A derrota do Tottenham, a abrir a jornada trinta e seis, no Estádio Olímpico de Londres, esvaziou a bolha da equipa de Mauricio Pochettino. Ao bater o Middlesbrough o Chelsea ficou a um pequeno passo de se sagrar campeão da Premier League, ao mesmo tempo que condenava a formação de Agnew ao Championship. O Hull perdeu pela primeira vez em casa, na era Marco Silva, e troca de posições com o Swansea.

Morrer na praia

Pochettino não foi de panos quentes e reconhceu que a sua equipa ainda não tem estofo de campeão.

Pochettino não foi de panos quentes e reconheceu que a sua equipa ainda não tem estofo de campeão.

Durante dez semanas o Tottenham viveu um sonho louco. Nove vitórias consecutivas na Premier League, um futebol elegante e eficaz fizeram-nos crer que os Spurs podiam chegar ao título. O Chelsea deu uma ajuda importante. Depois de ter cavado uma margem considerável o líder da classificação cedeu pontos importantes e permitiu a aproximação, deixando o primeiro lugar em aberto.

Na sexta-feira à noite o Tottenham tinha viagem marcada ao Estádio Olímpico de Londres, para enfrentar o West Ham. Era o terceiro dérbi londrino seguido e, teoricamente, o mais acessível. Tendo já vencido o Crystal Palace (0-1) e o Arsenal (2-0) nas jornadas anteriores a equipa de Mauricio Pochettino não estava à espera da capacidade de resistência dos Hammers. Pagou caro por essa abordagem e o treinador argentino foi o primeiro a reconhecer que os Spurs ainda não estavam no ponto para conquistar a Premier League. Ainda abalado pela derrota e suas implicações, Pochettino não conseguiu identificar o que falhou mas foi muito claro quando disse que para ser campeão havia que vencer os jogos, fosse de que forma fosse, e o Tottenham não foi capaz. É uma declaração dura mas lúcida.

Chelsea pode confirmar o título na sexta-feira

Os festejos de quem sabe que está muito perto de se sagrar campeão da Premier League.

Os festejos de quem sabe que está muito perto de se sagrar campeão da Premier League.

Na segunda-feira o Chelsea tinha a oportunidade de se distanciar na liderança e não desperdiçou. Ao vencer com autoridade o Middlesbrough (3-0) em Stamford Bridge – com golos de Diego Costa, Marcos Alonso e Matic – os Blues ficaram a um pequeno passo de reclamar as faixas. Têm agora sete pontos de vantagem e três jogos para cumprir. Se vencer o próximo jogo, na visita ao West Bromwich, o Chelsea é campeão, independente do que o Tottenham faça no domingo, naquele que será a última partida disputada em White Hart Lane.

O triunfo da equipa de Antonio Conte selou o destino do Boro, que já não escapa à despromoção. O Sunderland já conhece um dos companheiros que o acompanhará na descida ao Championship. A equipa de Agnew precisaria de sete pontos para escapar e só lhe restam dois jogos esta temporada.

Marco Silva cai na zona de despromoção

O Hull City trocou de posições com o Swansea City este fim de semana, reentrando na zona de despromoção. Ao nono jogo em casa, desde que assumiu o comando, Marco Silva perde em casa, frente ao lanterna-vermelha. Sem nada a perder, o Sunderland (0-2) jogou desinibido. Ao contrário dos Tigers, que acusaram a pressão a que estavam sujeitos para pontuar. A diferença entre o Hull e Swansea é de um ponto e um destes clubes vai-se juntar a Black Cats e Boro na descida ao segundo escalão.

Mourinho tinha ironizado na antevisão e a profecia cumpriu-se. O treinador português perdeu com o Arsenal (2-0), algo que ainda não lhe tinha acontecido nos diversos confrontos que teve com o seu desprezo de estimação, Arsène Wenger. Claro que o United já tinha reconhecido a necessidade de priorizar a Liga Europa, face às muitas lesões, mas a poupança de alguns elementos para quinta-feira deixa os Red Devils fora do top-4. É um risco calculado que, mesmo sem querer, ajuda as perspetivas dos Gunners de ainda lá chegarem.

Boas Apostas!