Uganda – Mali (Taça das Nações Africanas)
O regresso da seleção do Uganda à fase final da Taça das Nações Africanas não correu da melhor forma, tanto que a equipa chega à terceira jornada do grupo D condenada à eliminação. As derrotas frente ao Gana (1-0) e ao Egipto (1-0) deitaram os sonhos ugandeses por terra quando ainda falta medir forças com a congénere do Mali, seleção que mantém aspirações relativas ao acesso à próxima fase.
O Uganda voltou à fase final de uma Taça das Nações Africanas volvidos 39 anos. Quis o destino que as “garças” encontrassem o mesmo adversário que tinham defrontado na final de 1978, última partida oficial na prova. A sorte também foi idêntica e o Gana voltou a levar a melhor sobre o Uganda, desta feita por uma bola a zero. Os eleitos do sérvio Milutin Sredojevic não conseguiram travar a principal força deste grupo e , na segunda ronda, ante o Egipto, o resultado repetiu-se (1-0) com um golo dramático dos “faraós” a escassos instantes do fim, situação que faz com que o Uganda chegue à derradeira ronda sem hipóteses de apuramento para a fase seguinte, uma vez que ainda não pontuou e a seleção egípcia (na segunda posição do grupo) já contabiliza quatro pontos.
É ilegítimo criticar a prestação ugandesa. Falamos de uma equipa que chegou à fase final da Taça das Nações Africanas contra todas as expectativas e no grupo D encontrou dois grandes nomes do futebol africano: Gana e Egipto, significativamente mais experientes e habituados a competir a este nível. No adeus à competição, Milutin Sredojevic poderá aproveitar esta oportunidade para dar minutos a alguns jogadores que ainda não se estrearam.
Onze Provável: Onyango , Iguma, Wasswa, Jjuko, Walusimbi, Kizito, Aucho, Ochaya, Mawejje, Miya, Massa
A seleção do Mali está obrigada a vencer e sabe que a conquista dos três pontos diante do Uganda poderá não ser suficiente para seguir em frente na Taça das Nações Africanas. À entrada para a terceira ronda do grupo D, os malianos estão na terceira posição com um ponto conquistado e saldo de golos negativo (-1), discutindo o acesso à próxima fase com os egípcios que têm quatro pontos e saldo positivo (+1). Em suma, a situação de Marega e companhia é delicada: Há que vencer o Uganda (de preferência por dois golos de diferença) e esperar que o Egipto seja derrotado pelo Gana.
Nas duas primeiras rondas, a seleção que é tida como a terceira força deste grupo D empatou sem golos frente ao Egipto (0-0) e perdeu com o Gana (1-0). A formação orientada pelo francês Alan Giresse não está a conseguir provar o potencial que lhe é reconhecido em termos ofensivos e ficou em branco nos primeiros 180 minutos da competição. A subsistência em prova já não está apenas nas mãos malianas, mas isso não faz com que a equipa perca a determinação no que toca à intenção de seguir em frente na competição.
Onze Provável: Sissoko, Traore, Coulibaly, Wague, Coulibaly, N’Diaye, Sylla, Sako, Yatabare, Yatabare, Marega
Há muito mais em jogo para o Mali que para o Uganda. A pressão está toda dos lados dos malianos e os ugandeses, sem nada em jogo para além da própria honra, querem tirar partido disso. A derradeira ronda do grupo D coloca frente a frente duas equipas que ainda não venceram nesta Taça das Nações Africanas.