Vitória Setúbal – Sporting (Taça da Liga)
O modelo da Final Four da Taça da Liga levado para Braga este ano, voltou a colocar questões sobre o número de pessoas interessadas em partidas onde os grandes não participam. A festa não foi pequena para Vitória de Setúbal e Oliveirense, no jogo da primeira meia-final, mas o ambiente despido do Municipal de Braga pesou na forma como a qualidade do jogo foi ainda mais baixa do que as expetativas. No clássico entre Sporting e FC Porto, o ambiente das bancadas melhorou, ainda que a qualidade do encontro também tenha deixado a desejar. A emoção dos penáltis fez por modificar a sensação com que se terminou a partida.
Trata-se de uma repetição da final da primeira edição da Taça da Liga, que em 2008 colocou Sporting e Vitória de Setúbal frente-a-frente. Nessa partida, os sadinos acabaram por conquistar o troféu, no desempate por penáltis. Dez anos passados, o Sporting não conseguiu, nunca, levantar a mais jovem das taças do futebol português, regressando a uma final onde entra como favorito.
O Vitória de Setúbal tem um enorme carinho pela Taça da Liga e, esta temporada, bem pode ver nesta prova uma espécie de salvaguarda, perante uma caminhada errática na Liga NOS. Nos lugares de descida, os sadinos têm sentido imensa dificuldade para sair de uma posição ingrata, com José Couceiro a revelar claras fragilidades no momento de encontrar talento para atacar a salvação. A situação na direção do clube também afetou o grupo, na mesma forma que vai afetando possíveis mexidas no mercado, sem que veja, a caminho do fim de janeiro, novidades acerca de reforços que pudessem trazer os sadinos para outro nível competitivo. O foco está, para já, na final da Taça da Liga, onde de forma algo surpreendente, deixaram pelo caminho Benfica e Sporting de Braga. A meia-final, com a Oliveirense, foi um jogo de baixa qualidade, o que imputa ao grupo a responsabilidade de mostrar uma face de maior qualidade.
Onze Provável: Pedro Trigueira – Arnold, Pedro Pinto, José Semedo, Nuno Pinto – Tomas Podstawski, André Pedrosa – João Amaral, Costinha, João Teixeira – Gonçalo Paciência.
O Sporting ainda não perdeu nas provas nacionais, segue na perseguição ao primeiro lugar da Liga NOS, mas encara cada taça como uma possibilidade de afirmação do seu valor. Ultrapassar o FC Porto nas meias-finais faz parte desse percurso, ainda que a equipa de Jorge Jesus preferisse tê-lo feito ao longo dos 90 minutos. O equilíbrio entre os dois conjuntos é, no entanto, bem elevado, não se tendo vislumbrado possibilidade para que o Sporting, ou o FC Porto, decidissem o jogo antes dos penáltis. Más notícias para Jorge Jesus é a lesão de Gelson Martins, que vai falhar a Taça da Liga e, espera-se, poucos jogos da Liga NOS. A forma como o treinador tem apostado num grupo limitado de jogadores levaria, como era de esperar, a problemas físicos e, se alguns jogadores estão um pouco abaixo das suas possibilidades, no caso do internacional português, a paragem tornou-se obrigatória. Fica a dúvida sobre que alterações irá impor o treinador para o jogo deste sábado, onde a responsabilidade de procurar a vitória é, essencialmente, sua.
Onze Provável: Rui Patrício – Piccini, Coates, Mathieu, Fábio Coentrão – William Carvalho, Bruno Fernandes – Bryan Ruiz, Rúben Ribeiro, Marcos Acuña – Bas Dost.
As equipas já se defrontaram por duas vezes esta temporada, com o Sporting a vencer, em Alvalade, por 1-0, somando um empate, já este mês, no Estádio do Bonfim.
A pressão está do lado do Sporting, com os sadinos a chegarem a esta partida sem nada a perder.