Portugal fechou a fase de qualificação com um triunfo sobre a Suíça e já fazer os preparativos para a Rússia. França também garantiu o primeiro lugar, ainda que a Bielorrússia tenha causado ansiedade. A Islândia prova que o Euro não foi um golpe de sorte. Sem Bale o País de Gales não foi capaz de se salvar in extremis. Robben diz adeus à seleção depois de mais uma campanha dececionante da Holanda. O sorteio do play-off é na próxima terça e nós podemos assistir sem angústia.

Portugal faz check-in na Luz

A Seleção das Quinas garantiu a qualificação direta com uma vitória conclusiva sobre os suíços.

A Seleção das Quinas garantiu a qualificação direta com uma vitória conclusiva sobre os suíços.

Um jogo muito fraquinho na abertura da fase de qualificação, com a correspondente derrota frente aos helvéticos, obrigou Portugal a cumprir os restantes compromissos na perseguição do primeiro lugar. Saber que qualquer outro percalço seria a sua desgraça foi a melhor motivação possível para o seleção da Quinas. Os Suíços chegaram a Lisboa embalados por uma campanha até então cem por cento vitoriosa e estavam, de certa forma, confiantes de que lhes bastaria aguardar uma brecha. Em vantagem, entregaram a iniciativa da partida aos portugueses. Não sei se é a crença do selecionador, ou a conquista do título europeu, mas psicologicamente Portugal já não sofre com aquela ansiedade que era habitual quando o primeiro golo trada em chegar. Depois de várias tentativas mais bem conseguidas, o golo chegou com a conjunção de erros de Sommer e Djourou, quase a fechar a primeira parte. No início do segundo tempo André Silva fez o segundo e a qualificação estava garantida. Porque apesar de faltar pouco mais de meia-hora para terminar o encontro a formação portuguesa nunca afrouxou. Mesmo com alguma fadiga acumulada não houve perdas de concentração. André Silva esteve incansável na pressão na saída de bola e a fazer a cabeça em água a Lichtsteiner. João Mário e Bernardo Silva foram tremendos na entrega e na inteligência que trazem ao jogo. Cristiano não bateu o recorde mas acho que ele troca esse feito pelo apuramento direto com alegria.

Com isto, e apesar de ter somado os mesmos vinte e sete pontos, os suíços terão que disputar o play-off para carimbar passagem para a Rússia. É o melhor segundo lugar por margem considerável. A Itália, com quatro a menos, é a que está mais perto.

Holanda vence mas não evita eliminação

Com dois golos, insuficientes para alterar o desfecho, Robben despediu-se da seleção holandesa.

Com dois golos, insuficientes para alterar o desfecho, Robben despediu-se da seleção holandesa.

No Grupo A a França não deixou escapar o primeiro posto, vencendo a Bielorrússia (2-1), mas com algum sofrimento à mistura. A seleção de Deschamps não deslumbra e são muitos os críticos mas nesta dupla jornada há várias atenuantes. À partida já estavam sem Paul Pogba e perderam N’Golo Kanté no primeiro jogo. São peças determinantes que mexem com toda a estrutura. Depois podemos questionar as decisões do selecionador, que resolveu deixar Mbappé no banco.

A Suécia sabia que dificilmente o primeiro lugar lhe cairia no colo mas também tinha o conforto da Holanda precisar de vencer por sete ou mais golos para a afastar do segundo posto. Arjen Robben bisou e com o seu rasgo individual a Laranja enferrujada venceu o encontro. Mas não evitou a queda. Os holandeses vão assistir ao Mundial pela televisão. O marcador de serviço anunciou o seu adeus à seleção nacional. É uma era que terminar para o futebol holandês, que precisa de se reinventar.

Islândia pela primeira vez no Mundial

A Islândia provou que o sucesso no Euro 2016 não foi um golpe de sorte, vencendo um grupo onde pontuavam Croácia, Ucrânia e Turquia. A pequena nação nórdica vai pela primeira vez ao Campeonato do Mundo e com todo o mérito. Luka Modric e companhia tiveram que se aplicar para conseguir um segundo lugar digno de ir ao play-off, o que só ficou fechado com a vitória por 2-0 sobre a Ucrânia.

O País de Gales precisava de ganhar o último jogo para ser repescado para o play-off mas não mostrou ter capacidade para tal. Sem Gareth Bale a formação galesa não tem a regularidade para sair bem duma qualificação e a Rep. Irlanda de O’Neill fez valer a sua experiência sobre o potencial de talento individual dos galeses.

Na próxima terça-feira ficamos a conhecer os jogos do play-off. Suíça, Itália, Croácia e Dinamarca são cabeças de série; as duas Irlandas, Suécia e Grécia serão os adversários.

Boas Apostas!