O “Mineiraço” é um episódio muito presente na memória de brasileiros e alemães. A final do Torneio Olímpico de Futebol volta a colocar “Canarinha” e “Mannschaft” em confronto num contexto decisivo, situação que nos transporta de imediato para a meia-final do Mundial 2014. O Brasil segue na luta por uma medalha de Ouro inédita na sua história e encara possibilidade de vingar o histórico 1-7 como um estímulo adicional para esta partida. Honduras e Nigéria defrontar-se-ão na luta pela medalha de bronze.
Ousadia e alegria. A seleção brasileira cumpriu o primeiro objetivo com distinção, ao qualificar-se para a final do Torneio Olímpico de Futebol. Em busca da primeira medalha de ouro da sua história, a “Carinha” não vacilou e aplicou uma goleada contundente à congénere das Honduras por seis bolas a zero. O resultado começou a construir-se logo aos 14 segundos, quando Neymar apontou o golo mais rápido da história da prova, beneficiando de um erro da defesa hondurenha. O tento madrugador desestabilizou a equipa hondurenha que, obrigada a expor-se mais para igualar a contenda, sofreu as consequências. A dificuldade no controlo da profundidade permitiu que Gabriel Jesus aumentasse o “placard” ao marcar por duas vezes ainda antes do intervalo. Sem capacidade para reagir, a equipa comandada por Jorge Luis Pinto voltou a vacilar em momento defensivo e sofreu mais três golos, com Marquinhos, Luan e Neymar (pela segunda vez, de penalty) a darem ainda maior expressão ao marcador, reflexo ideal de uma partida em que o domínio brasileiro não mereceu contestação.
Depois do “Mineiraço”, os alemães querem ser protagonistas de uma segunda edição do afamado “Maracanaço”, termo aplicado à vitória uruguaia diante do Brasil na final do Mundial de 1950. Na meia-final, a seleção germânica impôs-se diante da Nigéria por duas bolas a zero e garantiu a possibilidade de lutar pela medalha de ouro. À imagem do que já tinha acontecido no jogo com a seleção portuguesa, a Alemanha evidenciou uma maturidade competitiva acima da média para uma equipa que se apresenta em contexto olímpico. A jogada do primeiro golo, concluída por Lukas Klostermann aos oito minutos, é a pintura perfeita de uma equipa cada vez mais entrosada no último terço, capaz de potenciar as suas qualidades individuais ao máximo. Já ao cair do pano, foi o avançado Nils Petersen que encerrou o marcador, igualando o compatriota Sèrge Gnabry no topo da lista de melhores marcadores com seis tentos apontados até à data.
Boas apostas!