Santiago Giraldo – Marin Cilic (ATP Genebra)

Giraldo e Cilic marcam encontro nos quartos de final do Open de Genebra. Mesmo com o pouco que jogou esta temporada e apesar da terra batida ser a superfície preferida do colombiano, o croata continua a ser favorito. Não só pela diferença de estatuto no ranking mas porque Cilic venceu todos os confrontos diretos.

O colombiano está a ser incapaz de defender os pontos em terra batida. No final de Setembro de 2014 Santiago Giraldo atingia a sua melhor cotação de sempre, o vigésimo oitavo lugar do Ranking ATP, e em grande parte essa ascensão fez-se com os pontos conquistados entre meados de abril e maio. Nesse mês, o agora número sessenta e sete mundial foi semifinalista em Houston – perdeu para Fernando Verdasco –, foi finalista vencido no ATP 500 de Barcelona – ganho, como sabemos, por Nishikori e atingiu os quartos de final no Masters 1000 de Madrid. Em 2015 o melhor que conseguiu foram dois quartos, em Houston e Istambul, afastado nessa fase por Jack Stock (6-4, 6-4) e Diego Sebastian Schwartzman (0-6, 6-2, 6-2). Nos Masters das capitais espanhola e italiana, caiu à primeira, às mãos de Fabio Fognini (6-2, 6-3) e Mateo Donati (2-6, 6-1, 6-4).

A terra batida não é o piso em que o ténis de Marin Cilic ganha maior dimensão. Mas alguém com o talento do croata também não passa mal nesta superfície, mesmo diante dos especialistas. O ano passado foi excelente para Cilic, que regressou em cheio para confirmar as expetativas que se tinham criado em seu redor, antes do episódio de suspeição de dopping. Infelizmente, a carreira do vencedor do Open dos Estados Unidos tem sido abundante em lesões, que lhe tem retirado embalo. E foi mais um problema físico, desta vez no ombro direito, que o obrigou a começar a temporada dois meses e meio depois que toda a concorrência. A volta à competição tem-se feito lentamente e é evidente que o croata precisa de vencer encontros para ganhar ritmo e confiança. O encontro dos quartos de final com Giraldo será apenas o décimo de Cilic esta temporada. O ponto alto, até ao momento, foram os quartos de final de Monte Carlo, onde, após bater Jo-Wilfried Tsonga, foi afastado pelo número um mundial, Novak Djokovic (6-0, 6-3). Em Barcelona e Roma não foi além da primeira ronda, cedendo diante de Victor Estrella(6-4, 6-4) e Guillermo Garcia López (6-4, 6-3), respetivamente.

Na entrada no Open de Genebra, Marin Cilic teve um desafio interessante. Mediu forças com o adolescente Andrey Rublev e teve que se aplicar para não ficar pelo caminho. O croata já vinha avisado quanto às qualidades e forte personalidade do jovem russo e foi um adulto responsável. Ao contrário de outros, que quando se viram encostados às cordas pela potência de direita de Rublev, lhe chamaram mal-educado e pouco respeitoso, Cilic deu os parabéns ao adversário pela excelente prestação em court. O croata, que também foi um talento precoce, deve-se ter lembrado do que era estar diante de um jogador do top-10 quando se tem dezassete anos. Cilic entrou mal no encontro, diga-se. Nervoso, desconfortável e mal teve tempo para ajustar o seu ténis e já Rublev avançava a todo o gás. Nos seus jogos de serviço o russo esteve irrepreensível, não dando a menor brecha para o croata poder pegar. Depois do impacto inicial, Cilic foi encontrando o seu ténis e não permitiu no segundo set a quebra de serviço que lhe custou o primeiro. E foi no tie break, onde chegou a ter que defender um match point a favor do adversário, que a partida virou a favor do crota (4-6, 7-6, 6-1). No terceiro parcial Cilic manteve o nível elevado em que vinha mas Rublev quebrou por completo. Primeiro fisicamente e depois, em consequência, mentalmente, e já nada do que tentava funcionava.

Este será o quinto confronto entre Giraldo e Cilic. O croata venceu todos os anteriores.

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