Sheffield Wednesday – Aston Villa (Championship)
Este será um dos pontos altos da primeira jornada do Championship. O Sheffield Wednesday, que esteve com um pé na Premier League via play-off, recebe em Hillsborough os despromovidos Villains. O treinador português deu nas vista no seu primeiro ano ao comando dos Owls e pôs os adeptos a sonhar alto. O Aston Villa fez uma temporada anterior miserável mas durante o verão o clube mudou de mãos. Foi buscar Roberto di Matteo e está a abrir os cordões à bolsa, tendo garantido o reforço que todos os concorrentes cobiçavam, Ross McCormack.
Na época de 2015/16 o Sheffield Wednesday de Carlos Carvalhal deu nas vistas. Conseguiu o sexto lugar no Championship e esteve com um pé na Premier League. No play-off eliminou o Brighton & Hove Albion, que tinha somado mais quinze pontos – e acabou derrotado na final, entregando a vaga ao Hull City, pela margem mínima. Ainda chegou aos quartos de final da Capital One Cup.
Com uma campanha tão inspiradora é natural que os adeptos Owls estejam nas nuvens e sonhem alto com uma subida à primeira divisão. Mas Carvalhal tem que colocar água na fervura. O Championship ganhou fortes candidatos ao topo da tabela e o Sheffield Wednesday não está no mesmo patamar de recursos de um Newcastle, Aston Villa ou mesmo do Derby County. Mas o quinto, sexto posto é uma possibilidade real. E de lá chegar depois tudo será possível, como já ficou demonstrado em maio passado.
Os Owls tem um dos jogadores mais excitantes a atuar no Championship, Fernando Forestieri. O italiano foi uma das figuras determinantes no final de época inspirado do Sheffield Wednesday e na sua segunda temporada em Hillsborough pode subir bastante de rendimento. Vai ser interessante ver como ele e Steven Fletcher – reforço que os Owls foram contratar ao Sunderland – se podem potenciar mutuamente. Daniel Pudil passou de cedido a efetivo do clube. Almen Abdi – médio ofensivo vindo do Watford – e Will Buckley – extremo direito vindo do Sunderland – completam as entradas, até ao momento.
Onze Provável: Westood – Hunt, Lees, Hutchinson, Pudil – Bannan, Lee – Matias, Forestieri, Wallace – Fletcher.
O Aston Villa fez uma época anterior absolutamente desastrosa. A descida ficou definida muito cedo e a equipa acabou as trinta e oito jornadas com uns míseros dezassete pontos (3V/ 8E/ 27D), no último lugar da Premier League. São metade dos pontos do penúltimo classificado, o Norwich.
De lá para cá o clube mudou de mãos. O mal-amado Randy Lerner vendeu-o a um empresário chinês, Tony Jiantong Xia, e os adeptos dão o benefício da dúvida ao novo proprietário. Fazer pior é difícil. Roberto di Matteo foi contratado e a escolha de um treinador que já passou pelo Chelsea e competiu na Liga dos Campeões elevou imediatamente os níveis de confiança. Melhor ainda ficou o ambiente em Villa Park quando os reforços começaram a chegar. Tommy Elphick e Aaron Tshibola chegaram do Bournemouth e Reading, respetivamente, para equilibrar a defesa e o meio-campo. Eu acrescento, e o balneário. Di Matteo foi buscar Pierluigi Gollini ao Hellas Verona para ter outra consistência na baliza. Mas a joia da coroa é mesmo Ross McCormack. O segundo avançado do Fulham foi alvo do assédio de diversas equipas da divisão e ter escolhido este destino mostra a convicção das pretensões dos Villains.
Onze Provável: Gollini – Hutton, Elphick, Baker, Cissokho – Gardner, Westwood – Bacuna, Grealish, Ayew – Gestede.
Aston Villa
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0-1 |
Taça da Liga Inglesa 2001/02
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Há quinze anos que Sheffield Wednesday e Aston Villa não atravessam os caminhos um do outro. O último confronto, nos oitavos de final da taça da liga inglesa, caiu para o lado dos Owls.