado a classificação para o Next Gen ATP Finnals para os talentos sub-21 que despontam no circuito, que se realiza entre 7 e 11 de novembro em Milão, somando já o triplo dos pontos em relação à concorrência. Mas o triunfo em Roma coloca-o na quarta posição da corrida para Londres, o que significa que o alemão pode vir a ter entrada para a mesa dos crescidos, por assim dizer.

Agassi com Djokovic em Paris

Agassi pode ajudar Djokovic a reinventar-se e a conjugar a vida familiar com as exigências do circuito.

Agassi pode ajudar Djokovic a reinventar-se e a conjugar a vida familiar com as exigências do circuito.

Novak Djokovic, que hoje cumpre trinta primaveras, anunciou que Andre Agassi o acompanhará no Roland Garros. Desde que o sérvio se desfez da anterior equipa técnica que procura encontrar uma parceria diferente e o nome do antigo número um foi um dos nomes mais referidos. Contudo o próprio norte-americano referiu várias vezes que não estava disponível para regressar à azáfama do circuito de forma contínua. O que traduzindo em miúdos pode significar mais uma parceria ao estilo do que Murray estabeleceu com Lendl. Ou seja, o sérvio terá um treinador regular que o acompanha no dia-a-dia e Agassi entraria mais na categoria de consultor, que se desloca apenas para os eventos de topo, nomeadamente os do Grand Slam. A julgar pelas declarações de Nole, os dois já tem trocado ideias com regularidade e agora vão testar a parceria in loco em Paris, para a partir daí definir melhor a colaboração.

Agassi foi número um e conquistou oito títulos do Grand Slam.

Boas Apostas!