A jornada 27 da Liga NOS tinha vários encontros que poderiam ajudar a definir contas no que toca ao título, aos acessos à Europa e no que toca à manutenção, visto que os dois conjuntos aflitos jogavam em casa. Ora, no fim da jornada, vemos os dois candidatos ao título com a mesma diferença de apenas um ponto, o acesso à Europa mais confuso, com mais proximidade entre os vários candidatos e talvez só a manutenção vá ficando mais clarificada, com Tondela e Nacional a perder. Agora, resta o sprint final, em sete jornadas, para decidir as contas da Liga NOS.
Um passo à frente, um passo atrás
No jogo do ano, o Benfica demonstrou a sua face mais ofensiva, em busca de uma vitória em casa que lhe pudesse, de certa forma, tranquilizar e fazer distanciar em direcção ao título. A entrada da equipa encarnada em jogo fez falhar a organização de meio-campo que Nuno Espírito Santo havia preparado, sem nunca ter sido capaz, durante a primeira parte, conquistar bola e vantagem no jogo nessa zona do terreno. A grande penalidade conquistada e concretizada por Jonas, logo aos 7 minutos, dava a entender que o Benfica poderia tentar alargar cedo a vantagem, mas a ganhar por 1-0, os encarnados optaram por gerir o ritmo do jogo.
Isso levou o Porto a perder por apenas um golo ao intervalo e, logo no regresso, naquele que foi o melhor momento dos Dragões, registou-se o empate, depois de jogada de insistência dentro da área com Maxi Pereira a desferir o remate para o golo. O golo poderia significar um aumento da confiança dos azuis e brancos e o virar da história do encontro, mas com a situação empatada, coube ao Porto optar por descer um pouco as suas linhas e voltar a estabilizar defensivamente. A segunda parte acaba por ficar marcada por um Benfica que foi aumentado o número de oportunidades, com Casillas a acabar por ser uma peça fundamental para manter o empate.
Enquanto tudo parece ficar igual, em termos de distância pontual, o FC Porto retoma o espírito que trouxe até à jornada anterior, onde o seu empate com o Vitória de Setúbal lhe retirou, de facto, uma vantagem psicológica para contrariar a desvantagem pontuar. Cabe ao Benfica não falhar, aquilo que o FC Porto só pode esperar que aconteça.
Com vista para a Europa
Duas histórias se cruzam na disputa dos lugares europeus. O 4º lugar, que passa também por ser uma disputa entre os dois grandes rivais minhotos, e o 6º lugar. No que toca ao primeiro, o Vitória de Guimarães foi até ao terreno do Nacional da Madeira vencer, na passada sexta-feira, colando-se ao SC Braga que, na noite de domingo, não foi além de um empate com o Marítimo. Mas não foi um empate qualquer.
A ganhar por 3-0, o SC Braga parecia finalmente dar razão à mudança de treinador, aproveitando um jogo perante um outro pretendente europeu para demarcar-se em termos mentais. Ora, como o próprio Jorge Simão o definiu, a equipa acabou de ir do céu ao inferno. Depois de permitir dois golos ainda na primeira parte, o empate surgiu nos minutos finais, tornando o 4º lugar uma posição mais complicada para os bracarenses.
A correr para o 6º lugar, aparece ainda o Rio Ave que, ao vencer no Bessa, acabou por se aproximar dos madeirenses, estando agora a três pontos desse lugar que também dará acesso à Liga Europa.
A um passo do adeus?
Nacional da Madeira e Tondela jogaram em casa e perderam, não tornando a sua vida ainda pior porque o Moreirense também não conseguiu um resultado positivo. Enquanto a equipa do Nacional estreou João de Deus com uma derrota perante o Vitória de Guimarães, o Tondela cedeu para o Estoril, outra das equipas que anda pelos lugares do desconforto. O Moreirense, por sua vez, viajou até ao Bonfim e perdeu para o Vitória de Setúbal, mantendo quatro pontos de avanço sobre a linha-de-água, mas agora mais sozinho como a única equipa que ainda dá esperanças a quem se tenta salvar.
Boas Apostas!