“Yo no creo en brujas pero que las hay, hay”. As últimas três seleções que se sagraram campeãs do mundo caíram na fase de grupos da edição seguinte, tornando-se inevitável falar numa “maldição”. A Alemanha sucedeu a Itália e Espanha na lista de campeãs em título que foram “ao tapete” logo na primeira fase, uma eliminação difícil de explicar.

Foto: "MICHAEL DALDER/REUTERS"

Foto: “MICHAEL DALDER/REUTERS”

Quem diria que a “toda poderosa” Alemanha terminaria na última posição do grupo F deste Mundial 2018, partilhado com Suécia, México e Coreia do Sul. A história já nos elucidava quanto ao passado de derrota germânica em solo russo, mas nada fazia prever que esta questão fosse transportada para o plano desportivo. Existiam sintomas de “mal estar” no seio do grupo, a extensa permanência de Joachim Low já tinha sido questionada depois do campeonato da Europa, mas nada fazia prever semelhante desfecho. Do “acidente de percurso” na primeira ronda às mãos do México (1-0), passando pela vitória sofrida diante da Suécia (2-1) até à hecatombe histórica às mãos da Coreia do Sul (2-0), tudo indica que o ciclo do (ainda) seleccionador germânico tenha chegado ao fim.  A Alemanha não esteve à altura das exigências neste campeonato do mundo, denotou uma invulgar falta de capacidade de resposta em momentos decisivos e, sobretudo, um enorme desgaste emocional que viria a resultar nesta eliminação precoce. Mesmo que relativizemos os dois golos sofridos frente à Coreia já para lá da hora, é inimaginável que a Alemanha tal e qual como a conhecemos não tenha astúcia suficiente para fazer um golo a esta seleção asiática em 90 minutos de jogo.

Os germânicos regressam a casa com a certeza de que há mudanças a fazer e nós ficamos com a certeza de que a equipa que se apresentar em cena daqui a dois anos, no Euro 2020, será apontada como uma das principais favoritas a conquistar o troféu.

Coreia salvou a honra

A prestação da Coreia do Sul neste campeonato do mundo não gerava grandes expectativas, até porque a prestação da equipa na fase de qualificação tinha sido bastante modesta em relação ao habitual. Na Rússia, os coreanos apresentaram os argumentos do costume, destacando-se pela velocidade nas saídas para o ataque. Liderada por Son Heung-min, jogador do Tottenham que (ainda) não se livrou do cumprimento do serviço militar obrigatório – para consegui-lo, terá que vencer os Jogos Asiáticos -, a equipa coreana teve um dos seus pilares na defesa das redes: Cho Hyun-Woo, guarda-redes do Daegu, foi um dos jogadores que a melhor nível se exibiu nesta fase de grupos do campeonato do mundo.

Boas Apostas!