Roger Federer – Ernests Gulbis (Halle Open)
Este vai ser uma das partidas a não perder da segunda ronda do Gerry Weber Open, em Halle. Federer, atual campeão do torneio, viu-se e desejou-se para ultrapassar Philipp Kohlschreiber no encontro de estreia. Gulbis está a ter uma temporada para esquecer mas é um dos homens do circuito que melhor registo tem frente ao suíço. E aqui joga sem qualquer pressão.
Roger Federer disse, no final do seu primeiro jogo em Halle, que seria muito triste ser afastado numa fase tão precoce da competição. Seria, mas esteve por um triz. Se há coisa que todos sabemos sobre Philipp Kohlschreiber é que o alemão é como um bulldog: quando fecha as mandíbulas é o cabo dos trabalhos para largar a presa. Há nove edições do Open de Halle que o número dois do mundo não falha uma final e venceu sete delas. O torneio alemão já se tornou uma passagem simbólica no caminho do suíço para Wimbledon, por isso o susto foi tão grande.
Federer reconheceu que o primeiro encontro em relva é sempre complicado e que não tinha gostado do facto do sorteio lhe ter atribuído um adversário tão complicado. É comum o suíço treinar com Kohlschreiber e portanto os dois tenistas conhecem muito bem o jogo um do outro. Roger tem noção de que este perto de ser eliminado e admitiu que se o alemão tivesse vencido não seria despropositado. Federer alternou jogadas de recorte técnico e nota artística impressionantes – vão ver na net, há uma bola devolvida quando está deitado no chão ou outra com uma pancada por trás das costas – com verdadeiros disparates em momentos decisivos. Ao contrário da sua fleuma habitual, viu-se o suíço nervoso, até irritadiço, em court, esta segunda-feira. Foi um erro não forçado que lhe custou o segundo parcial. Federer desperdiçou dois match points no terceiro set, quando estava a ganhar por 5-4, e escapou por uma unha negra no tie break, quando o marcador assinalava 5-3 e era o alemão a servir.
Ernests Gulbis leva um registo de quatro vitórias e treze derrotas em 2015, o que explica o lugar oitenta e seis do ranking mundial. Está a ser uma temporada para esquecer, definitivamente, com ruturas e reconciliação com a equipa técnica que o acompanhava. O problema do letão, que é um dos mais talentosos da sua geração, sempre esteve na cabeça. E é aqui que ele se pode tornar um risco para Federer.
Gulbis conseguiu bater, de forma algo estrondosa, o número dois do mundo no ano passado em Roland Garros, afastando-o assim cedo do Major de Paris. Ele consegue ser muito irritante e utiliza todas aquelas táticas para travar o ritmo das partidas e distrair os opositores. Pode-se dizer que ele mexe com Federer, e não é num bom sentido. Ninguém espera que ele faça grande coisa em Halle, devido à época dececionante, e portanto el vai entrar em court sem ter nada a perder.
Poucos tenistas se podem gabar de ter um histórico equilibrado com Federer, e o letão tem-no: foram duas as vitórias para cada lado. Nunca uma partida entre ambos se resolveu em sets diretos. Mais uma curiosidade: nos últimos três confrontos, todos em terra batida, o jogador que perdeu o primeiro set venceu o encontro.
2014 | Roland Garros | Gulbis | 3 | 6 | 7 | 6 | 4 | 6 | R16 | |
Federer | 2 | 7 | 6 | 2 | 6 | 3 | ||||
2010 | Masters de Madrid | Federer | 2 | 3 | 6 | 6 | QF | |||
Gulbis | 1 | 6 | 1 | 4 | ||||||
2010 | Roma | Gulbis | 2 | 2 | 6 | 7 | 2R | |||
Federer | 1 | 6 | 1 | 5 | ||||||
2010 | Doha | Federer | 2 | 6 | 4 | 6 | QF | |||
Gulbis | 1 | 2 | 6 | 4 |
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