Arranca esta madrugada, na Coreia do Sul, o campeonato do mundo de sub-20. Detentor de dois títulos da categoria, Portugal participa na quarta edição consecutiva e é um sério candidato a alcançar a final.
O seleccionador nacional Emílio Peixe não tem razões de queixa, atendendo ao talento da geração que tem em mãos. Jogadores “seleccionáveis” como Renato Sanches, Rúben Neves ou João Carvalho ficaram de fora da convocatória por já estarem aptos a competir alguns degraus acima, mas nos 21 eleitos são vários os nomes conhecidos dos adeptos. Os ditos “três grandes” continuam a dominar a convocatória, com Benfica (nove), Sporting (cinco) e Porto (quatro) a cederem um total de 18 jogadores. O Vitória Sport Clube cede os préstimos do avançado Xande Silva e o rival Sporting Clube Braga também coloca um jogador entre os eleitos, de seu nome Bruno Almeida, médio mais conhecido por Bruno “Xadas”. O “intruso” nesta lista de convocados por se tratar do único jogador que atua fora de Portugal é André Ribeiro, avançado que atua na Suíça ao serviço do FC Zurique.
Os jogadores convocados têm praticamente todos experiência profissional a nível de segunda liga, atuando com regularidade pelas equipas B dos respetivos clubes. A equipa portuguesa estabeleceu-se no Japão para realizar o habitual de preparação e na passada segunda-feira, em Osaka, venceu a congénere dos Estados Unidos por duas bolas a uma com golos de André Ribeiro e Xande Silva. Emílio Peixe optou por dar minutos a todos os convocados. Pedro Silva foi o dono da baliza, no eixo, Ferro e Rúben Dias, centrais do Benfica, fizeram dupla, deixando os corredores a cargo do também benfiquista Yuri Ribeiro e do portista Diogo Dalot. No meio-campo, Pedro Rodrigues assumiu as funções que habitualmente desmpenha na equipa B do Benfica, atuando com o apoio do bracarense Bruno Xagas. Gedson Fernandes e Diogo Gonçalves, mais sobre as alas, apoiaram a dupla Zé Gomes-André Ribeiro.
Razões para sonhar
A seleção portuguesa tem legitimidade para sonhar com a conquista do título mundial pela terceira vez na história. Nesta edição, marcada desde já pela ausência do Brasil e da campeã em título Sérvia, a seleção portuguesa é ladeada pelas congéneres de Argentina e França no que à vitória final diz respeito, sem descurar a ameaça que poderá surgir do lado uruguaio.
O grupo C reúne Costa Rica, Portugal, Zâmbia e Irão. A seleção portuguesa é a mais creditada do grupo e o passado recente das três equipas fala por si só. O factor surpresa deve ser sempre tido em contas, mas só uma situação com contornos de escândalo afastaria a equipa portuguesa da fase a eliminar. O duelo inaugural – madrugada de sexta-feira para sábado, 6h00 da manhã – será disputado com a Zâmbia, campeão africana da categoria e uma equipa que apresentará um futebol que apela muito ao físico dos seus atletas, regressando a esta competição uma década depois da sua última participação. O segundo desafio, agendado para uma hora um pouco mais convidativa (quarta-feira, 24 de maio, 12h00) será com a Costa Rica, a segunda seleção mais experiente do grupo, de volta à prova depois de ter participado pela última vez em 2011, na Colômbia, prova da qual Portugal saiu como vice-campeão. Por último mas não menos importante (sábado, 27, 09h00), a equipa nacional enfrenta o Irão, equipa que não estava na fase final da prova desde 2001. Todos os jogos vão ter transmissão em direto na RTP1.
Boas Apostas!