Sangju Sangmu – Gangwon (K-League 1)
A jornada 2 da K-League 1 arranca no Sangju Civic Stadium com o embate entre Sangju Sangmu e Gangwon. A atuar no seu “quartel”, a formação militar quer melhorar a imagem deixada na ronda inaugural.
A realidade do Sangju Sangmu é bastante peculiar. Na Coreia do Sul, o cumprimento do serviço militar é obrigatório por um período de cerca de 24 meses, situação que abrange atletas de alta competição. Dadas as circunstâncias, foi criado um clube com o propósito de permitir ao “jogador-militar” atuar ao mais alto nível ao longo do período de serviço. Assim surgiu o Sangju Sangmu – na próxima temporada mudará de localidade e passará a disputar a K-League 2, na sequência de um acordo entre os responsáveis da K-League 1 e o Exército -, emblema que “vive” dos empréstimos efetuados pelos demais integrantes da competição que possuem jogadores obrigados a cumprir o período de serviço militar.
Tendo em conta a natureza do clube, é fácil inferir que as mudanças no Sangju Sangmu são uma constante de ano para ano. No início da atual temporada, chegaram a Sangju nada mais nada menos que 15 novos jogadores. Por um lado, trabalhar uma equipa totalmente nova requer tempo, por outro, o Sangju reúne constantemente nas suas fileiras alguns dos maiores talentos em competição.
A crise pandémica afetou a preparação da equipa e implicou repensar e reajustar tudo o que estava inicialmente definido, mas o técnico Kim Tae-Wan ainda se viu obrigado a lidar com outro infortúnio neste início de campanha: Jeon Se-jin, Kim Bo-seop e Oh Se-hun estiveram envolvidos num acidente de viação e vão falhar os próximos jogos do Sangju. Tendo em conta o regulamento que implica a utilização de atletas em idade sub-22, Kim Tae-Wan contará apenas com cinco jogadores no banco de suplentes e só poderá levar a cabo duas alterações no embate com o Gangwon.
A ronda inaugural não correu nada bem ao Sangju Sangmu, derrotado por quatro bolas a zero na visita ao candidato Ulsan Hyundai. Tendo em conta a impossibilidade de promover grandes alterações na equipa olhando ao curto leque de opções, é factual que a situação não está nada favorável ao Sangju.
Onze provável: Byeong-geun, Jae-woo, Jin-hyeok, Kyung-won, Sang-woo, Yong-woo, Suk-jong, Min-hyeok, Seung-min, Seon-min, Sung-wook
O Gangwon estreou-se da melhor forma na K-League 1 20120. A formação que em 2019 assegurou um lugar no “play-off” de apuramento do campeão quer repetir a façanha e a campanha no novo ano arrancou com um triunfo por três bolas a uma na receção ao Seoul, uma das boas equipas em prova. A atuar em casa, o Gangwon – emblema que contou com um onze inicial 100% sul-coreano – até começou a perder, cortesia de um golo apontado por Dong-jin na primeira parte, mas viria a orquestrar a reviravolta. Lançado ao intervalo, Kim Ji-Hyun marcou o tento do empate ao minuto 52, mas foi preciso esperar pelos últimos cinco minutos de jogo para o Gangwon chegar à vitória, alcançada graças aos golos marcados por Jae-Woon e Seung-Dae.
O Gangwon de Byung-soo, treinador que cumpre a terceira época no clube, é uma equipa que se sente confortável com bola, privilegia a posse e deixou ótimos apontamentos em ataque organizado no embate com o Seoul. Em 2019, foi a equipa que, em média, teve mais bola em toda K-League 2019. Sem grandes referências individuais, sendo que o japonês Takahiro Nakazato é o único “estrangeiro” no plantel, o Gangwon é uma equipa que vale essencialmente pelo coletivo.
Onze provável: Bum-soo, Kwang-hoon, Oh-kyu, Chai-min, Young-bin, Kook-young, Seok-hwa, Min-woo, Seung-dae, Jae-wan, Ji-hyun
O Sangju Sangmu não poderá contar com algumas unidades importantes e é uma equipa ainda em formação. O Gangwon deixou bons indicadores na primeira jornada e deverá ter capacidade suficiente para regressar a casa com pelo menos um ponto na bagagem.