As surpresas sucedem-se na Rússia. Esta quarta-feira, no primeiro jogo do dia, a seleção do Japão venceu a Colômbia por duas bolas a uma, vingando o copioso desaire de há quatro anos, no Brasil. Expulsão de Carlos Sánchez prejudicou (e de que maneira) a equipa “Cafetera”.

Foto: "VADIM GHIRDA/AP"

Foto: “VADIM GHIRDA/AP”

Quatro minutos de jogo em Saransk. Carlos Sánchez toca a bola dentro da área para evitar o golo japonês, recebe ordem de expulsão de Damir Skomina e todo o cenário traçado antes do início do desafio muda por completo. Chamado a bater, Shinji Kagawa dá vantagem à seleção asiática que precisava urgentemente de uma entrada em grande no campeonato do mundo, isto depois de uma fase de preparação conturbada sob as ordens de Akira Nishino, técnico que sucedeu a Halilhodzic de forma inesperada, a poucos meses da partida para a Rússia.

Condenada a lutar contra a desvantagem com apenas dez unidades, a Colômbia partiu para cima do adversário à procura de melhor sorte mesmo sabendo dos riscos que isso poderia comportar. Foi criando ocasiões, sobretudo na sequência de bolas paradas, e José Pekerman promoveu uma alteração à meia hora de jogo que viria a beneficiar a equipa: retirou Cuadrado do jogo e deu maior consistência à equipa ao lançar Wilmar Barrios, um médio que fez com que a equipa ficasse mais equilibrada. Perto do intervalo, os sul-americanos haveriam de chegar ao golo na sequência de uma bola parada. Juan Quintero, surpresa no onze “Cafetero” por surgir no lugar que à partida seria de James Rodríguez, beneficiou de uma má abordagem do guarda-redes Eji Kawashima para chegar ao golo da igualdade. O golo premiava a bravura de uma equipa colombiana que, mesmo com dez unidades, nunca abdicou de lutar.

Segunda parte bem distinta

Na segunda parte, a quebra colombiana foi evidente e a equipa foi incapaz de demonstrar a capacidade reativa do primeiro tempo. O Japão soube reajustar-se, fez alguns acertos em termos táticos, estabeleceu-se no meio-campo contrário com bola e mesmo com Pekerman a lançar James Rodríguez e Bacca, cedo se percebeu que não existia capacidade suficiente para lutar por mais que um empate, a menos que a equipa voltasse a ser feliz numa bola parada.

Sem grande qualidade no seu processo ofensivo, a equipa japonesa também ia ameaçando sobretudo na sequência de bolas paradas e pelo ar, beneficiando da capacidade de impulsão dos seus jogadores, sobretudo dos centrais. A vitória, a acontecer, só poderia cair para um dos lados e Osako encarregou-se de demonstra-lo. O avançado do Colónia cabeceou para o segundo golo da tarde a 20 minutos do apito final e conquistou um triunfo merecido diante de uma formação que soube neutralizar o adversário na perfeição, gerindo o rumo dos acontecimentos com bola e tirando o melhor proveito do facto de ter ficado em vantagem numérica desde cedo.

A vitória diante da Colômbia permitiu à equipa japonesa entrar na luta pelo acesso num dos grupos mais equilibrados deste Mundial 2018.

Boas Apostas!