Estreia amarga para a seleção argentina. Apontada como uma das favoritas à vitória final, a “albicelste” não foi além de um empate a uma bola com a Islândia, estreante absoluta em fases finais. Nem Leo Messi foi capaz de ultrapassar a rigidez tática da equipa nórdica.

Foto: "AP Photo/Matthias Schrader"

Foto: “AP Photo/Matthias Schrader”

Caballero, Salvio, Otamendi, Rojo, Tagliafico, Mascherano, Biglia, Meza, Di Maria, Messie  Aguero foram os onze eleitos por Jorge Sampaoli para iniciar a a participação neste Mundial 2018. Destaque em particular para Salvio, jogador do Benfica que foi titular pela direita da defesa.

Desde cedo se percebeu que a Argentina não teria tarefa fácil para levar de vencida a combativa – e fisicamente superior – Islândia. Os “vikings” apresentaram-se com as linhas baixas, próximas e um rigor invejável em termos de posicionamento, obrigando Leo Messi a recuar no terreno para tentar construir. Pelas alas, tanto pela direita como pela esquerda, a Argentina sentia muita dificuldade em desequilibrar uma equipa que se posicionava toda atrás da linha da bola.

Pouco criativa na frente e praticamente incapaz de “furar” o bloco defensivo islandês, a equipa argentina não se livrava de alguns calafrios em transições guiadas Bjarnason, Sigurdsson ou Gudmundsson.

A qualidade de “Kun” Aguero no interior da área viria a fazer a diferença. 20 minutos depois do apito inicial, um bom movimento do avançado permitiu finalizar com sucesso, batendo Halldorsson numa das primeiras grandes ocasiões criadas pela Argentina, formação que sentiu sempre muitas dificuldades para jogar no espaço em virtude do bom posicionamento adversário.

Cada vez que a Islândia se chegava à frente, as debilidades defensivas da equipa de Jorge Sampaoli ficavam em evidência e, pouco tempo depois de o marcador ter sido inaugurado, coube a Finnbogason estabelecer o empate na sequência de uma defesa incompleta de Willy Caballero, guarda-redes cuja titularidade tem sido muito discutida em solo argentino. Uma vez reestabelecido o empate, a seleção islandesa manteve a estratégia, sem se prestar a grandes riscos ou atuar de forma que pudesse colocar em risco a sua estabilidade defensiva.

Não era a tarde de Messi

Se na véspera tínhamos visto Cristiano Ronaldo fazer toda a diferença a favor de Portugal, o mesmo se esperava de Messi num jogo em que a Argentina sentia imensa dificuldade em chegar à baliza contrária em ataque continuado. Messi, ainda que abaixo do normal, assumia-se como principal dinamizador do ataque, baixando constantemente no terreno, mas as tabelas incompletas e as solicitações não correspondidas sucediam-se. Atirar de meia distância também não estava fácil, tal era a proximidade da pressão contrária.

Leo Messi teria a possibilidade de devolver a vantagem à Argentina nos pés, mas o craque da “albiceleste” não soube aproveitar um castigo máximo, permitindo a defesa a Halldorsson pouco depois da hora de jogo. Um lance que foi o espelho da exibição desinsipirada do conjunto de Sampaoli.

A solução não estava no banco

Olhando para as soluções de Jorge Sampaoli, Paulo Dybala figurava como uma das opções mais apetecíveis para ir a jogo. No entanto, o seleccionador não recorreu aos serviços do atleta da Juventus.

À medida que o tempo avançava, a necessidade de conferir maior verticalidade à equipa tornava-se uma evidência. Nesse sentido, Sampaoli desfez o duplo pivot defensivo Biglia – Mascherano e promoveu a entrada de Banega, criativo que em virtude da sua vocação ofensiva fez com que a equipa subisse, mas não foi capaz de acrescentar algo de significativo. Pavón, do Boca Juniors, também foi utilizado e esteve perto de bater Halldorsson, mas o guarda-redes islandês respondeu bem, para desespero de Diego Armando Maradona que marcou presença em Moscovo.

Croácia e Nigéria, as outras duas seleções do grupo, enfrentam-se esta noite.

Boas Apostas!