Jogou-se ontem a primeira-mão da primeira das meias-finais.
Ontem, em Turim, a Juventus FC recebeu, e venceu, o actual detentor do título de Campeão Europeu, o Real Madrid, por 2 a 1.
Em Turim, e ao contrário do que possivelmente se esperaria, houve muita Juventus FC para tão pouco Real Madrid. Não que a Juventus FC tivesse jogado demasiado e o Real Madrid tivesse jogado de menos, mas vindo a equipa italiana de uma Serie A pouco competitiva, onde já se sagrou campeão italiano, e vindo a equipa espanhola de uma La Liga competitiva, onde este Real segue, em segundo lugar, a 2 pontos do líder FC Barcelona, esperava-se, talvez, um pouco mais do Real Madrid e um pouco menos de Juventus FC. Mas não foi o que aconteceu. E a vitória ficou com quem a mereceu, num jogo que, a espaços, parecia ser uma final.
O Regresso da Vecchia Signora
Em Turim mandaram os da casa. Embalados pelo título de campeão transalpino, a Juventus FC entrou a matar sobre um Real Madrid apanhado de surpresa que nem o seu treinador italiano, Carlo Ancelotti, conseguiu prever. Logo no minuto inicial do encontro, Vidal teve nos pés a possibilidade de fazer o primeiro golo do encontro, respondendo a uma falha de Iker Casillas. Falhou. Mas assustou. E marcou o início do encontro.
Mas o que não entrou ao primeiro minuto de jogo, entrou ao minuto 8. E não tendo sido Vidal, acabou por ser Morata, dispensado pelo mesmo Real Madrid. A Juventus FC agigantava-se perante um Real Madrid tremido.
Após o golo, Cristiano Ronaldo lá puxou pela equipa e tentou ir empurrando a Juventus FC para o seu meio-campo, tentando ganhar a bola, recuperando terreno e procurando o golo. E tanto procurou que, ao minuto 27, e respondendo, de cabeça, a um passe de James Rodríguez, Cristiano Ronaldo meteu a bola dentro da baliza de Buffon e recuperou o empate inicial, com a vantagem do golo marcado fora. As coisas pareciam estar a compor-se. E tanto assim parecia que, já próximo do intervalo, James Rodríguez levou a bola à trave da baliza à guarda de Buffon.
Mas foi o canto do cisne. No regresso do intervalo, o Real Madrid deve ter ficado nas cabines. A Juventus FC parecia estar, quase, a jogar sozinha.
Um quarto-de-hora depois do recomeço, Tevez, de grande penalidade, colocou, de novo, a Juventus FC à frente no marcador. E merecidamente.
E sentada à frente, nunca mais a Juventus permitiu que o Real Madrid assustasse. Foi, aliás, da equipa italiana quem surgiu, pelo menos por mais duas vezes, com a hipótese de aumentar a vantagem. O Real Madrid, por seu lado, ia acumulando erros atrás de erros, que permitiam à Juventus FC dominar o encontro a seu bel-prazer.
A equipa orientada por Massimiliano Allegri foi sempre muito mais intensa e perigosa no seu jogo. Os 2 a 1 do resultado final acabaram por ser pouco para o futebol praticado pelos transalpinos, pelo menos, durante toda a segunda parte do encontro. A vecchia signora voltou, em grande, aos grandes palcos do futebol mundial.
Merengues Desnorteados
Carlo Ancelotti resolveu. nos últimos tempos, e à falta de melhor, colocar Sergio Ramos à frente da defesa. Opção que até tem resultado, foi ontem completamente nula. No final, Carlo Ancelotti quis retirar um pouco da responsabilidade dos ombros de Sergio Ramos garantindo que a culpa, pela derrota, fora de toda a equipa, que não esteve bem, e dele próprio, e não só do defesa espanhol a jogar fora da sua área habitual.
Mas se as coisas correram mal a Sergio Ramos e ao Real Madrid, a Cristiano Ronaldo, voltaram a sorrir. Mesmo derrotado, CR7, que foi o autor do golo merengue, passou a ser, graças a esse golo, o marcador máximo da Liga dos Campeões, com 76 golos marcados, mais 1 que Lionel Messi, que joga hoje, deixando para trás, Raul, com 71 golos.
Seria contudo, essa, a única boa experiência merengue, ontem, em Turim. Porque em futebol jogado, a Juventus FC superiorizou-se.
O Real Madrid entrou a perder, tentou, e conseguiu equilibrar os pratos da balança e empatar o jogo, mas na segunda parte tornou-se uma sombra de si próprio. Este Real Madrid, actual detentor do troféu da Liga dos Campeões, foi uma soma de vários erros e equívocos. A começar pela utilização que Carlo Ancelotti deu para fazer, nos últimos tempos, de Sergio Ramos a trinco, e que ontem foi de uma grande nulidade. Os avançado foram inoperantes, mesmo que James Rodrigues tenha mandado uma bola ao poste e que Gareth Bale e El Chicharito tenham tentado fazer mais do que, o que efectivamente, conseguiram fazer. Principalmente, Bale, que passou ao lado do jogo.
No entanto, há uma segunda-mão para jogar, em Madrid. O Real parte em desvantagem de derrota, mas com a vantagem de 1 golo fora.
E mesmo que a história esteja contra o Real Madrid (nunca conseguiram virar o resultado numa meia-final), os jogos só acabam mesmo no fim.
Boas Apostas!