Rússia – Nova Zelândia (Taça das Confederações)
Stanislav Cherchesov faz o seu primeiro jogo oficial como selecionador russo e muitos dizem que a sua continuidade vai depender da imagem que passar na Taça das Confederações. Depois de uma participação fraca no Euro 2016 e há tanto tempo a jogar só amigáveis, a Rússia é uma grande incógnita. Num grupo que inclui Portugal e México, os anfitriões estão obrigados a vencer a Nova Zelândia, para poderem gerir os embates seguintes.
A Rússia é o país organizador do Mundial do próximo ano e como tal tem sérias responsabilidades. Do ponto de vista simbólico muito foi investido na candidatura a este evento mas continua a haver receios fundados que o anfitrião possa sair sem brilho nem glória da competição. A verdade é que a um ano do arranque do Campeonato do Mundo a seleção russa é uma grande incógnita. A prestação no Euro 2016 foi muito fraca, tendo amealhado apenas um ponto – na jornada de abertura, frente à Inglaterra (1-1) – e saiu sem vitórias da fase de grupos (1E/ 2D). Os resultados ditaram a saída de Leonid Slutsky mas a sua substituição por Stanislav Cherchesov não trouxe maior entusiasmo. O novo selecionador continuou a apostar nos jogadores que alinham na Liga Russa, procurando criar um núcleo duro coeso e competente. O grande problema nestas coisas é que, com a qualificação automática garantida, o país organizador passa muito tempo sem competição real. Podemos destacar o facto dos russos terem conseguido empatar com belgas (3-3) e chilenos (1-1), só para citar os compromissos deste ano, que são seleções fortes. Mas o que valem exatamente esses confrontos quando o adversário está a testar opções? Os jogos-treino são fundamentais para o trabalho de sapa mas nada substitui a exigência do contexto competitivo, sobretudo quando uma equipa está em transformação.
Portugal e México completam o contingente do Grupo A. Para ter alguma hipótese de passar a fase inicial a Rússia está obrigada a vencer a Nova Zelândia. A partir daí – joga com as Quinas na quarta-feira e com a Tri no sábado seguinte – será sempre mais complicado pontuar.
Onze Provável: Akinfeev – Shishkin, Kudryashov, Vasin – Samedov, Glushakov, Golovin, Gazinskiy, Kombarov – Smolov, Poloz.
A Nova Zelândia participa pela quarta vez na Taça das Confederações mas nunca passou da fase de grupos. Aliás os All Whites, como são conhecidos, por oposição à seleção de rugby, nunca ve
nceram um jogo numa fase final de uma prova da FIFA. Desde que a Austrália foi, administrativamente, integrada na zona asiática, os neozelandeses têm-se vindo a afirmar como formação dominante na Oceania. E é por terem vencido a Papua-Nova Guiné na final da Taça OFC de 2016, nas grandes penalidades (0-0, 2-4 g.p.), que a seleção comandada por Anthony Hudson está na Rússia. Infelizmente, o selecionador não pode contar com o elemento mais cotado. Winston Reid, o defesa que defende as cores do West Ham, está lesionado. Neste plantel não há estrelas maiores mas o maior problema da Nova Zelândia é mesmo a falta de competição ao mais alto nível. Apesar de dominante na zona de qualificação da Oceania, esta formação não tem garantido o regresso à Rússia em 2018, para o Mundial. Terá ainda que disputar o play-off com o quinto classificado da CONMEBOL, que neste momento é a Argentina. Mesmo que a Albiceleste consiga subir na tabela sul-americana, as alternativas não são melhores.
Na preparação específica para a Taça das Confederações a Nova Zelândia perdeu com a Irlanda do Norte e Bielorrússia, nos dois casos por 1-0.
Onze Provável: Marinovic – Boxall, Durante, Smith – Colvey, Thomas, Lewis, Doyle – Wood, McGlinchey, Rojas.
Este será o primeiro confronto entre as seleções de futebol da Rússia e Nova Zelândia. Os da casa estão obrigados a vencer e impressionar o seu público. A única vantagem dos visitantes é mesmo o facto de não terem quaisquer expetativas.
