A Supercopa Endesa é a primeira competição oficial do basquetebol espanhol, colocando em campo quatro equipas com largos pergaminhos na modalidade e ambições de conquistas para a presente temporada. As quatro participantes englobam os três primeiros classificados da Liga Regular do ano passado, com o Barcelona, campeão em título, a defrontar o Laboral Kutxa, equipa organizadora da prova, enquanto Real Madrid e Valência Basket estarão na outra meia-final.
Vitória-Gasteiz acolherá as partidas que se distribuem entre sexta-feira e sábado. Nos últimos anos, a disputa dos títulos em Espanha tem estado dominada pelo Barcelona e pelo Real Madrid, equipas que conseguiram lidar melhor com a crise financeira, mantendo investimentos muito altos na modalidade. Pelo contrário, equipas como o Valência sentiram a necessidade de rever a sua situação, estando agora a regressar a uma posição confortável em termos desportivos, enquanto o Laboral Kutxa vai demonstrando não ter as mesmas condições para disputar o topo com a sua concorrência.
De qualquer maneira, no campo, todos os quatro participantes nesta Supercopa Endesa apresentam condições de poder lutar pelo título e prometem uma série de encontros de muito bom nível. No Apostas Online preparamos uma pequena análise aos quatro concorrentes para este prova.
FC Barcelona
Xavi Pascual parece ter recuperado o prazer de liderar uma das equipas com mais história no basquetebol europeu. No ano passado, o técnico foi bastante criticado, devido a um mau início de temporada, mas conseguiu, ao longo da mesma, recuperar os jogadores para o espírito coletivo e acabou a sagrar-se campeão na Liga Endesa quando ninguém o esperava. Isso permitiu que o Barcelona passasse por uma espécie de transição tranquila, mantendo a espinha-dorsal da equipa do ano passado, com Marcelinho Huertas, Juan Carlos Navarro, Brad Oleson, Bostjan Nachbar e Ante Tomic, perdendo apenas dois jogadores que tiveram papéis de destaque na equipa, como foram os casos de Kostas Papanikolaou e Joey Doersey, ambos de saída para a NBA. No que toca a reforços, sublinha-se a chegada de Justin Doellman, do Valência Basket, um dos jogadores mais importantes da Liga no ano passado, Tomas Satoransky, o base do Baloncesto Sevilla que tem tudo para estar de passagem pelos culés a caminho da NBA, e ainda Deshaun Thomas, extremo do Nanterre, e Tibor Pleiss, poste do Laboral Kutxa. Com estes jogadores, Xavi Pascual sente ter gente para poder fazer crescer e tornar-se muito competitivo nas próximas épocas.
Real Madrid
Época de sabor amargo para Pablo Laso que, no ano passado, acabou por perder a Liga Endesa e a Euroleague quando, a determinado momento da mesma, era visto como o grande favorito a vencer tudo. O estilo de jogo dos Merengues é bastante atrativo, mas faltaram soluções para defrontar equipas que foram muito fortes a nível defensivo. Com isto, o técnico viu o seu lugar tremer e a primeira solução encontrada pela administração foi o reforço da equipa técnica, com a chegada do croata Zan Tabak para assistir o trabalho de Laso. Dentro de campo, será de assinalar a saída de Nikola Mirotic, que continuará a sua carreira na NBA, deixando o Real Madrid órfão de um jogador que se demonstrou ímpar no panorama europeu, pela forma que foi evoluindo a nível técnico e físico. No entanto, os Merengues mantém muita da nata que tornou possível o estilo de jogo de Laso, como são os casos de Sergio Llul, Sergio Rodriguez e Rudy Fernandez. A equipa também se reforçou bastante, com a chegada de K.C. Rivers, Facundo Campazzo e Jonas Maciulis, para o jogo exterior, enquanto Andres Nocioni se poderá transformar num líder do balneário, com Gustavo Ayon a disputar o lugar de poste titular. Com Jaycee Carroll, Felipe Reyes, Marcus Slaughter e Ioannis Bourousis no seu melhor, Pablo Laso pode orgulhar-se de ter o plantel com mais experiência e soluções. A sua missão, é torná-lo numa equipa que vence nos momentos decisivos.
Laboral Kutxa
A viver mais um verão de mudanças profundas, sem capacidade para discutir a nível financeiro a manutenção dos seus melhores jogadores, o Laboral Kutxa contratou o italiano Marco Crespi para ser o timoneiro da equipa. O italiano terá a sua primeira dura missão a convencer o exigente público de Vitoria, onde a consciência da realidade é sempre colocada perante a vontade de ganhar. Thomas Heurtel, Fernando San Emeterio e Lamont Hamilton são os três jogadores que se mantêm com maiores responsabilidades, sendo que se espera bastante de reforços como Doron Perkins, Ryan Gomes e Tornike Shengelia, que pelas suas anteriores experiências, mostram poder trazer qualidade à equipa. Mas sendo o Laboral Kutxa o maior mistério das quatro equipas que estão presentes na Supercopa Endesa – os seus resultados na pré-temporada pouco podem adiantar de perspetivas esperançosas -, o encontro com o Barcelona poderá ser mais do que aquilo que a equipa está pronta a enfrentar neste momento.
Valência Basket
A equipa orientada por Velimir Perasovic foi uma das grandes surpresas da temporada passada, tendo estado na luta pela Liga Endesa e acabando por conquistar a Eurocup. Este ano a exigência cresce, com os jogos da Euroleague a ocuparem um plantel que tem que lidar com a saída de Justin Doelmman, o seu melhor jogador do ano passado. Jogadores espanhóis como Pau Ribas ou Pablo Aguilar demonstram bem o caráter que a equipa pretende ter em campo, com Romain Sato a ser uma excelente peça a manter, pela sua disponibilidade. No que toca a reforços, a chegada de Dwight Buycks, Kresimir Loncar, Luke Harangody ou do jovem Guillem Vives demonstram bem aquilo que o técnico Perasovic deseja – aumentar o número de soluções para voltar a apresentar uma equipa muito organizada e que consegue criar dificuldades a qualquer adversário durante a temporada. Neste momento, no entanto, isso deverá ser pouco para conseguir parar o Real Madrid.
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