Começou ontem a fase final da Liga dos Campeões.

Ontem, no primeiro jogo da segunda-mão das meias-finais da Liga dos Campeões, já ficou conhecido o primeiro finalista da liga milionária da época 2014/2015.

Ganhou quem tinha, obrigatoriamente, de ganhar, mas passou quem mereceu mais, no conjunto das duas mãos, passar à final da prova máxima de clubes europeus.

No jogo-final de ontem, no Allianz Arena de Munique, ganhou a equipa da casa, o Bayern Munique, por 3 a 2, ao FC Barcelona. Mas no final, foram os espanhóis que seguiram para a final, mercê da vitória alcançada, em Camp Nou, na semana passada.

Começou Cedo… A Desilusão

Em Munique, e sabendo do trabalho hercúleo que os esperava, os jogadores do Bayern lançaram-se cedo à procura do golo, sabendo que precisavam de, pelo menos, igualar, um resultado desfavorável de 3 a 0, consentido na semana anterior em Barcelona.

E assim foi. Ainda não havia 10 minutos de jogo, já o central francês de origem marroquina, Mehdi Benatia, marcava o primeiro golo do encontro e parecia levar o Bayern Munique no caminho certo.

Neymar

Ao marcar dois golos no Allianz Arena, Neymar foi o principal obreiro do desaire alemão

Mas foi pura ilusão que durou pouco. Mais concretamente, 8 minutos. O tempo que medeia entre o golo de Benatia, para o Bayern e o golo de Neymar para o FC Barcelona. Estávamos à passagem do primeiro quarto-de-hora do encontro quando surgiu o inevitável maxi-trio atacante do clube catalão: Lionel Messi – Luís Suárez – Neymar. Numa jogada em que a bola passou pelos três jogadores, coube a Neymar colocar, mais uma vez, a bola dentro da baliza de Manuel Neuer. O FC Barcelona empatava o jogo no Allianz Arena e voltava a colocar o Bayern Munique em maus lençóis: agora precisava de marcar 4 golos para poder chegar à final em Berlim, ali mesmo, na Alemanha.

Mas se a tarefa inicial era hercúlea, agora era quase impossível. É que do outro lado estava o FC Barcelona. Antiga equipa de Pep Guardiola, actual treinador dos bávaros, e com a qual atingiu o zénite no mundo do futebol.

Pior ainda ficou quando, à passagem da meia-hora, o mesmo trio do costume, Messi-Suárez-Neymar, voltam a marcar golo, numa jogada onde a bola volta a passar pelos 3 e, mais uma vez, cabendo ao brasileiro Neymar voltar a colocar a bola dentro da baliza de Neuer. Não era uma vingança pelo Mundial, mas parecia. É que antes, já uma série de possibilidade de golos alemães, não foram concretizados. Thomas Müller, Lewandowski e Thiago Alcântara estiveram com o golo nos pés e falharam. Ontem não era noite para alemães.

E o jogo poderia ter acabado aqui.

Mas o Bayern Munique é parte interessada do ditado: “O futebol são onze jogadores para cada lado e no fim ganha a Alemanha.” Por isso…

E no Fim Ganha a Alemanha

Por isso, Pep Guardiola, não sendo alemão, mas conhecedor da história e dos ditados populares que aquecem os serões à lareira, não se deu por vencido. Ou pelo menos, convencido.

Depois do intervalo, e a ganhar em campo alheio, por 2 a 1, Luis Enrique, o treinador dos catalães, tirou Luís Suárez. Desfez o maxi-trio. Dava mostras de descanso e segurança.

Mas na passagem do primeiro quarto-de-hora do segundo tempo, Lewandowski, com um potente remate, coloca a bola dentro da baliza de Ter Stegen, e faz o empate a 2 bolas. Ainda faltava meia-hora de jogo. O Bayern ainda tinha de marcar mais 4 golos, se queria fazer algo mais da eliminatória. Difícil. Mas…

Lionel Messi

E quem tem Lionel Messi tem tudo, ou como disse Pep Guardiola, um jogador impossível de parar

Quinze minutos depois, é Thomas Müller que, respondendo a um passe de Schweinsteiger, remata colocado para o 3 a 2, repondo o Bayern Munique, de novo, na frente do marcador. Faltava um quarto-de-hora para terminar o jogo. Aos alemães faltam 3 golos. Do outro lado está o FC Barcelona.

O que resta?

Pelo menos já a ganhar em casa, a equipa de Pep Guardiola tenta ainda acreditar que é possível, correndo contra o relógio. Mas lá no fundo sabem que é uma tarefa inglória. O tempo passa e o raciocínio turva. As esperanças esgotam-se. A gravidade começa a actuar. Caiem os braços. As pernas começam a ter dificuldade em correr.

De repente, o objectivo do Bayern Munique é defender a vitória, por 3 a 2, perante o FC Barcelona, no Allianz Arena. Do mal o menos. Pelo menos a vitória. Amarga, mas vitória.

Esta derrota dos bávaros vem, também, agudizar a crise que se instalou entre os jogadores do Bayern Munique e o seu treinador, Pep Guardiola, falando-se, inclusivamente, da sua ida para Inglaterra, para o Manchester United. Este poderá, portanto, ter sido o último grande jogo de Guardiola com a equipa do Bayern Munique.

Por seu lado, depois de tanta contestação que sofreu ao início, Luís Enrique, o treinador do FC Barcelona, consegue levar a sua equipa à final de Liga dos Campeões, a quarta vez que tal acontece nos últimos dez anos. E, depois do jogo de hoje, entre o Real Madrid e a Juventus FC, ainda é possível que se venha a jogar uma nova final entre equipas espanholas, como na época passada. Mas isso é análise para amanhã.

Boas Apostas!