Jornada cheia a meio da semana mas tudo o resto passa para segundo plano quando o Manchester City vence de forma dramática com um golo espetacular de Sterling, seis minutos para lá dos noventa. Estrelinha de campeão. O Tottenham perdeu em Leicester e cai para sétimo, ultrapassado por Liverpool e Burnley. Rooney ressuscita e faz um hat trick para selar a vitória do Everton sobre os Hammers.

Noite inesquecível para o City

A vitória dramática sobre os Saints foi festejada como se de um título se tratasse.

A vitória dramática sobre os Saints foi festejada como se de um título se tratasse.

Quando parecia que o Southampton ia conseguiu roubar pontos aos City, o que não acontecia desde agosto, Raheem Sterling encontrou uma nesga para fazer o golo da vitória, seis minutos para lá dos noventa. Loucura total, até Benjamin Mendy, a recuperar de uma cirurgia séria aos ligamentos, correu para abraçar os companheiros dentro de campo. Banho gelado para os Saints (2-1), que estiveram tão perto de um resultado histórico.

Pep Guardiola também não cabia em si e na conferência de imprensa reconheceu que esta será uma noite que nenhum deles vai esquecer. Eu diria que esta será das mais lembradas, se os Cityzens se sagrarem campeões de Inglaterra. Assim o líder mantém a sua série de vitórias – dezoito em todas as competições, doze na Premier League – e a vantagem para os perseguidores (oito pontos). Os campeões fazem-se muitas vezes com estas vitórias sofridas, em que é preciso acreditar e insistir até ao apito final. E fazem-se também com uma pontinha de sorte, e isso também tem acontecido ao Manchester City.

Raheem Sterling marcou doze golos em dezoito jogos com a camisola do City esta temporada. É uma clara evolução para o extremo inglês que nunca tinha ido além dos onze. Mas não é só a quantidade, é sobretudo a qualidade da sua concretização que faz a diferença. Se eliminássemos aqueles que ele marcou em instantes finais – no empate com o Everton e nas vitórias sobre o Bournemouth, Huddersfield e Southampton – a vantagem dos Cityzens seria de apenas um ponto.

Spurs em queda?

Na terça-feira o Tottenham foi perder ao terreno do Leicester City (2-1) e a grande exibição da dupla Jamie Vardy/ Riyad Mahrez não pode mascarar o facto dos londrinos terem feito um jogo muito fraco. Mauricio Pochettino admitiu que era difícil analisar o jogo quando a sua equipa fez uns primeiros quarenta e cinco minutos inaceitáveis. Faltou empenho, faltou capacidade de luta, e o Foxes aproveitaram o ensejo. São já três jornadas consecutivas a ceder pontos – derrota no Emirates e empate com o West Brom – e com esta brincadeira os Spurs caíram para o sétimo posto, ultrapassados pelo Liverpool e Burnley. Mais significativo ainda, à décima terceira jornada o Tottenham leva tantas derrotas (quatro) quantas as sofridas em toda a temporada passada.

O único momento positivo da noite para os Spurs foi o regresso à competição de Erik Lamela, mais de um ano depois, e o argentino deu logo apontamentos da qualidade técnica que pode acrescentar ao onze.

Rooney como fénix

Rooney fez um hat trick, com Sam Allardyce a ver da bancada.

Rooney fez um hat trick, com Sam Allardyce a ver da bancada.

O dramatismo de Manchester abafou um pouco a outra grande história da noite de quarta-feira. Wayne Rooney ressuscitou para fazer o primeiro hat trick ao serviço do clube de coração. O avançado inglês teve uma noite a lembrar os melhores tempos da sua carreira e o próprio reconheceu, no final, que o último – um remate portentoso do meio-campo – foi, provavelmente, o melhor golo que marcou na sua longa conta pessoal. Sam Allardyce, que assistia nas bancadas, há de ter ficado animado com o ressurgimento do antigo campeão inglês. O Everton precisa que dure.

Boas Apostas!