Uruguai, França, Brasil, Bélgica, Rússia, Croácia, Suécia e Inglaterra. Ao observamos a lista de apurados para os quartos-de-final, para além de constatarmos imediatamente a ausências das ditas “favoritas crónicas” como Espanha, Alemanha ou Argentina, apercebemo-nos simultaneamente de duas presenças inesperadas: a da anfitriã Rússia e, sobretudo, da Suécia. Os nórdicos têm embate marcado com os ingleses.
Não há duvidas de que a seleção italiana já teve melhores dias. Ainda assim, deixar os transalpinos “à porta” da fase final de um campeonato do mundo não é nada fácil. A Suécia fê-lo e sem sofrer golos em 180 minutos de futebol, dado que permitia antever um desempenho positivo da seleção treinada por Janne Andersson na Rússia.
Depois de vencer o grupo F com seis pontos, deixando escapar a vitória somente no embate com a campeã do mundo Alemanha, seleção que ainda assim levou “ao milite”, a Suécia superiorizou-se à Suécia nos oitavos-de-final. A qualidade tática evidenciada na fase de grupos esteve a toda a prova frente à formação suíça e a vitória por uma bola a zero premiou aquela que foi, ao fim ao cabo, a seleção mais competente ao longo dos 90 minutos.
O futebol da seleção sueca não impressiona, a equipa não dispõe de grandes recursos técnicos, baseando a sua estratégia no rigor tático. Os suecos atuam num 1x4x4x2 com as linhas muito próximas e bem definidas, incute muita agressividade no seu jogo a meio-campo e, do ponto de vista ofensivo, aposta sobretudo nas bolas paradas. Sem uma referência à imagem de Zlatan Ibrahimovic, jogador que durante largos anos foi figura de proa na equipa escandinava, a Suécia tem em Emil Forsberg a sua principal referência, jogador que marcou o golo que definiu o encontro dos oitavos-de-final.
Neste campeonato do mundo, ao cabo de quatro jogos, a seleção sueca só sofreu golos num desafio: frente à campeã do mundo Alemanha (2-1). Manteve a Coreia do Sul (1-0), o México (0-3) e a Suíça (1-0) a “zeros”, mas sentirá mais dificuldades para travar o ataque inglês.
Quando “se joga a vida” em 90 minutos, tudo pode acontecer. Em teoria, a seleção inglesa é favorita à entrada para este duelo frente à Suécia, mas a organização defensiva da seleção do norte da Europa não será fácil de desmontar. O histórico é equilibrado com sete vitórias da Suécia, oito da Inglaterra e nove empates. As duas seleções encontraram-se pela última vez em 2012, numa partida amigável em que os suecos venceram por quatro bolas a duas. Muito mudou desde então em ambos os lados da barricada: conseguirá a nova geração inglesa contrariar o rigor sueco?
Boas Apostas!