Stefano Pioli é o eleito para suceder a Frank de Boer no comando técnico do Inter de Milão. A direção do clube milanês volta a apostar num técnico italiano depois do fracasso sob a liderança do holandês que esteve no Giuseppe Meazza durante apenas dois meses. Na conferência de imprensa de apresentação, ladeado pelos empresários asiáticos que têm investido no clube, Stefano Pioli frisou que terminar num posto que dê acesso à Liga dos Campeões do próximo ano é um objetivo que está ao alcance, pese embora a situação classificativa complicada em que o Inter se encontra.
O Inter de Milão é o primeiro grande desafio na carreira de Stefano Pioli enquanto treinador. Os resultados acumulados em épocas recentes traduz-se numa queda de popularidade sobretudo no plano internacional, mas o emblema milanês continua a ser um dos mais representativos na realidade italiana. A missão de Stefano Pioli passa precisamente por despertar um gigante que deu grandes sinais de vitalidade até há bem pouco tempo, sobretudo sob a liderança de José Mourinho, num ciclo vitorioso que se esgotou precisamente sob a liderança do treinador português. O trajeto de Stefano Pioli, iniciado nos escalões de formação do Bologna em 1999 – regressaria ao clube para orientar a equipa principal entre 2011 e 2014 -, conhece o seu ponto mais alto com a chegada ao Giuseppe Meazza. A passagem pela “cidade eterna” (2014-2016) para orientar a Lazio terá sido um bom teste para Stefano Pioli, ou não estivéssemos a falar de um emblema em que os adeptos “sopram ao pescoço” de jogadores e equipa técnica. O episódio mais caricato da carreia de treinador aconteceu na Sicília, ao serviço do Palermo, quando o impaciente Maurizio Zamparini optou por despedir Stefano Pioli no último dia de agosto de 2011, consequência da eliminação na fase preliminar da Liga Europa pelos suíços do Thun.
Stefano Pioli orientou o primeiro treino do Inter de Milão no dia 9 de novembro, altura em que muitos atletas já estavam ao serviço das respetivas seleções por ocasião da data FIFA. Ainda assim, o treinador chegou em boa altura ao clube, gozando de cerca de uma hora e meia para conhecer melhor toda a estrutura que envolve o futebol e incutir as suas ideias nos atletas que permaneceram ao serviço do clube. O nono treinador do Inter de Milão nos últimos seis anos encontrou um balneário de espírito renovado na sequência da saída de Frank de Boer, técnico que nunca foi consensual no seio do plantel. A equipa recebeu um “boost” importante do ponto de vista anímico antes de defrontar o AC Milan no “derby” do próximo fim-de-semana, encontro que marca o início de uma sequência de jogos particularmente difícil.
Dentro das quatro linhas, atendendo ao trabalho recente do novo técnico interista, tudo indica que alinhará as suas unidades num 1x4x3x3 (1x4x2x3x1). Líder de uma equipa da Lazio que exibiu um dos melhores registos defensivos da Série A, Stefano Pioli terá que trabalhar bastante o setor recuado, isto numa altura em que as duvidas nas laterais e o momentos menos bom do líder Miranda têm prejudicado o desempenho da linha mais baixa da equipa. Nos últimos jogos de Frank de Boer em Milão, o Inter carecia de ideias na frente de ataque, demonstrava poucas soluções coletivas para chegar à baliza adversária e vivia escudada em momentos e inspiração de Mauro Icardi, argentino cuja saída Stefano Pioli quer evitar em janeiro. Nesta primeira etapa do campeonato italiano, vários jogadores do Inter estiveram em sub rendimento, com Geoffrey Kondogbia a ser um caso extremo pelas críticas públicas tecidas pelo agora ex-treinador. Jogador que privilegia o jogo exterior em momento ofensivo, o Inter de Milão procurará ser mais incisivo que com Frank de Boer.
Boas Apostas!