Na Argentina, a contas do título ficaram encerradas na penúltima jornada do campeonato. Cinco anos depois, o Racing Avellenda voltou a celebrar a conquista do título mais importante do calendário nacional. O ex-Porto Lisandro López, melhor marcador da competição, deu um contributo significativo para o sucesso da equipa.

Foto: "EFE"

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O Racing de Eduardo Coudet chegou à 24ª e penúltima ronda do campeonato argentino a depender apenas e só de si mesmo para carimbar a conquista do título de campeão, tendo em conta a vantagem de quatro pontos em relação ao surpreendente Defensa y Justicia, principal perseguidor na luta pelo título. Apesar de não ter conseguido mais que um empate a uma bola no terreno do Tigre, nos arredores de Buenos Aires, a formação que veste de azul e branco conseguiu confirmar a conquista em virtude do empate do Defensa na receção ao Unión.

Emoção a acabar

Os dois embates (Tigre – Racing e Defensa – Unión) arrancaram exatamente à mesma hora e o Racing Club tomou a iniciativa de abrir as hostilidades. Aos 57 minutos da partida, Augusto Solari colocou o Racing em vantagem e reforçou a convicção de que o título se celebraria já na noite de domingo. O golo do empate do Tigres, marcado por Lucas Rodriguez já na ponta final do período de compensação, não impediu que o Racing soltasse os foguetes, dado que por volta da mesma altura, no terreno do Defensa, o Unión acabava de se adiantar no marcado mesmo ao cair do pano, graças a um golo da autoria de Augusto Lotti. Matías Rojas, também na compensação, estabeleceria o empate final a uma bola que no entanto não impediria que o sonho do humilde Defensa y Justicia chegasse ao fim quando ainda faltam disputar mais três pontos neste campeonato argentino 2018/19.

Vitória da consistência

24 jogos, 56 pontos, 17 vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas, ambas fora de casa. À entrada para a última ronda, melhor ataque da competição com 42 golos marcados e defesa menos batida com 15 tentos sofridos. Os números são taxativos em relação à (boa) performance do Racing, emblema que voltou a celebrar a conquista de um campeonato volvidos cinco anos, o 18º da sua história – 15 deles foram conquistados entre 1913 e 1966. No “Cilindro” de Avellaneda, em 12 jogos para o campeonato, só Boca Juniors (2-2) e Banfield (0-0) foram capazes de pontuar. Para se ter uma ideia da consistência defensiva apresentada pelos pupilos de Coudet, sublinhe-se que sofreram apenas quatro golos e distribuídos por somente três jogos em 12 desafios caseiros para o campeonato.

O encontro da consagração, em casa, está agendado para o próximo dia 7 de abril, curiosamente frente ao Defensa y Justicia que tem apenas dois pontos de avanço em relação ao Boca Juniors e espera conseguir defender o segundo lugar na derradeira jornada.

Lisandro no topo dos melhores marcadores

Aos 36 anos, Lisandro López continua a ser de feliz de azul e branco, neste caso, ao serviço do Racing Club. O ex-avançado do FC Porto teve um papel determinante na conquista do título ao apontar 17 dos 42 golos do Racing no campeonato, registo que permite liderar a lista de melhores marcadores da competição com cinco tentos de avanço em relação ao segundo colocado. Se para o Racing foi o 18º título de campeão argentino, o caso de “Licha” López, formado na cantera de “La Academia”, foi bem diferente – sagrou-se campeão argentino pela primeira vez na carreira.

Boas apostas!