À 28ª jornada, o Benfica toma a liderança da Primeira Liga, passando a ter a dianteira na corrida ao título nacional. Depois de um início de época conturbado, a equipa da Luz foi beneficiando das escorregadelas dos seus adversários e, num fim-de-semana em que FC Porto e Sporting saíram derrotados, consegue ocupar o lugar mais desejado.
Encarnado suado
Não foi fácil, no entanto, garantir os três pontos num fim-de-semana em que o Benfica voltava a ser a primeira equipa dos três grandes a entrar em campo. Frente a um Vitória de Guimarães que veio para o Estádio da Luz com uma estrutura compacta e recuada, foi quase sempre o Benfica a ter iniciativa e a criar oportunidades, insuficiente, no entanto, para rebater a boa performance defensiva do seu adversário.
A malapata seria quebrada através de um penálti que Jonas converteu em cima do intervalo, dando aos encarnados algum oxigénio para a ida ao balneário. Na segunda parte, a tendência do jogo manteve-se, com o Vitória a ser incapaz de aparecer com perigo, esperando, isso sim, algum erro do Benfica para alcançar o empate. Raúl Jiménez acabou por entrar no jogo e com um passe de letra, assistiu Jonas para o segundo lugar. Sábado ao fim da tarde, o Benfica subia ao primeiro lugar.
Encarnado emotivo
Em Braga, discutia-se a continuidade do Sporting na corrida do título, ao mesmo tempo que os bracarenses ambicionavam aproximar-se ao terceiro lugar. Foi o Sporting quem entrou melhor na partida, à procura de dominar o ritmo da partida e chegar cedo ao golo, mas durante a primeira parte, com os minhotos a progressivamente equilibrar as contas, acabou por ser o Braga a beneficiar de oportunidades mais perigosas para chegar ao golo.
Com a emotividade da partida a rebentar a escala, muito pela competitividade colocada no terreno de jogo e pela forma como ambas as equipas discutiam as decisões de arbitragem, a segunda parte parecia indicar que as duas equipas se anulariam com um empate, resultado que retiraria a ambos a possibilidade de se aproximarem dos seus objetivos.
O segundo amarelo a Piccini acabou por retirar ao Sporting algum equilíbrio, mas foi numa bola parada que o empate foi desfeito, com Rául Silva a demonstrar porque é um jogador tão importante na manobra ofensiva dos bracarenses. O Braga sonha com o terceiro lugar, o Sporting deixa, de novo, de sonhar com o título, num fim-de-semana em que até poderia ter ficado mais perto do primeiro.
A cruz encarnada
O FC Porto precisava de ganhar no Restelo para retomar a primeira posição. No entanto, o Belenenses soube como travar o ímpeto portista e, beneficiando de um erro defensivo, Nathan isolou-se para marcar o primeiro golo dos azuis de Lisboa logo aos 10 minutos. Esse golo acabou por ser decisivo na forma como o resto da partida se desenvolveu. Muito Porto na busca do golo, somando mais de três dezenas de remates em toda a partida, André Moreira a defender o último reduto belenense e alguma sorte a mandar na forma de resistir com a vantagem.
Num lance de bola parada, na segunda parte, Maurides teve espaço para cabecear para o 2-0 e, mesmo com o FC Porto a tentar avançar para a recuperação, pareceu claro que não era dia para grandes resultados, antes para assumir a cruz do desgaste físico e emocional que tomou a equipa de Sérgio Conceição nas últimas duas saídas de casa. Nada está perdido, com o FC Porto a continuar a depender apenas de si próprio, mas a vantagem e a liderança passaram para as mãos do Benfica.
Boas Apostas!