O campeão europeu vive um momento de exaltação na sua longa história de sobrevivência no futebol mundial. Portugal nunca foi uma evidência entre as principais nações do futebol e, durante muitas décadas, apenas a gloriosa caminhada até ao terceiro lugar no Mundial de 66 brilhava no currículo da selecção. As coisas mudaram muito e já no Século XXI, Portugal conseguiu juntar um dos melhores jogadores do mundo com um título, para além de conseguir renovar gerações que garantem a continuidade no topo. A presença na Taça das Confederações é uma estreia, mas não restam dúvidas de que Portugal chega à Rússia com estatuto de favorito.

Os jogadores

Cristiano Ronaldo é o homem que a selecção portuguesa procura para lhe resolver os problemas. E o capitão de equipa não se faz rogado, seja procurando funcionar como o finalizador-nato que é, seja na busca de soluções de remate de longe, seja, até, como na final do Euro 2016 em que saiu na primeira parte, lesionado, como incentivador do grupo. Com opções como Nani, Ricardo Quaresma, Gelson Martins e Bernardo Silva, sobram as soluções para conseguir desequilibrar nas iniciativas individuais, uma das opções mais vistas na equipa portuguesa.

Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo quer mais um título para o currículo

O sucesso do conjunto nacional passa, no entanto, em grande parte, pela forma como se defende. Sem ser um conjunto que possa primar pela excelência na organização defensiva, o facto de beneficiar de jogadores como Adrien Silva, William Carvalho ou Danilo Pereira (que nesta Taça das Confederações serão ainda acompanhados por Pizzi), oferece um meio-campo com capacidade para elevados índices de recuperação e muita capacidade para fechar caminho para a sua baliza.

Na defesa, Rui Patrício é uma espécie de salvador de última instância, com Pepe e José Fonte a serem jogadores com elevado voluntarismo para conseguir travar as iniciativas contrárias. Para as faixas laterais, a equipa conta ainda com dois talentos de enorme futuro, Nélson Semedo e Raphael Guerreiro, enquanto Cédric é uma outra opção que oferece segurança a um conjunto que prefere esperar para ver do que tomar a iniciativa no encontro. Nesse sentido, Fernando Santos continua a manter a nota no espírito de união do grupo e na importância dos jogadores mais experientes na forma como abordam este tipo de competição.

A caminhada até aqui

Portugal 2017

O último onze antes do início da competição

O feito alcançado no Euro 2016 leva esta geração a ser colocada como aquela que conseguiu um feito único na história do futebol português. Essa caminhada começou, no entanto, da pior maneira, com três empates na fase de grupos e um apuramento graças à repescagem dos terceiros classificados. No entanto, a partir daí, Croácia, Polónia, País de Gales e França, na final, foram sempre ultrapassados por um conjunto que sofreu apenas um golo nesses quatro encontros.

A caminhada para o Mundial 2018 também não começou bem, com uma derrota na Suíça, grande rival no seu grupo de apuramento, seguindo-se uma série de vitórias e goleadas que parecem assegurar que Portugal estará a caminho da Rússia, seja por conseguir ainda alcançar o primeiro lugar no grupo, seja por ultrapassar o playoff. Os últimos dois encontros disputados confirmaram essa veia, com uma goleada ao Chipre, 4-0, em jogo amigável, e vitória na visita à Letónia por 3-0.

As expectativas

Quando Fernando Santos anunciou, no início da sua caminhada para o Euro 2016, que ia a França para ser campeão, não foram muitos os que acreditaram no discurso do Engenheiro. No entanto, contra prognósticos e expectativas, foi isso mesmo que a equipa portuguesa conseguiu alcançar. Desta feita, Portugal entra como favorito e ser campeão não será uma surpresa, mas uma confirmação do bom momento da selecção.

No seu grupo, Rússia e México parecem ser os adversários mais bem preparados para lhe causar dificuldades, ficando o encontro com a Nova Zelândia para a derradeira jornada, onde poderá confirmar o apuramento para as meias-finais. Olhando para o grupo adversário, Chile ou Alemanha estão ao mesmo nível dos seus adversários no grupo, pelo que Portugal pode até reivindicar ser a equipa com mais experiência disponível entre os vários plantéis que atacam o título da Confederações.

Boas Apostas!