Uma vitória sofrida para o Uruguai, num encontro onde as duas equipas chegaram a parecer satisfeitas com o empate. O golo surgiu já nos momentos finais, por intermédio de Giménez, quando o Egito ia encontrando maneira de suster o ataque uruguaio. Não foi um jogo que deixe grandes sinais positivos para nenhuma das equipas, mas acabaram por ser o sul-americanos a fazer aquilo a que estavam obrigados.
Primeira parte ao sabor dos egípcios
Os onzes já desenhavam uma tendência de alguma fixação das duas equipas num quase encaixe, esperando-se mais iniciativa do lado uruguaio, com Suárez e Cavani a funcionar como armas poderosas de finalização. O jogo tomou rapidamente esse rumo, com muito mais bola para o Uruguai, mas não deixou de ser o Egito quem dominou o ritmo do jogo. Fechando bem a iniciativa aos dois médios-centro dos celestes, obrigando o Uruguai a ir para a faixa à procura de cruzamentos, a qualidade que a equipa do Uruguai detinha no onze não chegava a aparecer.
Aos 22 minutos gritou-se, pela primeira vez, golo, com Luis Suárez a aparecer a rematar ao segundo poste, depois de um canto, mas a bola a ficar enrolada nas malhas laterais da baliza. Mas terá sido a única oportunidade criada pelo Uruguai neste primeiro tempo. O Egito, menos vistoso, conseguia chegar à área uruguaia, enquanto De Arrascaeta tendia para o centro mas o 4-4-2 não saía da sua formação mais rígida não criava oportunidades para desequilibrar a defensiva dos faraós. Natural, por isso, que o jogo tenha chegado empatado a zero ao intervalo.
Uruguai mais feliz no jogo do refresca
A segunda parte manteve a mesma toada, ainda que o Uruguai tenha sido mais capaz de partir à procura do golo. Tarek Hamed saiu cedo, devido a lesão, fragilizando a proposta de Héctor Cúper, mas todas as trocas realizadas por ambos os treinadores foram sempre no sentido de refrescar as suas opções. A certo ponto do encontro, parecia que ambos os conjuntos estavam satisfeitos com o empate, pelo que cada treinador ia dando, como sinal, para dentro do campo. Havia, no entanto, um rasgo final para ter em conta.
Cavani apareceu ao minuto 83, com um remate fortíssimo de fora da área para El Shenawy fazer a defesa da tarde. Ao minuto 88, num livre direto, o jogador do Paris Saint-Germain voltou a fazer tremer a baliza egípcia, com a bola a embater no poste. Era a demonstração de que passava pelo avançado a eventual mudança no marcador. A resistência do conjunto africano acabou no minuto seguinte, com um livre marcado do canto direito, e José Giménez a saltar mais alto do que toda a gente para cabecear para o golo. O Egito não superou as suas fragilidades na defesa de lances de bola parada e acabou por ver desafazer-se o sonho de pontuar nesta primeira jornada.
Um encontro muito dividido, a escapar das mãos de uma seleção egípcia que sentiu falta de Salah, sim, mas que, como se sabia, não tem muito mais para além do jogador do Liverpool para impor como arma.
Boas Apostas!