Rafael Nadal – Grigor Dimitrov (ATP Masters Madrid)
Rafa bem pode tentar baixar as expetativas, dizendo que, desta vez, não é favorito a nada. Mas a verdade é que o espanhol não perde em Madrid há três anos. Grigor Dimitrov, depois de ultrapassar obstáculos complicados como Fognini e Wawrinka, terá a oportunidade de desafiar o rei da terra batida, a quem nunca venceu. Será desta o checkmate?
De mansinho, Rafael Nadal vai conquistando etapas no Mutua Madrid Open. Com o apoio em massa do público, que tem enchido a Caixa Mágica para ver o maiorquino jogar, Rafa vai dando pequenos passos na recuperação das sensações de que tanto fala. O caminho para a eventual conquista do quinto título no Masters de Madrid ainda é longo mas o agora número quatro mundial segue no trilho. A última vítima foi Simone Bolelli (6-2, 6-2). O italiano, sexagésimo terceiro do Ranking ATP, até podia ter aproveitado algum desconforto inicial de Nadal para lhe quebrar o serviço no arranque do primeiro set mas pancadas pouco precisas desperdiçaram a oportunidade. E à medida que o encontro avançava, Rafa foi-se soltando, começando a abrir o livro que fez dele um jogador ímpar na terra batida. Com Cristiano Ronaldo na assistência, o maiorquino marcou presença nos quartos de final do torneio, onde irá defrontar o búlgaro Grigor Dimitrov. Rafa há de estar aliviado de não ter que se cruzar com Fabio Fognini, que nos últimos tempos tem sido uma verdadeira assombração para o espanhol.
Nadal defende o título conquistado na temporada passada, frente a Kei Nishikori (2-6, 6-4, 3-0). Foi a quarta vez em que se sagrou campeão do Madrid Open, que também já tinha vencido em 2005, 2010 e 2013. Talvez o troféu do ano transato lhe tivesse escapado se o japonês não estivesse com evidentes limitações físicas, que acabaram por o obrigar a abandonar. Mas, na prática, com os triunfos sobre Steve Johnson (6-4, 6-3) e Bolelli Rafa leva três anos de partidas em Madrid sem ser derrotado. A última vez que aconteceu o piso era azul e Fernando Verdasco seguiu para os quartos de final, deixando-o pelo caminho.
Grigor Dimitrov atingiu, pela primeira vez, os quartos de final no Master de Madrid. Nas duas edições anteriores tinha caído na ronda anterior. Isso já ninguém lhe tira, aconteça o que acontecer. O outro objetivo, à partida, também parece estar a concretizar-se. O búlgaro queria aproveitar a terra batida para dar novo impulso à temporada que estava a correr um pouco aquém das expetativas. Vencer Fabio Fognini (3-6, 6-2, 7-5), um tenista duro de bater nesta superfície, e Stanislas Wawrinka (7-6, 3-6, 6-3), um jogador do top-10, parece dar boas indicações quanto à recuperação de Dimitrov.
Agora o jovem de vinte e três anos vai ter a oportunidade de desafiar o Rei, aquele que muitos consideram o melhor jogador da história da modalidade em terra batida. Como disse Grigor, ao antecipar o próximo encontro, é por estas oportunidades que todos os tenistas anseiam, aí não falta foco e motivação. Há muito mais do que uma semifinal de um Masters 1000 em causa.
Nadal vence todos os cinco confrontos entre ambos.
2014 | Roma | Nadal | 2 | 6 | 6 | SF | ||||
Dimitrov | 0 | 2 | 2 | |||||||
2014 | Open da Austrália | Nadal | 3 | 3 | 7 | 7 | 6 | QF | ||
Dimitrov | 1 | 6 | 6 | 6 | 2 | |||||
2013 | Masters de Cincinnati | Nadal | 2 | 6 | 5 | 6 | R16 | |||
Dimitrov | 1 | 2 | 7 | 2 | ||||||
2013 | Monte Carlo | Nadal | 2 | 6 | 2 | 6 | QF | |||
Dimitrov | 1 | 2 | 6 | 4 | ||||||
2009 | Roterdão | Nadal | 2 | 7 | 3 | 6 | R16 | |||
Dimitrov | 1 | 5 | 6 | 2 |
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