Roger Federer – Tomas Berdych (ATP World Tour Finals)
Tomas Berdych marca presença nas World Tour Finals pelo sexto ano consecutivo. Mas para ir além da fase de grupos terá que roubar o lugar a um dos favoritos – Djokovic ou Federer – e o registo que tem frente a eles não dá grande confiança. O checo não tem nada a perder mas para o conseguir terá que jogar a um nível irrepreensível. Para Roger Federer será a décima terceira participação seguida, metade das anteriores redundaram em título.
O torneio que encerra a temporada ATP arranca no domingo com as partidas do grupo Stan Smith. Em Londres estão os oito tenistas mais cotados no circuito mundial nos últimos doze meses portanto o nível de dificuldade será sempre extremo. Os caprichos do sorteio emparelharam no mesmo lado Roger Federer e Novak Djokovic, dois galos para os dois poleiros que dão passagem às semifinais, deixando Tomas Berdych e Kei Nishikori na posição de tentar uma surpresa. Os dois favoritos somam entre si dez títulos na Final dos Masters. Federer venceu o seu sexto título em 2011 e apesar de ter chegado duas vezes à final nos anos seguintes não voltou a levantar o troféu. No ano passado o suíço nem chegou a disputar o jogo do título, com Djokovic, retirando-se com uma lesão nas costas.
Experiência e vontade de continuar a fazer história não faltam a Roger Federer, que teve um ano a excelente nível. Andou taco a taco com Andy Murray na luta pelo segundo lugar do ranking e acabou ultrapassado pelo britânico no Masters 1000 de Paris. Em teoria, o grupo Stan Smith está dividido a meio: se tudo correr de acordo com as expetativas os jogadores mais cotados – Djokovic e Federer – são os que passam à fase seguinte. Mas os reveses acontecem até aos melhores e é nisso que Berdych e Nishikori têm que apostar.
O checo está em melhores condições que o japonês, neste momento, para surpreender. No sentido em que chega a esta fase da temporada saudável e com um boa série de resultados. Tomas Berdych reclamou duas coroas no mês passado, batendo em Shenghai Guillermo Garcia-López (6-3, 7-6) e em Estocolmo derrotou Jack Sock (7-6, 6-2). Aliás, a época do checo foi uma espécie de curva invertida. Começou em força e até ao segundo Major do ano qualificou-se sempre para os quartos de final ou acima dos torneios que disputou. No verão sofreu uma quebra, provavelmente acusando as três finais perdidas até essa altura – em Doha perdeu para Ferrer (6-4, 7-5), em Roterdão para Wawrinka (4-6, 6-3, 6-4) e em Monte Carlo para Djokovic (7-5, 4-6, 6-3) – e só voltou a recuperar em setembro.
O problema de Berdych, nestas Finais, é o registo contra os dois favoritos – só venceu oito dos trinta e quatro duelos que teve com ambos. Especificamente com Roger Federer os números são catorze vitórias para o suíço e seis para o checo, sendo que o número três mundial venceu confortavelmente as duas partidas que disputaram este ano.
2015 | Roma | Federer | 2 | 6 | 6 | QF | ||||
Berdych | 0 | 3 | 3 | |||||||
2015 | Indian Wells | Federer | 2 | 6 | 6 | QF | ||||
Berdych | 0 | 4 | 0 | |||||||
2014 | Int. Premier Tennis League | Federer | 1 | 6 | ||||||
Berdych | 0 | 4 | ||||||||
2014 | Dubai | Federer | 2 | 3 | 6 | 6 | F | |||
Berdych | 1 | 6 | 4 | 3 | ||||||
2013 | Dubai | Berdych | 2 | 3 | 7 | 6 | SF | |||
Federer | 1 | 6 | 6 | 4 |
Apesar desta ser a sexta presença consecutiva neste evento que encerra a temporada só por uma vez conseguiu ir além da fase de grupos – em 2011 – e para o fazer desta feita terá que tirar o tapete a um dos dois já mencionados. O que não é uma probabilidade forte.