O FC Porto estará, neste momento, com um pé e meio fora da Liga dos Campeões, depois de ter saído derrotado da recepção à Juventus, no Estádio do Dragão, por 0-2. O momento do jogo está, no entanto, focado entre os minutos 25 e 27, quando Alex Telles, com duas faltas merecedoras de cartão, se fez expulsar. Na outra partida, o predomínio do Sevilla não lhe permitiu construir um resultado que lhe dê sossego. Com 2-1 no marcador, o Leicester City reivindica o direito a sonhar.
Como destruir uma ideia
Nuno Espírito Santo montou a sua equipa para resistir à Juventus e tentar, através da consolidação de algum domínio no meio-campo, criar situações de golo que lhe permitissem construir vantagem para viajar até Turim. A entrada de Ruben Neves para o meio-campo, permitia maior segurança na transição defensiva, mas também dava à equipa capacidade de passe e, sobretudo, um elemento surpresa com os fortes remates que o jovem portista costuma arriscar. A Juventus estava ainda a tentar gerir, defensivamente, o jogo, quando Alex Telles entrou em cena. O lateral brasileiro cometeu duas entradas sobre adversários, a primeira delas a roçar a expulsão, a segunda a tornar aceitável a amostragem do segundo amarelo. O Porto ficava com dez jogadores para tentar executar o seu plano.
A saída de André Silva para dar lugar a Layún, equilibrou a equipa portista, permitindo-lhe defender melhor o seu reduto, mas deixou Tiquinho Soares completamente isolado e sozinho na frente de ataque, sem grande capacidade para criar o mínimo de perigo junto da baliza adversária. Passou a ser um encontro de um só sentido, com a Juventus a criar várias situações de golo e a demorar a encontrar as redes, ora por falhanço na finalização, ora pela presença de Iker Casillas que, uma vez mais, ia salvando a equipa portista. Nuno Espírito Santo voltou a mexer na equipa, lançando Jesús Corona, em busca de marcar um golo, mas foram as trocas da Juventus que acabaram por mexer ainda mais na partida.
Pjaca e Dani Alves entraram em campo e, em cinco minutos, foram os autores dos dois golos de uma Juventus que, ao refrescar-se, conseguiu ultrapassar a resistência dos portistas. Um resultado que acaba por ser justo, pelas ocasiões criadas pelos italianos, castigando um dragão que não teve capacidade para encarar um adversário muito mais forte com menos um elemento. A eliminatória está praticamente entregue, pressentindo-se que a vantagem do seu adversário acabou potenciada pelos erros individuais de um jogador.
Em Leicester a sonhar
Quando dizem que o futebol pode ser injusto, lembrem-se da exibição totalmente dominadora do Sevilla perante o Leicester, comparando-o com o magro de resultado de 2-1. Os homens de Jorge Sampaoli criaram situações para ir bastante mais além na diferença de golos, mas depararam-se com um Kasper Schmeichel que não quer sair da Liga dos Campeões sem deixar a sua marca. Ontem, foi o dinamarquês quem se fez figura pela forma como manteve a sua equipa a sonhar.
Pablo Sarabia e Correa foram os autores dos golos dos sevilhanos, depois do argentino ter falhado uma grande penalidade, enquanto Vardy fez o golo do Leicester, já na segunda parte, o que dá argumentos a Claudio Ranieri para sonhar com a possibilidade de se manter em prova, mesmo tendo saído do Sánchez Pizjuán vergado pela superioridade do seu adversário.
Boas Apostas!