O Manchester City, já campeão anunciado, termina a temporada estabelecendo novos recordes. Maior número de pontos, mais vitórias na temporada e a equipa mais concretizadora de sempre na Premier League. O Tottenham recupera de doios golos de desvantagem para vencer o Leicester e assegurar o terceiro lugar. O Liverpool não permitiu veleidades ao Brighton, com Salah a assumir. Chelsea vai à Liga Europa. Swansea, sem milagres, junta-se a Stoke e West Brom na descida ao Championship.
Recordes de campeão
Cem pontos, cento e seis golos, trinta e duas vitórias no campeonato: são os números espantosos do City nesta temporada.
O campeão Manchester City termina a temporada a estabelecer recordes. Com o título garantido quase há um mês, Os Cityzens mantiveram o foco. Terminam com os cem pontos, um novo máximo na história da Premier League. O golo de Gabriel Jesus, aos noventa e quatro minutos, é centésimo sexto da equipa, só na Liga Inglesa, outro número para os anais. Para terminar, neste domingo o City somou a trigésima vitória da época, também um novo marco.
Esta temporada do Manchester City vai ficar na história do campeonato, ao lado nos Invencíveis. Mas também estabelece a fasquia para o próximo ano. O projeto de Pep Guardiola, ao atingir a maturidade, deixou bem claro aos adversários que ou sobem a parada ou não têm condições de competir.
O recado chegou alto e bom som a José Mourinho, não sei se chegou à direção dos Red Devils. O segundo lugar é o apenas o primeiro dos últimos. A corrida ao armamento, por assim dizer, começa agora. Uma nota para Rui Faria. O braço direito de José Mourinho anunciou a saída de Old Trafford e apesar de ter dito que queria passar alguma tempo com a família antes de assumir novos projetos, há muito que se fala de levantar voo a solo.
Liverpool garante quarto lugar
O jogo mais frenético da última jornada veio de onde não se esperava. O Tottenham esteve a perder por 1-3 frente ao Leicester City no início da segunda parte. Nessa altura, o Liverpool estava no pódio. Mas os Spurs deram a volta ao resultado, com dobradinhas de Harry Kane e Erik Lamela, coadjuvadas por um autogolo de Fuchs (5-4). A equipa de Mauricio Pochettino garante o terceiro posto mas o treinador argentino termina o campeonato levantando a lebre quanto ao futuro. Que passa, segundo ele, por uma conversa frontal com Levy: para vencer troféus vai ser necessário gastar dinheiro e investir em jogadores.
O Liverpool também fez a sua parte para segurar o top-4. Mohamed Salah abriu o caminho e foi dele a assistência para o terceiro, finalizado por Solanke. O egípcio já seguia na dianteira e confirmou-se como melhor marcador da temporada. É agora o melhor marcador de sempre do Liverpool, batendo um recorde que pertencia a Luis Suárez.
Aos vinte e dois minutos do jogo com os Terriers, as bancadas do Estádio John Smith juntaram-se numa ovação ao técnico francês.
Já o Chelsea não fez os mínimos necessários para sequer se manter na corrida. Uma exibição sem vontade, sem empenho, aproveitada pelo Newcastle (3-0) para terminar em grande. Conte avisa que a equipa tem seis dias para mudar a atitude, ou não terá hipóteses na final de Wembley. Quinto lugar significa ausência da Liga dos Campeões, na próxima época.
O mesmo se aplica ao Arsenal, dois anos seguidos, neste caso. Terá sido esta a gota de água que forçou a separação com Arsène Wenger. Termina um reinado de mais de duas décadas e aposto que vamos passar os próximos anos a fazer o balanço.
Os relegados
Os milagres de que o Swansea City necessitava para continuar na Premier League não aconteceram. O Stoke conseguiu inclusive ir vencer ao Liberty (1-2). Swansea, Stoke e West Bromwich baixam ao Championship. O futuro de Carlos Carvalhal está em aberto mas ao que tudo indica deve continuar por Inglaterra, ainda que não nos Swans. Que lhes sirva como uma retirada estratégica, ao género um passo atrás para poder dar dois em frente daqui a um ano. Sublinhe-se que os três promovidos da época anterior asseguraram todos a manutenção: Newcastle e Brighton com maior antecedência, o Huddersfield Town na penúltima jornada. Clubes e modelos competitivos bastantes distintos, até com recursos bastante diversos, mas todos cumpriram o objetivo primordial.
Destaque ainda para o Southampton, que sob o comando de Mark Hughes escapou por uma unha negra à despromoção, dando tudo no último mês de competição.
