Tommy Haas – Grigor Dimitrov (ATP – Roma)
A revoada continua nos courts de Roma, e não me refiro, apenas, às rajadas de vento. Desta vez foi o veterano alemão, Tommy Haas, a mostrar que ainda está aí para as curvas do circuito. Que o diga Stanislas Wawrinka. Nos quartos-de-final estará frente-a-frente ao búlgaro Grigor Dimitrov que, para não destoar, afastou o mais cotado Tomas Berdych. A terra batida pode já não ser o que era mas continuam-se a anunciar embates interessantes de seguir.
Era suposto esta ser a brecha, a curta janela de oportunidade que Wawrinka podia explorar para finalmente quebrar a hegemonia Nadal-Djokovik. Depois de vencer o seu primeiro Grande Slam, o Austrália Open, e confirmar o bom momento com um título Masters 1000, o de Monte Carlo, esperava-se uma arrancada vitoriosa por parte do suíço. E o que se tem visto, desde o Mónaco, é exatamente o oposto. Talvez a pressão, ou a ansiedade, estejam a afetar o jogo do número três do mundo. O facto é que, em Madrid, foi surpreendido pelo austríaco Dominic Thiem. E agora, na capital italiano, depois de uma primeira participação sem obstáculos, volta a ser eliminado muito antes do esperado (5-7, 6-2, 6-3). Mas esta introdução não serve para tirar o mérito ao tenista alemão. Haas anda há muitos anos nisto e não se décimo nono do ranking por acaso. A partida até começou equilibrada, com um primeiro set que só se inclinou para o lado de Wawrinka nos últimos dois jogos do parcial. Mas os dois sets que se seguiram não deixam dúvidas. Em court esteve um Tommy Haas ao seu melhor, que defrontou um Wawrinka com muitos problemas no serviço. Aliás, o alemão já tinha evidenciado bons apontamentos nas rondas anteriores do Masters 1000 de Roma, ao bater Andreas Seppi (6-1, 4-6, 6-3) e Igor Sijsling (7-6, 6-1).
O ano este a correr bem ao búlgaro Grigor Dimitrov. Conquistou os seus segundo e terceiros títulos de carreira em torneios ATP e chegou pela primeira vez aos quartos-de-final de um Grand Slam. No Open da Austrália, foi eliminado pelo número um mundial, Rafa Nadal, em quatro parciais (3-6, 7-6, 7-6, 6-2). Não sem antes ter ultrapassado Klahn, Lu, Raonic e Bautista-Agut. Em Acapulco, o búlgaro de vinte e três anos teve que afastar Ernests Gulbis, nos quartos, e Andy Murray, nas meias-finais, antes de se haver com o sul-africano Kevin Anderson pelo troféu (7-6, 3-6, 7-6). Bucarest traria a segunda final da temporada, e a segunda a terminar com sucesso para Dimitrov. Desta vez, frente ao checo LuKas Rosol, seu habitual parceiro na modalidade de pares (7-6, 6-1).
Em Roma as suas prestações não têm defraudado. Na primeira ronda sentiu alguma dificuldade para entrar na partida, perdeu mesmo o primeiro set, mas recuperou para derrotar Roger-Vaselin nos dois parciais seguintes. Na ronda seguinte teve como adversário Ivan Karlovic, o tenista mais alto do circuito. O serviço poderoso do número cinquenta e dois mundial criou dificuldades no primeiro set, obrigando à decisão na negra. Mas depois deste impacto inicial, Dimitrov tomou conta do encontro e levou o resultado para o seu lado (7-6, 6-4). Nos oitavos-de-final cruzou-se com n.º 6 mundial, Tomas Berdych, responsável pelo seu afastamento do Mutua de Madrid. Aparentemente, o búlgaro aprende depressa e desta vez foi ele a sair por cima (6-7, 6-2, 6-2). Berdych até foi o primeiro a conseguir vantagem, com um break, mas Grigor conseguiu igualar o parcial a 5-5, e empurrar o set para tiebreak, que o checo acabou por vencer. Foi talvez o melhor que podia ter acontecido a Dimitrov, que assim entrou no segundo parcial sem sequer dar tempo ao adversário para processar o que lhe estava a acontecer. Berdych perdeu o seu primeiro jogo de serviço e, embora tenha tentado contrariar a vantagem do búlgaro, a acabou por ir de arrasto até ao 6-2 final. Depois de Dimitrov conseguir a dianteira é muito difícil alcançá-lo, quanto mais batê-lo.
Tommy Haas e Grigor Dimitrov jogaram duas vezes entre si, com uma vitória para cada lado. Em 2011, em Los Angeles, a partida pendeu para o búlgaro, por dois a zero (6-3, 6-2). No ano passado, em Washington, foi a vez do alemão, desta vez envolvendo duplo tiebreak (7-6, 7-6).
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