Swansea City – Chelsea (Premier League)

A equipa de Carlos Carvalhal volta à luta com mais uma versão de David contra Golias. O Swansea foi goleado no Etihad, há uma semana, e tem limitações na defesa, mas o treinador português não quer desculpas. Os Blues qualificaram-se para a final da Taça de Inglaterra, onde defrontaram Mourinho, ao bater o Southampton e ainda sonham com o top-4. Para isso há que sacar os três pontos em Gales.

O treinador português que comanda o Swansea City sabe bem que a luta pela sobrevivência na Premier League só ficará resolvida no último fôlego. A quatro jornadas do fim os galeses são a primeira equipa acima da linha de água, com trinta e três pontos somados. Mas sendo que a distância para o Southampton, na posição abaixo, é de apenas quatro pontos, os Swans estão longe de alcançar esse sossego. E, convenhamos, esta receção ao Chelsea está mais para perda de pontos do que o contrário, e isso seria um perigoso passo à retaguarda. Ainda assim, dentro do expectável. Desde que Carvalhal assumiu o conjunto, têm sido capazes de ir amealhar pontos a muitos lados, mas como o próprio disse, ainda falta concretizar o milagre. As rondas seguintes albergam maior esperança – Bournemouth fora, Southampton e Stoke em casa – apesar de estes adversários também ainda estrem a lutar pelos seus objetivos.

Na semana passada o Swansea foi goleado no terreno do Manchester City (5-0) mas quando questionado se a tareia teria deixado sequelas, Carvalhal foi conclusivo. Entre City e Chelsea, ambos clubes de lutar pelo título, há, à data, vinte e sete pontos de separação. Porque é que os Swans se haveriam de sentir destroçados? E tem razão, aquele não é o campeonato deles.

Isso não significa que a jogar diante do seu público a equipa e os jogadores não cresçam e se superem, já aconteceu antes. Há que dar luta, porque perder por oito ou oitenta, neste caso, dá o mesmo.

Federico Fernández saiu tocado do jogo com os Cityzens, uma pancada forte que obriga a tratamento específico. Serão efetuados exames de diagnóstico mais detalhados para aferir da sua condição de ir a jogo. O problema maior é que também Kyle Bartley, o substituto natural no eixo da defesa, também está com problemas nos ligamentos do joelho e terá que ser reavaliado. Baixas confirmadas são Wilfried Bony, por lesão, e Tammy Abraham, este último em virtude dos termos de empréstimo do Chelsea. Renato Sanches ainda trabalha para recuperar os níveis físicos.

Onze Provável: Fabianski – Nughton, Van der Hoorn, Mawson, Olsson – André Ayew, King, Ki, Carroll, Clucas – Jordan Ayew.

O Chelsea garantiu presença em Wembley, na final da Taça de Inglaterra, onde irá defrontar o Man United de José Mourinho, batendo sem dificuldades o Southampton (2-0). Ao contrário do que tinha equacionado, Antonio Conte não alinhou com os dois avançados em simultâneo mas o resultado final foi o mesmo. Olivier Giroud, aposta inicial, mostrou a sua apetência natural para romper as linhas cerradas dos Saints, como tinha feito uma semana antes no jogo do campeonato, e abriu o ativo no primeiro minuto da segunda parte. Álvaro Morata, chamado para render o francês nos derradeiros dez minutos, subiu a contagem ao fim de dois minutos em campo.

Os Blues, ainda no quinto posto e a cinco dos top-4, retiraram algum alento nas últimas jornadas dos deslizes do Tottenham. E como os Spurs só cumprem o calendário da jornada na segunda, podem encurtar as distâncias para três pontos, ainda que à condição, se saírem vitoriosos de Swansea.

Marcos Alonso cumpre mais um jogo de castigo. David Luiz e Ampadu são as outras baixas, estas por questões de ordem física.

Onze Provável: Courtois – Azpilicueta, Cahill, Rudiger – Moses, Kanté, Fàbregas, Emerson – Willian, Morata, Hazard.

Chelsea	1-0	Swansea City	Premier League 2017/18
Chelsea	3-1	Swansea City	Premier League 2016/17
Swansea City	2-2	Chelsea	Premier League 2016/17

Nas duas temporadas anteriores o melhor que o Chelsea conseguiu em Swansea foi um empate.