Frustradas as tentativas de entrar na FIBA Champions League, uma prova que disputa a denominação de Segunda Divisão Europeia, FC Porto e SL Benfica voltarão a disputar a FIBA Europe Cup. Não se trata de uma despromoção, mas, de uma competição que estará mais apropriada ao nível atual das equipas portuguesas, embora, pelo que ficou claro na pré-eliminatória disputada, talvez o basquetebol português – no que toca aos dois grandes – não esteja assim tão longe do nível dos seus competidores mais poderosos. Analisamos os dois grupos onde estarão as equipas portuguesas.
FC Porto com missão bem difícil
O grupo do FC Porto apresenta adversários de nível muito alto, mas não será de estranhar a possibilidade de vermos os Dragões a lutar por uma das duas posições de topo.
O Antwerp Giants é a equipa que vai dominando o basquetebol belga e, como é habitual nos conjuntos daquele país, a capacidade de apresentar seis jogadores norte-americanos ajudará a fazer a diferença nesta prova. Destacam-se Jason Clark, no jogo exterior, Demitrius Conger como 3 e os interiores Gavin Ware e Ryan Anderson que irão impor muito trabalho defensivo à equipa do FC Porto.
O JSF Nanterre esteve, há não muito tempo, na Euroleague, tendo também defrontado o Benfica numa das suas mais recentes participações europeias, demonstrando, em ambos os casos, a sua capacidade para dominar o ritmo das partidas. A experiência de Heiko Schaffartzik será um dos pontos a ter em conta na forma de jogar dos franceses, com o base Chris Warren e Talib Zanna, que jogou nas últimas duas temporadas na equipa secundária dos Oklahoma City Thunder, na D-League, a destacarem-se como jogadores mais fortes.
O Sopron será o conjunto mais acessível aos Dragões, mesmo apresentando um quarteto de jogadores norte-americanos já bastante rodados na Europa. O ano passado esta foi uma equipa que foi superada pelo Benfica e tem no físico o seu aspeto mais imponente. Jay Threatt tem sido o nome mais sonante da equipa até este momento da temporada.
Benfica alimenta esperanças
Mesmo defrontando equipas com um ritmo competitivo superior, o Benfica pode ter aqui oportunidade para se afirmar e ultrapassar a fase de grupos desta competição.
O ES Chalon será o conjunto mais complicado para os encarnados, com um largo contingente de norte-americanos e também jogadores franceses de excelente nível. Lance Harris e Cameron Clark têm-se evidenciado nesta fase inicial da temporada, com Jeremy Nzeulie a também ser uma excelente arma de um jogo exterior que poderá causar mossa, enquanto Axel Bouteille e, sobretudo, Moustapha Fall, com 2m18, são aglutinadores de ressaltos que conseguem secar as iniciativas adversárias perto das tabelas.
O Brussels reforçou-se com vista a fazer uma melhor temporada, tentando também a afirmação europeia e será, neste momento, uma equipa em construção. Jeremy Simmons e Chris Dowe são dois fortes jogadores na marcação de pontos, enquanto Brandon Ubel será um elemento mais poderoso no jogo interior, rondando em volta destes três jogadores o melhor dos belgas. No entanto, com muitas opções na sua rotação, as dificuldades estarão aí para serem apresentadas.
O Alba Fehervar é o melhor conjunto da Liga Húngara e tem vários jogadores de origem húngara que fortalecem o seu jogo, como Luka Markovic, Peter Lorant ou Akos Keller. Para além deles também há a habitual opção de norte-americanos que tornam esta equipa um adversário difícil. Justin Edwards e Brandon Taylor, sobretudo, pelo nível que apresentam na Liga Húngara, serão os dois jogadores a travar, de maneira a que a equipa encarnada consiga somar vitórias nestes encontros.
Boas Apostas!