O pessimismo imperava na hostes sportinguistas à entrada para a atual temporada, sentimento legitimado pelo facto de o clube estar a atravessar um dos períodos mais conturbados da sua história. A instabilidade diretiva continua a dominar o quotidiano do clube e a estrutura do futebol profissional esforça-se por garantir que a equipa tem a estabilidade necessária para trabalhar tendo em vista a nova época. A pré-época não foi brilhante, mas também não existem motivos para alarme no seio de uma equipa que, para gáudio dos sportinguistas, volta a poder contar com alguns dos atletas que tinham avançado para a rescisão dos respetivos contratos, entre os quais Bruno Fernandes e Bas Dost.
Jorge Jesus deixou o clube e José Peseiro foi o eleito para regressar a uma casa que bem conhece, embora sob muitas duvidas da massa associativa, maioritariamente “traumatizada” pela final da Taça UEFA perdida em casa, frente ao CSKA de Moscovo e pelo “estigma” criado em relação a José Peseiro ao longo das últimas épocas: um treinador que, conseguindo colocar as equipas a jogar bom futebol, apresenta uma séria “malapata” na hora das decisões.
O Sporting esteve a estagiar na Suíça, cumpriu quatro amigáveis nesse período e posteriormente deu continuidade aos seus trabalhos em Portugal, atuando em Alvalade por duas vezes. No jogo de apresentação frente ao Marselha, em julho, a equipa já deixou alguns apontamentos positivos, isto numa noite marcada por um falhanço de Viviano, aparentemente o principal candidato a assumir o lugar que ao longo dos últimos largos anos tinha sido de Rui Patrício. O conjunto leonino “resguardou-se” bastante nesta pré-temporada, de tal forma que os encontros frente ao Mafra (1-2), à Académica (1-0) e ao Estoril (1-2) foram disputados à “porta fechada”.
A última oportunidade de os seus adeptos tirarem conclusões correspondeu ao duelo válido pelo Troféu Cinco Violinos, perdido para o Empoli na discussão através da marcação de grandes penalidades. Do encontro diante dos italianos fica a sensação de que este Sporting sabe ao que vai na frente de ataque, consegue potenciar as suas principais valências ao tirar partido da largura e profundidade, Nani parece ser uma adição de qualidade, mas falta ser mais eficaz, algo que, com o regresso de Bas Dost, José Peseiro não terá que perder grandes horas de sono.
Em suma, como é natural nesta fase da temporada, há (vários) aspetos a melhorar, mas o Sporting aparenta estar preparado para a visita a Moreira de Cónegos, desafio que dita o arranque dos testes “a sério” para o conjunto leonino.
Boas Apostas!