Wenger tinha avisado para o perigo e Diego Costa confirmou a premonição do técnico do Arsenal. O outro jogo foi bastante mais emocionante. O RB Leipzig entusiasmou as bancadas ao igualar a eliminatória. Mas no prolongamento, quando o coletivo austríaco já estava muito desgastado, a qualidade individual do Marseille acabou fazendo a diferença. Rolando marcou em jeito, na sequência de um canto executado pelo inevitável Payet.

Atlético vintage afasta esperançoso Arsenal

Acabou o sonho de Arsène Wenger sair em glória do Arsenal.

Acabou o sonho de Arsène Wenger sair em glória do Arsenal.

O golo conseguido no Emirates dava um enorme conforto ao Atlético de Madrid para a segunda mão. O Arsenal precisava de marcar para se apurar para a final e isso é o mais duro de fazer à equipa de Diego Simeone, sobretudo em casa. Já se sabia que os Colchoneros não ficariam desconfortáveis em fazer noventa minutos de contenção, estão desenhados para isso. Os Gunners dominaram a posse de bola, em particular nos primeiros quarenta e cinco minutos, mas não conseguiram converter essa iniciativa e posicionamento avançado em situações de perigo real, muito menos em golos. No final da primeira parte o Atlético já não estava tão encostado a Oblak. O guarda-redes lança uma bola longa, que é refletida mas não retida pelos Gunners, e aí entra o Atlético de Madrid versão vintage: oportunista, rápido a reagir às posições adversárias, clínico. O passe a rasgar de Antoine Griezmann, a isolar Diego Costa na frente, foi meio golo. O outro meio foi mérito do espano-brasileiro, que soube picar a bola no momento certo para bater Ospina. Arsène Wenger tinha avisado para o carácter letal de Costa e o avançado não o quis desiludir. A verdade é que houve outras alturas em que ele foi deixado com demasiado espaço perto da baliza dos Gunners.

Além da desilusão e do fim do sonho de Wenger se despedir em alta, o Arsenal ainda sofreu um outro rude golpe. Laurent Koscielny caiu sozinho aos onze minutos, a imagem mostra o tornozelo a torcer numa posição contranatura. As primeiras informações sugerem rutura do tendão de Aquiles, um problema que o defesa ia gerindo há muito tempo. E isso implica falhar o Mundial.

Salzburgo obrigou Marseille a dar no duro

O Marseille teve a eliminatória em risco mas conseguiu que a qualidade individual fizesse a diferença.

O Marseille teve a eliminatória em risco mas conseguiu que a qualidade individual fizesse a diferença.

O RB Salzburgo justificou bem o porquê de estar na semifinal da Liga Europa. Sem nones sonantes mas com uma mentalidade coletiva muito forte, a equipa austríaca obrigou o Marseille a mais de noventa minutos de elevada intensidade. Os franceses estavam, talvez, demasiado fiados nos dois golos de vantagem da primeira mão. Mas rapidamente perceberam que podiam ser surpreendidos se mantivessem essa abordagem conservadora. No início do segundo tempo, Amadou Haidara abrir o marcador e as bancadas pegaram fogo. O Salzburgo acreditou, investiu e aos sessenta e três nivela a eliminatória. O remate de meia distância do brasileiro André Ramalho sofreu um ligeiro desvio de Bouna Sarr e a bola só parou nas redes de Pelé. Com o kosovar Valon Berisha a comandar as tropas, o RB Leipzig assustou o conjunto francês. Mas o resultado manteve-se e a decisão só aconteceu no prolongamento. Aí, quando os austríacos começaram a acusar a intensidade com que jogaram, a qualidade individual dos jogadores do Marseille acabou por vir ao de cima. Rolando saltou do banco aos cento e um minutos, por troca com Morgan Sanson. Acaba por salvar o apuramento ao finalizar um canto marcado por Dimitri Payet, mais em jeito que em força.

Agora o Marseille fará a curta viagem até Lyon para defrontar o Atlético de Madrid na final da Liga Europa a dezasseis de maio.

Boas Apostas!