E começou, para a Selecção de Portugal, a caminhada de apuramento para o Campeonato da Europa de 2016, em França.

E começou da pior maneira. Daquela maneira que ninguém teria imaginado. Com uma derrota, em casa, por 1 a 0, frente a uma das mais fracas selecções da Europa. A Selecção da Albânia é a 70ª selecção do Mundo e a 35ª da Europa, segundo o ranking FIFA / Coca-Cola.

E antes de qualquer análise que se possa fazer ao jogo, à equipa e jogadores, ao treinador e à Federação Portuguesa de Futebol, é preciso dizer que, depois da entrada de Ivan Cavaleiro, ao intervalo, para o lugar de Vieirinha, a primeira das três substituições, dos 12 jogadores que ficaram no banco de suplentes, o jogador de cariz mais avançado era Miguel Veloso. Acho que, não explicando tudo, explica muita coisa, não?

Depois do Mundial do nosso descontentamento, onde tudo o que poderia correr mal, efectivamente correu, e depois da profunda análise ao desempenho da Selecção no Brasil pela Federação Portuguesa de Futebol, presidida por Fernando Gomes, onde se concluiu que houve falta de competência, embora a culpa tenha tombado, unicamente, sobre o corpo médico da Selecção, tendo, o seleccionador Paulo Bento, visto os seus poderes aumentarem significativamente, o mesmo seleccionador prometeu uma renovação da Selecção já neste início de campanha de apuramento para o Europeu de 2016.

Uma Equipa Renovada?

O facto é que nem a equipa se renovou, nem os miseráveis resultados se alteraram (a não ser, e bem vistas as coisas, para pior). Atente-se no onze inicial da equipa que recebeu, ontem, a Selecção da Albânia: Rui Patrício, João Pereira, Pepe, Ricardo Costa, Fábio Coentrão, William Carvalho, André Gomes, João Moutinho, Nani, Éder, Vieirinha. Com a excepção de André Gomes, a única surpresa do onze inicial, todos os outros jogadores estiveram na fase final do Mundial de 2014, no Brasil. E no banco ainda estavam Eduardo, Luís Neto, André Almeida, Raul Meireles e Miguel Veloso (este, utilizado na segunda parte). Como novidades, Rúben Vezo, Adrien Silva, Tiba e Ricardo Horta. Para além de Anthony Lopes, Antunes e Ivan Cavaleiro, que já tinham sido chamados à Selecção. Então, onde está a renovação? É que convém dizer que, os outros elementos habituais desta selecção de Paulo Bento, como Beto, Bruno Alves, Cristiano Ronaldo, Hélder Postiga e Hugo Almeida, estão lesionados, ou sem jogar há algum tempo. Portanto a renovação não foi por necessidade de inverter o estado das coisas, de reformular a equipa, mas tão só por indisponibilidade dos habituais titulares. De todas as formas, quem foram os titulares?

E então? O que fazer, agora que, pelos vistos, a maldição brasileira tende a entrar Europa adentro? Segundo Paulo Bento, e alguns jogadores, nada. Como? Nada. Pois para Paulo Bento, “nos primeiros 20 minutos estivemos bem”, e continuou, “durante os 90 minutos o jogo só teve um sentido e foi na eficácia que se resolveu. Uma equipa que marcou no único remate que fez e outra que teve situações de golo suficientes não só para empatar mas para vencer.” E disse ainda mais: “Falta de mentalidade ou de atitude dos jogadores não houve.” Pois, dizemos nós. Para Paulo Bento tudo se resumiu a falta de sorte na concretização. A verdade é que em 12 jogos que leva na Selecção Nacional, Éder não marcou nenhum golo. É verdade que um dos grandes problemas da Selecção Portuguesa sempre foram os pontas-de-lança. Que tal o Paulo Bento criar uma forma de jogo que secundarize o ponta-de-lança? Há outros avançados para marcar golos. Até os defesas podem marcar os golos que são precisos. Mas é necessário é que Paulo Bento tenha a capacidade de vergar a espinha e mudar tácticas e estratégias, coisas às quais é adverso.

Mas também o trinco William Carvalho teceu algumas considerações sobre o encontro de ontem. E disse: “Falta de qualidade não é. Este são os mesmos jogadores com que fomos ao Mundial.” Pois, William, mas tal não é verdade. A Selecção Portuguesa só foi ao Mundial porque, no play-off, no jogo da Suécia, houve um jogador, de nome Cristiano Ronaldo, que se superou e, quase sozinho, conseguiu levar esta selecção a um Mundial onde não merecia ter estado. E ontem, esse jogador não jogou. E a Selecção Portuguesa mostrou a sua verdadeira face na ausência do seu capitão, de uma mediocridade atroz.

Mas Paulo Bento tem mais responsabilidades, e outra delas é nunca querer discutir a selecção e as suas opções, como se fossem sagradas. Mas quando as suas opções dão para o descalabro, ao Paulo Bento só dá para ser encrespado, como ontem. Insurgindo-se contra toda a gente, como se lhe estivessem a fazer a cama. E se é verdade, se lhe estavam a fazer a cama, a responsabilidade é dele próprio, que se pôs a jeito. Só pode ser arrogante quem pode: José Mourinho, Luís Felipe Scolari quando por cá passou. Porque esses ganham. Paulo Bento ainda tem muito por provar. Até hoje, ainda não ganhou nada. Só no Europeu de 2012, na Polónia-Ucrânia, onde, com uma equipa muito semelhante a esta, conseguiu atingir as meias -finais. É pouco para uma selecção que é a 11ª do Mundo, e que já chegou a atingir o 4º lugar, não há muito tempo.

Portanto, quando se pensava que a Selecção Portuguesa tinha atingido o fundo no Mundial do Brasil, descobre-se que, afinal, tal como na vida, não há fundo que valha. Quando se começa a cair, a única pergunta que se pode fazer é quando é que se parará de cair. Porque o fundo, há sempre mais para além do que julgamos ser o limite.

Incompetência, Falta de Atitude e Displicência

Incompetência, falta de atitude e displicência. É o que caracteriza esta selecção e define o estado a que ela chegou. É um conjunto boçal de jogadores banais que não se conseguem superar quando há necessidade disso (como o faz, amiúde, Cristiano Ronaldo), dirigidos por um treinador pobre e fraco que não consegue ter mão na equipa que gere (Paulo Bento chamou para este jogo, 3 jogadores que o ano passado estavam no Vitória de Setúbal. Um deles está agora no Valencia, outro está no Málaga e e o terceiro está no Sporting Braga. Passaram a ser geniais 2 meses depois de terem saído de Setúbal ou é Paulo Bento que não se atreve a chamar jogadores que não estejam em clubes seleccionáveis?).

Uma equipa que rematou tanto, como a Selecção Portuguesa rematou, e não consegue fazer um golo, só se pode falar de incompetência. A sorte não é para aqui chamada, que ela não se apura nos treinos. Que os jogadores se arrastem pelo campo, a ver o tempo passar, e o resultado a ser-lhes negativo, só têm que tentar ultrapassar-se e tomar uma atitude. Podem não conseguir inverter o resultado, mas têm de mostrar que tentaram. Têm de tentar. mas este grupo demonstrou que não tem atitude de campeã. Não se insurge contra a derrota. Não luta contra os resultados negativos. É amorfa. E é displicente porque, a perder, confiou que, mais tarde ou mais cedo o golo haveria de chegar. mas não pensou que é preciso lutar para isso. Arregaçar as mangas. Correr. Tentar.

Operação Dinamarca

Em Outubro, a Selecção volta a jogar, desta vez na Dinamarca, contra a Selecção local. Sabe-se que não vai ser um jogo fácil, até pelo histórico das duas selecções. Até ao Euro ’96, a Selecção Portuguesa nunca tinha perdido um ponto contra os dinamarqueses, mas a partir daqui, e ao todo (ou seja, com jogos na Dinamarca ou em Portugal), a Selecção Portuguesa ganhou 3 jogos, perdeu outros 3 e empatou 2. O equilíbrio é a nota dominante. Mas Portugal já não é o mesmo que era na passagem de século. De qualquer forma, Paulo Bento tem até 14 de Outubro para tentar inverter as coisas. Para mudar os jogadores, ou não, para lhes injectar confiança, fazer-lhe ganhar atitude e, muito importante, fazer ter vontade, aos jogadores, de ir a França, em 2016. E pensar que a Selecção representa-nos a todos nós e não é uma coutada do seleccionador e dos seus amigos.

São apuradas, directamente, as 2 primeiras selecções de cada grupo, e o melhor 3º de todos os grupos. Todos os outros terceiros classificados de todos os grupos irão realizar um play-off, onde a metade vencedora irá, também, à fase final do Europeu de 2016. Do Grupo I, do qual faz parte a Selecção Portuguesa, também fazem parte as selecções da Dinamarca, da Sérvia, da Arménia e da Albânia. É impossível a Selecção de Portugal falhar o apuramento. Repete-se: é impossível a Selecção de Portugal falhar o apuramento. Agora, que Paulo Bento, comece a fazer o que lhe compete: pôr esta Selecção a marcar golos e a ganhar jogos.

E começou, para a Selecção de Portugal, a caminhada de apuramento para o Campeonato da Europa de 2016, em França.

E começou da pior maneira. Daquela maneira que ninguém teria imaginado. Com uma derrota, em casa, por 1 a 0, frente a uma das mais fracas selecções da Europa. A Selecção da Albânia é a 70ª selecção do Mundo e a 35ª da Europa, segundo o ranking FIFA / Coca-Cola.

E antes de qualquer análise que se possa fazer ao jogo, à equipa e jogadores, ao treinador e à Federação Portuguesa de Futebol, é preciso dizer que, depois da entrada de Ivan Cavaleiro, ao intervalo, para o lugar de Vieirinha, a primeira das três substituições, dos 12 jogadores que ficaram no banco de suplentes, o jogador de cariz mais avançado era Miguel Veloso. Acho que, não explicando tudo, explica muita coisa, não?

Depois do Mundial do nosso descontentamento, onde tudo o que poderia correr mal, efectivamente correu, e depois da profunda análise ao desempenho da Selecção no Brasil pela Federação Portuguesa de Futebol, presidida por Fernando Gomes, onde se concluiu que houve falta de competência, embora a culpa tenha tombado, unicamente, sobre o corpo médico da Selecção, tendo, o seleccionador Paulo Bento, visto os seus poderes aumentarem significativamente, o mesmo seleccionador prometeu uma renovação da Selecção já neste início de campanha de apuramento para o Europeu de 2016.

Uma Equipa Renovada?

O facto é que nem a equipa se renovou, nem os miseráveis resultados se alteraram (a não ser, e bem vistas as coisas, para pior). Atente-se no onze inicial da equipa que recebeu, ontem, a Selecção da Albânia: Rui Patrício, João Pereira, Pepe, Ricardo Costa, Fábio Coentrão, William Carvalho, André Gomes, João Moutinho, Nani, Éder, Vieirinha. Com a excepção de André Gomes, a única surpresa do onze inicial, todos os outros jogadores estiveram na fase final do Mundial de 2014, no Brasil. E no banco ainda estavam Eduardo, Luís Neto, André Almeida, Raul Meireles e Miguel Veloso (este, utilizado na segunda parte). Como novidades, Rúben Vezo, Adrien Silva, Tiba e Ricardo Horta. Para além de Anthony Lopes, Antunes e Ivan Cavaleiro, que já tinham sido chamados à Selecção. Então, onde está a renovação? É que convém dizer que, os outros elementos habituais desta selecção de Paulo Bento, como Beto, Bruno Alves, Cristiano Ronaldo, Hélder Postiga e Hugo Almeida, estão lesionados, ou sem jogar há algum tempo. Portanto a renovação não foi por necessidade de inverter o estado das coisas, de reformular a equipa, mas tão só por indisponibilidade dos habituais titulares. De todas as formas, quem foram os titulares?

E então? O que fazer, agora que, pelos vistos, a maldição brasileira tende a entrar Europa adentro? Segundo Paulo Bento, e alguns jogadores, nada. Como? Nada. Pois para Paulo Bento, “nos primeiros 20 minutos estivemos bem”, e continuou, “durante os 90 minutos o jogo só teve um sentido e foi na eficácia que se resolveu. Uma equipa que marcou no único remate que fez e outra que teve situações de golo suficientes não só para empatar mas para vencer.” E disse ainda mais: “Falta de mentalidade ou de atitude dos jogadores não houve.” Pois, dizemos nós. Para Paulo Bento tudo se resumiu a falta de sorte na concretização. A verdade é que em 12 jogos que leva na Selecção Nacional, Éder não marcou nenhum golo. É verdade que um dos grandes problemas da Selecção Portuguesa sempre foram os pontas-de-lança. Que tal o Paulo Bento criar uma forma de jogo que secundarize o ponta-de-lança? Há outros avançados para marcar golos. Até os defesas podem marcar os golos que são precisos. Mas é necessário é que Paulo Bento tenha a capacidade de vergar a espinha e mudar tácticas e estratégias, coisas às quais é adverso.

E, de repente, a Albânia marca o golo

E, de repente, a Albânia marca o golo

Mas também o trinco William Carvalho teceu algumas considerações sobre o encontro de ontem. E disse: “Falta de qualidade não é. Este são os mesmos jogadores com que fomos ao Mundial.” Pois, William, mas tal não é verdade. A Selecção Portuguesa só foi ao Mundial porque, no play-off, no jogo da Suécia, houve um jogador, de nome Cristiano Ronaldo, que se superou e, quase sozinho, conseguiu levar esta selecção a um Mundial onde não merecia ter estado. E ontem, esse jogador não jogou. E a Selecção Portuguesa mostrou a sua verdadeira face na ausência do seu capitão, de uma mediocridade atroz.

Mas Paulo Bento tem mais responsabilidades, e outra delas é nunca querer discutir a selecção e as suas opções, como se fossem sagradas. Mas quando as suas opções dão para o descalabro, ao Paulo Bento só dá para ser encrespado, como ontem. Insurgindo-se contra toda a gente, como se lhe estivessem a fazer a cama. E se é verdade, se lhe estavam a fazer a cama, a responsabilidade é dele próprio, que se pôs a jeito. Só pode ser arrogante quem pode: José Mourinho, Luís Felipe Scolari quando por cá passou. Porque esses ganham. Paulo Bento ainda tem muito por provar. Até hoje, ainda não ganhou nada. Só no Europeu de 2012, na Polónia-Ucrânia, onde, com uma equipa muito semelhante a esta, conseguiu atingir as meias -finais. É pouco para uma selecção que é a 11ª do Mundo, e que já chegou a atingir o 4º lugar, não há muito tempo.

Portanto, quando se pensava que a Selecção Portuguesa tinha atingido o fundo no Mundial do Brasil, descobre-se que, afinal, tal como na vida, não há fundo que valha. Quando se começa a cair, a única pergunta que se pode fazer é quando é que se parará de cair. Porque o fundo, há sempre mais para além do que julgamos ser o limite.

Incompetência, Falta de Atitude e Displicência

Incompetência, falta de atitude e displicência. É o que caracteriza esta selecção e define o estado a que ela chegou. É um conjunto boçal de jogadores banais que não se conseguem superar quando há necessidade disso (como o faz, amiúde, Cristiano Ronaldo), dirigidos por um treinador pobre e fraco que não consegue ter mão na equipa que gere (Paulo Bento chamou para este jogo, 3 jogadores que o ano passado estavam no Vitória de Setúbal. Um deles está agora no Valencia, outro está no Málaga e e o terceiro está no Sporting Braga. Passaram a ser geniais 2 meses depois de terem saído de Setúbal ou é Paulo Bento que não se atreve a chamar jogadores que não estejam em clubes seleccionáveis?).

Uma equipa que rematou tanto, como a Selecção Portuguesa rematou, e não consegue fazer um golo, só se pode falar de incompetência. A sorte não é para aqui chamada, que ela não se apura nos treinos. Que os jogadores se arrastem pelo campo, a ver o tempo passar, e o resultado a ser-lhes negativo, só têm que tentar ultrapassar-se e tomar uma atitude. Podem não conseguir inverter o resultado, mas têm de mostrar que tentaram. Têm de tentar. mas este grupo demonstrou que não tem atitude de campeã. Não se insurge contra a derrota. Não luta contra os resultados negativos. É amorfa. E é displicente porque, a perder, confiou que, mais tarde ou mais cedo o golo haveria de chegar. mas não pensou que é preciso lutar para isso. Arregaçar as mangas. Correr. Tentar.

Operação Dinamarca

Em Outubro, a Selecção volta a jogar, desta vez na Dinamarca, contra a Selecção local. Sabe-se que não vai ser um jogo fácil, até pelo histórico das duas selecções. Até ao Euro ’96, a Selecção Portuguesa nunca tinha perdido um ponto contra os dinamarqueses, mas a partir daqui, e ao todo (ou seja, com jogos na Dinamarca ou em Portugal), a Selecção Portuguesa ganhou 3 jogos, perdeu outros 3 e empatou 2. O equilíbrio é a nota dominante. Mas Portugal já não é o mesmo que era na passagem de século. De qualquer forma, Paulo Bento tem até 14 de Outubro para tentar inverter as coisas. Para mudar os jogadores, ou não, para lhes injectar confiança, fazer-lhe ganhar atitude e, muito importante, fazer ter vontade, aos jogadores, de ir a França, em 2016. E pensar que a Selecção representa-nos a todos nós e não é uma coutada do seleccionador e dos seus amigos.

São apuradas, directamente, as 2 primeiras selecções de cada grupo, e o melhor 3º de todos os grupos. Todos os outros terceiros classificados de todos os grupos irão realizar um play-off, onde a metade vencedora irá, também, à fase final do Europeu de 2016. Do Grupo I, do qual faz parte a Selecção Portuguesa, também fazem parte as selecções da Dinamarca, da Sérvia, da Arménia e da Albânia. É impossível a Selecção de Portugal falhar o apuramento. Repete-se: é impossível a Selecção de Portugal falhar o apuramento. Agora, que Paulo Bento, comece a fazer o que lhe compete: pôr esta Selecção a marcar golos e a ganhar jogos.