Togo – Tunísia (CAN 2013)
Jogo decisivo para arrumar as contas do Grupo D da Taça das Nações Africanas, com Togo e Tunísia a disputarem o segundo lugar e o respetivo acesso aos quartos-de-final da prova. Para os togoleses, o empate será suficiente para ficar na frente, enquanto os tunisinos, dada a pior diferença de golos, precisa mesmo de ganhar esta partida.
A equipa do Togo tem conseguindo contrariar as expetativas nesta competição, dificultando em muito a vitória da Costa do Marfim (1-2) na primeira jornada e batendo a Argélia (2-0) no segundo encontro. Parte disso deverá ser creditado a Didier Six, por ter conseguido encontrar nos jogadores ao seu dispor um grupo de atletas que consegue, em primeira instância, defender bem o seu último reduto.
O guardião Agassa conseguiu manter-se sem sofrer golos na segunda partida, contando para isso com a ajuda dos centrais Akakpo (Zilina, Eslováquia) e Nibombé (Borinage, Bélgica), para além dos laterais Mamah (Dacia, Moldávia) e Djené Dakonam (Cotonsport, Camarões). Quase todos eles um grupo de ilustres desconhecidos do futebol de alta roda. Amewou, do Nimes de França, tem mantido a sua posição como centrocampista mais defensivo, contando com Romao, um dos jogadores mais experientes deste grupo, a funcionar quase como um box-to-box.
Na frente, Adebayor apresentou o seu show frente à Argélia, puxando defesas para a sua área de intervenção e assim abrindo espaços para os seus colegas de ataque, e também marcando um dos golos da vitória. Quem tem jogadores deste calibre na CAN, arrisca-se a ser feliz. No encontro frente à Tunísia, Six esperará o mesmo nível exibicional do seu craque, quiçá até marcando um golo que possa catapultar o Togo para os quartos-de-final.
Pela frente, a Tunísia, uma equipa que foi igual a si própria no encontro frente à Argélia (1-0), mas pagou demasiado caro pela sua incapacidade de marcar frente à Costa do Marfim, sofrendo dois golos na parte final do jogo, quando tentava o empate, e saindo com uma pesada derrota (0-3). Com este resultado, os tunisinos estão agora obrigados a vencer uma equipa do Togo que tem mostrado ser capaz de sobreviver.
Sem Jemaa disponível, Trabelsi deverá ocupar as horas antes da partida a tentar decidir a melhor forma de plantar um jogador forte entre os centrais do Togo. Bem Youssef, titular frente à Costa do Marfim, mostrou estar ainda algo verde para estas andanças, e a opção de colocar Khelifa ou Msakni na posição mais avança retira estes jogadores do seu habitat natural, onde as suas características parecem evidenciar-se de forma totalmente diferente. A outra opção seria chamar Khazri, outro jovem jogador escolhido por Trabelsi, que terá a vantagem de ter alguma experiência europeia, por atuar no Bastia. Entre ele e Bem Youssef, parece lógico que a Tunísia tem mesmo que ter alguém naquela posição.
Libertados os dois melhores extremos para recorrer à velocidade, poderá também passar pela cabeça de Trabelsi chamar Darragi, o “Picasso”, para assegurar maior posse de bola e preponderância nas zonas próximas da área. Frente ao Togo, para além da disciplina defensiva habitual, haverá que criar oportunidades e, sobretudo, marcar, cedo se possível, para abrir mais a casca togolesa em redor da baliza.
Abdennour, por sua vez, deverá ser o eleito para tentar “secar” Adebayor, no que se adivinha uma missão espinhosa. Ainda assim, caso a equipa da Tunísia consiga eliminar esta ameaça (ou, pelo menos menoriza-la), ficará seguramente mais perto de alcançar os seus objetivos.
Naquele que será o sexto encontro entre seleções do Togo e da Tunísia, os togoleses terão ainda que lutar contra a história, já que saíram sempre derrotados em todos os jogos disputados:
Tunísia | 2-0 | Togo | Qualificação CAN 2012 |
Togo | 1-2 | Tunísia | Qualificação CAN 2012 |
Tunísia | 1-0 | Togo | Jogos Amigáveis 2001 |
Tunísia | 7-0 | Togo | Jogos Amigáveis 2000 |
Tunísia | 3-1 | Togo | CAN 1998 |
Resta assim dizer que a boa imagem apresentada pelo Togo lhe valeu a recuperação do respeito no panorama do futebol africano, mas talvez seja ainda curto para ir mais além e garantir um lugar nos quartos-de-final. Apesar dos problemas identificados, a Tunísia mostrou ser mais equipa e poderá conseguir a vitória que necessita para passar em segundo lugar neste grupo D.
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