A primeira jornada da Liga NOS explica-nos que não existem boas e más pré-temporadas, existem, sim, opções nos testes que se realizam com vista a conseguir o melhor das equipas nas primeiras jornadas da temporada. Com adversários de dificuldade variada, Sporting, Porto e Benfica mostraram ter, ofensivamente, armas para voltarem a estar no topo da Liga. Sem concorrência.
Superioridade no meio-campo adversário
O Sporting, jogando fora, e o Benfica, actuando em casa, foram a jogo com o mesmo objectivo de resolver cedo a resistência do adversário. E se nos primeiros minutos em Vila das Aves, o Sporting começou, desde logo, a encontrar maneira de criar problemas a Adriano, o Benfica teve que lidar com algumas tentativas do Braga para surpreender.
Era, no entanto, claras as superioridades de leões e águias perante os seus adversários. O Aves, com menos problemas em descer o seu bloco, conseguia bloquear o corredor central e obrigar o Sporting a jogar pelas faixas, o que acabou por não ser um problema com Gelson Martins e Acuña a revelarem-se em bom momento. Já o Braga voltou a não impressionar na sua organização, que se revela sempre ficar a meio caminho, dando espaços na defesa ou não conseguindo permitir boas saídas para o ataque.
Gelson em Vila das Aves e Seferovic na Luz abriram o marcador, levando a destinos diferentes. O Aves reagiu melhor ao golo sofrido e teve o seu melhor momento no final da primeira parte, o Braga perdeu-se no jogo e viu o Benfica quase atropelá-lo nas suas intenções, com Jonas a fazer o 2-0 à meia-hora de jogo e Hassan a salvar a vida do encontro com um golo antes do intervalo.
O FC Porto sentiu algumas dificuldades perante um Estoril que se assumiu como um conjunto mais defensivo. A entrada no jogo não foi tão exuberante, com a equipa a sentir-se algo bloqueada e incapaz de fazer chegar a bola à dupla ofensiva, onde a lesão de Tiquinho Soares, que obrigou a uma troca bem cedo, contribuiu também para o arrefecimento. No entanto, Marega acabou por dar resposta marcando o primeiro golo dos portistas, que só no segundo tempo deram um ar da sua graça, perante o baixar de capacidade competitiva do Estoril. Por isso mesmo, o 4-0 acaba por dar ao conjunto que sentiu mais dificuldades o resultado mais gordo.
A defesa fica para mais tarde
Foram os portistas aqueles que se mostraram mais seguros defensivamente nesta jornada inaugural, mas não se pode dizer que tenham tido um verdadeiro teste às suas capacidades, da mesma maneira que o Sporting, apesar de um período mais activo do Aves, também não encontrou dificuldades de maior para terminar a jornada sem golos sofridos. Ambas as equipas souberam resolver os problemas colocados por adversários que vão encontrar várias vezes na temporada, com equipas que partem de trás, em transição rápida, para aproveitar o adiantamento dos adversários, tendo-se revelado particularmente assertivas na abordagem aos lances.
O Benfica teve um adversário de nível superior e voltou a perceber-se que existem razões para alguma preocupação, não propriamente para a Liga NOS, no seu geral, mas para a abordagem aos jogos de maior exigência. No lance do golo, Bruno Varela e Jardel voltaram a deixar à mostra algumas carências, que também se foram sentindo nas faixas laterais, onde André Almeida e Eliseu não parecem ter as condições suficientes para serem primeira aposta na equipa encarnada. Situações a rever, ao longo das próximas semanas, enquanto o mercado estiver aberto e o Benfica vá adquirindo mais dinâmicas para impedir os seus adversários de se aproximarem do golo.
Boas Apostas!