Terminados que estão os campeonatos nacionais, chegamos agora a uma fase do ano preenchido pelos compromissos internacionais. Sendo que, na Europa, o Euro acontece apenas para o próximo ano, na América do Sul encontramos a disputa da Copa América, aquela que é a mais antiga prova de seleções ainda em disputa e que coloca frente a frente todos os integrantes da CONMEBOL e ainda dois convidados que, nesta edição, são o México e Jamaica. A começar a disputa a 11 de Junho e com final marcada para 4 de Julho, a Copa América deste ano tem lugar marcado no Chile.
Com doze equipas em prova divididas por três agrupamentos, esta promete ser uma das mais entusiasmantes edições da prova. Depois de, no ano passado, ter acontecido no Brasil a disputa do Mundial 2014, onde todas as equipas do continente americano se conseguiram exibir em grande forma e mostraram padrões competitivos bastante aproximados dos europeus, é de esperar que nesta Copa América a luta pela conquista do título seja bem mais animada visto que equipas como o México, convidado, a Colômbia, o Uruguai, ou até mesmo os outsiders da Costa Rica, tentarão aqui criar uma forte oposição aos principais favoritos à conquista do título como são o Brasil, a Argentina ou o anfitrião Chile, cabeças de série no sorteio da fase de grupos.
Grupo A

Irreverente, Aléxis Sanchez, quer agora mais que nunca levar este Chile à vitória.
Encabeçado pelo Chile, este grupo é então completo pelo conjunto convidado, o México, o Equador e a Bolívia. A jogar diante do seu povo, o Chile quer claramente fazer uma exibição de preceito e para isso o técnico Jorge Sampaoli usufrui de um grupo recheado de estrelas. A começar pela baliza, que será muitíssimo bem ocupada pelo campeão espanhol Claudio Bravo, o treinador argentino pode ainda contar com atletas como Gary Medel ou Gonzalo Jara na defesa, Maurício Isla, Arturo Vidal e Matías Fernández no meio campo e ainda, no ataque, Eduardo Vargas e a grande estrela da equipa, Aléxis Sanchéz.
Mantendo-se orientado por Miguel Herrera, como convidado, o México apresenta-se aqui com um plantel mais limitado que o habitual muito por causa da disputa da Gold Cup que decorrerá durante o mês de Julho. Por isto também o treinador apresenta aqui um grande número de jogadores ainda em teste na equipa, tendo deixado de fora alguns dos mais importantes elementos da equipa como: Guillermo Ochoa, Francisco Javier Rodríguez, Héctor Moreno, Andrés Guardado, Héctor Herrera, Giovani dos Santos ou Javier Hernández.
Tendo feito uma exibição curiosa no Mundial 2014, onde somaram um empate, uma derrota e uma vitória, os homens do Equador podem muito bem superiorizar-se ao México visto que usufruem da qualidade de jogadores como Juan Carlos Paredes, Christian Noboa, Jefferson Montero ou Enner Valência. Já de fora, de forma algo surpreendente ficou Antonio Valencia, por opção técnica, e ainda Felipe Caicedo, este devido a lesão.
Já a Bolívia, como elo mais fraco do grupo, tentará aqui remar contra a maré e terminar numa que não a última posição. Para isso, os Verdes, orientados por Mauricio Soria, débeis em termos técnicos, valem-se da experiência de homens como Ronald Raldes, Marcelo Martins Moreno ou Juan Carlos Arce.
Grupo B

Mesmo não conseguindo ter na Argentina o mesmo ímpeto que tem no Barça, Leo Messi continua a ser o grande motor do grupo.
Neste agrupamento é cabeça de lista a finalista vencida do Mundial 2014, a Argentina. Agora comandada por Tata Martino, a seleção das Pampas entra nesta prova com o objectivo de sair campeã e nenhuma das grandes estrelas foi deixada de lado. Pablo Zabaleta, Ángel Di María, Javier Pastore, Érik Lamela, Leo Messi e Kun Aguero mantêm-se como as principais figuras da equipa que procuram agora conquistar um título para o seu país.
Mantendo-se sob o comando de Óscar Tabárez, o Uruguai apresenta-se aqui com o objectivo de limpar a fraca imagem que deixou no campeonato do Mundo. Para isso o treinador não pode contar com o melhor marcador da história da equipa, e grande estrela da mesma, Luís Suárez que se encontra ainda a cumprir o castigo que lhe foi imposto no Mundial 2014. Ainda assim, continuam a fazer-se valer no grupo os nomes de Edinson Cavani, Abel Hernández, Nicolás Lodeiro, Diego Godín, Maxi Pereira e Fernando Muslera, que deixam os adeptos com expectativas elevadas às quais eles darão o máximo para corresponder.
O Paraguai aparece aqui depois de, na qualificação para o Mundial 2014 ter sido último classificado da zona de apuramento da CONMEBOL, depois de ter somado apenas 12 de 54 pontos possíveis. Ainda assim, com um grupo recheado de qualidade, e experiência, o treinador Ramón Díaz faz de Justo Villar, Iván Piris, Hernán Pérez, Néstor Ortigosa, Roque Santa Cruz, Óscar Cardozo e Lucas Barrientos as suas principais armas para tentar subir no ranking de seleções da FIFA onde agora ocupam o 81º lugar.
Por fim, encontramos neste Grupo B a Jamaica. 74ª no ranking FIFA, a equipa das Caraíbas procura aqui surpreender os críticos e alcançar uma fase mais avançada da prova, contando para isso o técnico alemão, Winfried Schäfer, com a experiência de atletas como Dwayne Miller, Jermaine Taylor, Rodolph Austin, Je-Vaughn Watson e Darren Mattocks.
Grupo C

Apesar da reestruturação da equipa, Neymar continua a ser figura mais incontornável deste grupo.
Depois da má prestação que realizou no campeonato do Mundo em que foi anfitrião, o Brasil apresenta-se aqui sob as ordens de Dunga e com um plantel completamente reestruturado, sendo nomes como Júlio César, Dani Alves, Kaká, Lucas Moura, Bernard e Hulk os grandes ausentes do grupo. Em sentido oposto, nomes como os de Jefferson, Danilo, Douglas Costa, Casemiro ou Miranda prometem grandes sucessos para o grupo que se continua a fazer valer pelos incontornáveis Thiago Silva, Luiz Gustavo, Robinho e Neymar.
Para fazer frente aos canarinhos neste agrupamento encontramos de imediato a Colômbia. Com um plantel repleto de estrelas e motivados pela boa campanha obtida no Mundial 2014, Los Caffeteros apresentam-se agora aqui com Radamel Falcao, Jackson Martínez, James Rodríguez, Juan Guillermo Cuadrado, Cristián Zapata e David Ospina, todos atletas de equipas da elite do futebol na Europa. Pelo lado oposto, as ausências de Abel Aguilar e Adrián Ramos, ambos lesionados, são as grandes baixas da equipa.
Com a esperança de conseguir surpreender algum destes conjuntos favoritos do agrupamento encontramos o Peru. Com André Carrillo, Paolo Hurtado e Luis Advíncula no grupo, jogadores do Sporting CP, do Paços de Ferreira e do Vitória de Setúbal, os Incas valem-se ainda do experiente avançado do Bayern de Munique, Claudio Pizarro, e de Juan Manuel Vargas, médio da Fiorentina. Como treinador da equipa, Ricardo Gareca, decidiu ainda implementar na equipa as entradas de Hansell Riojas, Carlos Ascues e Yordy Reyna, jovens com um excelente potencial que o técnico espera ver evoluir durante esta prova.
Por fim temos ainda a Venezuela, sob as ordens Noel Sanvicente. Apresenta-se aqui com um plantel bastante diversificado de onde podemos destacar o avançado Salomón Rondón, os médios Ronald Vargas e Tomás Rincón e ainda os defesas Roberto Rosales e Fernando Amorebieta, que são todos atletas com bastante experiência competitiva e prontos para a ajudar os elementos mais novos do grupo a encaixar nas dinâmicas de jogo.
Após a disputa desta fase de grupos, os dois primeiros conjuntos de cada são automaticamente apurados para os quartos de final, ficando no entanto a faltar ainda duas equipas para completar esta fase de eliminatórias. Para isso, das seleções qualificadas na 3ª posição, serão escolhidas as duas que tiverem conseguido melhor prestação para avançarem à fase seguinte. Daí em diante joga-se então uma prova de eliminatórias, à semelhança de tantas outras, onde Chile, Colômbia, Argentina e Brasil são os favoritos a atingir as meias finais e a lutar por um lugar na derradeira final que, a jogar em casa, os chilenos não querem de qualquer modo falhar.
Boas Apostas!