Real Madrid – Olympiacos (Euroleague)
Inicia-se hoje o playoff da Euroleague e o Real Madrid, que com alguma surpresa se deixou ficar em segundo lugar no seu grupo do TOP 16, encontra o Olympiacos, reeditando assim a final da Euroleague da temporada passada. Na verdade, a derrota do conjunto merengue frente ao Zalgiris Kaunas, na passada semana, manchou de tal maneira a temporada do Real que, neste momento, se levantam algumas dúvidas sobre como poderá o campeão espanhol “livrar-se” de Vassilis Spanoulis, o homem milagreiro do basquetebol europeu.
A certo momento da temporada, o Real Madrid pareceu uma equipa invencível. Aliás, na Liga Espanhola, os Merengues continuam a sua caminhada sem derrotas, enquanto na Euroleague, apenas no TOP 16 sofreram derrotas, três, para ser mais exato. A pior delas todas a de Kaunas, frente à mais frágil equipa do seu grupo, a valer-lhe o castigo de ter que defrontar o atual campeão europeu e com a perspetiva de ver pela frente o Barcelona, caso ambos tenham sucesso neste playoff. No entanto, podemos olhar para esta equipa como um conjunto que só permitiu três derrotas e, claro, tem mais forças do que fraquezas. A grande diferença, em comparação com a equipa que perdeu a final do ano passado frente ao Olympiacos, está no seu jogo interior, onde um dos jogadores que conquistou o título, Ioannis Bouroussis, se mudou para o “inimigo”. Ele e o tunisino Saleh Mejri compõem agora uma forte rotação no jogo interior dos espanhóis, que mantém em Sérgio Rodriguez, Sérgio Llul e Rudy Fernandez, uma tripla ameaça no jogo exterior. Nikola Mirotic, finalmente, é uma peça essencial no esquema de Pablo Laso, por oferecer mobilidade e uma capacidade de aparecer em todos os momentos do jogo, podendo tornar-se ainda mais efetivo em situações onde representa um desequilíbrio defensivo para o seu adversário, o que poderá verificar-se nesta partida.
Se olharmos para a comparação estatística entre Olympiacos e Real Madrid descobrimos que os gregos estão piores do que os espanhóis em todos os tópicos analisados. Mesmo que por curta distância, isso acontece. No entanto, o Olympiacos também se manteve invencível durante a primeira fase da competição, apresentando uma performance de oito vitórias e seis derrotas, não sendo de somenos importância o facto de o seu grupo ser bastante mais equilibrado do que o do adversário. A força principal dos gregos está em Vassilis Spanoulis que tem a capacidade de decidir qualquer partida a seu favor. É ele o melhor marcador e o jogador a somar mais assistências na equipa, no fundo, o coração de tudo o que mexe no conjunto grego. Outros dois elementos poderão fazer a diferença neste conjunto, Bryant Dunston, um dos melhores ressaltadores da prova, e Matt Lojeski, que terá uma missão fundamental no Olympiacos – controlar os problemas defensivos enquanto entra na conjugação ofensiva como um dos jogadores que melhor secunda o trabalho de Spanoulis. Finalmente, conte-se com a raça grega de Stratos Perperoglou e Georgios Printezis para “chocar” com a raça espanhola do Real Madrid, naquele que é, potencialmente, o mais equilibrado encontro do playoff da Euroleague.
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