No fim de semana os Spurs venceram os rivais Gunners de forma contundente. Não foi um resultado final dilatado mas dentro de campo nunca houve dúvidas quanto a quem estava no comando e ia vencer a partida. Para além de manter o Tottenham na perseguição ao título, o dérbi reforça a capacidade total desta formação de Pochettino, que esconjurou traumas de mais de duas décadas a viver na sombra do Arsenal. O outro destaque da jornada tem que ir para as lesões no Manchester United, em vésperas de jogar a meia-final da Liga Europa.

Um triunfo sem contestação é a melhor forma de ultrapassar os fantasmas de duas décadas na sombra dos Gunners.

Um triunfo sem contestação é a melhor forma de ultrapassar os fantasmas de duas décadas na sombra dos Gunners.

Exorcizar fantasmas

No domingo passado jogou o último dérbi do Norte de Londres em White Hart Lane. O velho estádio dos Spurs vai ser demolido no final da temporada para dar lugar a um novo, mais adequado ao que se pretende que seja a dimensão do clube daqui para a frente. E o último ato nesta rivalidade antiga não podia ter sido melhor dirigido para agradar ao público da casa. O Tottenham venceu e convenceu no confronto com o Arsenal. Os golos de Dele Alli e Harry Kane só surgiram no segundo tempo mas nunca esteve em causa o desfecho, tal era a compenetração dos Spurs e a superioridade da jovem equipa de Pochettino face aos Gunners.

Além de ter permitido que o clube de White Hart Lane permaneça na perseguição ao Chelsea, mantendo o primeiro lugar a quatro pontos de distância, serviu também como confirmação da maturidade que o coletivo atingiu esta temporada. Durante vinte e dois anos o Tottenham viveu na sombra do rival do Norte de Londres, que durante esse período se classificou consistentemente acima na tabela da Premier League. Mais de duas décadas pontuadas por alguns momentos dolorosos, humilhantes mesmo. Basta recordar as duas goleadas por 5-2 em 2012, ou a ultrapassagem na reta da meta da época passada, quando o Arsenal acabou roubando o segundo lugar aos Spurs no campeonato. Este triunfo, da forma que foi, termina um ciclo e permite aos Lillywhites sonhar com um futuro promissor.

Luke Shaw parece ter sofrido rutura dos ligamentos no pé, o que acaba com a época para o defesa inglês.

Luke Shaw parece ter sofrido rutura dos ligamentos no pé, o que lhe acaba com a época.

United preso por arames

Mas nesta jornada trinta e cinco da Premier League não podemos deixar de assinalar a razia de lesões do Manchester United, em vésperas de enfrentar o Celta e o Arsenal. O infeliz Luke Shaw saiu ao pé-coxinho aos dez minutos do encontro com o Swansea. No final José Mourinho não se conteve e abriu demasiado a boca para fazer uma crítica velada ao internacional inglês ironizando que a lesão seria certamente grave para um jogador abandonar o campo ao fim de tão pouco tempo, sabendo das dificuldades em arranjar substitutos aptos no plantel para a defesa. Ainda serão necessários mais testes mas os médicos do United apontam para a rutura de ligamentos no pé do defesa esquerdo de vinte e dois anos. O que lhe custaria o final desta e o início da próxima temporada. Queixoso depois de uma disputa de bola com Fernando Llorente, Eric Bailly também teve que ser rendido aos sessenta e um minutos e saiu de Old Trafford com o tornozelo enfaixado. O treinador português confirmou entretanto que Paul Pogba e Marouane Fellaini serão utilizados na visita a Vigo, esta quinta-feira, mas disse que não acreditava que Jones e Smalling pudessem ser opção para já. Se Bailly não estiver apto, porque recuperado a cem por cento não estará de certeza, o United terá apenas um central disponível para a primeira mão da Liga Europa. Tuanzebe volta a ser alternativa, assim como Carrick, que passa a ter quem o possa render no meio-campo. Mourinho também já admitiu, ao seu jeito, a possibilidade de vir a alinhar com a formação de reservas nos jogos da Premier League, se a equipa se conseguir manter viva na competição europeia.

Boas Apostas!