Depois de participar nas edições de 2008 e de 2012 do Campeonato da Europa, a Polónia marca agora a sua 3ª presença em toda a história nesta prova. Sem nunca terem ido além da fase de grupos, eis que aparece uma selecção polaca diferente daquelas que têm aparecido tanto nas fases de qualificação, como nas fases de grupos, destacando-se principalmente pela forma como agora trocam a bola e partem para o processo ofensivo de forma cuidadosa e organizada.
Os pupilos de Adam Nawalka começaram por dar nas vistas na fase de qualificação, onde alinharam no Grupo D constituído pela Alemanha, República da Irlanda, Escócia, Geórgia e Gibraltar e terminaram em 2º lugar com 21 pontos, fruto de 6 vitórias, 3 empates e 1 derrota, com parciais de 33 golos marcados e 10 golos sofridos. Os polacos deram então nas vistas ao vencerem a Campeã do Mundo em título, Alemanha, e ao demonstrarem o ataque mais poderoso de toda a fase de grupos, onde se destacaram sobretudo o ponta de lança Roberto Lewandowski, o melhor marcador com 13 tentos assinalados, e Milik como o jogador que mais assistências fez, tendo executado 6 passes para o golo.

Milik derruba a muralha defensiva da Irlanda do Norte e garante os 3 pontos.
A Polónia tem vindo a melhorar o seu futebol, não estando tão dependente dos contra-ataques para marcar golos como fazia no passado. Desde a chegada do técnico Adam Nawalka, os polacos têm vindo a privilegiar a posse de bola e preferem partir para o processo ofensivo de forma organizada, construindo os seus ataques cuidadosamente. Contudo, as Águias Brancas demonstraram alguma dificuldade em vencer o 1º embate do Grupo C, o que não é de admirar, visto que enfrentaram uma Irlanda do Norte que colou 3 defesas centrais encarregues de pararem Robert Lewandowski e Milik. A Polónia mandou no jogo, chegando mesmo a massacrar o adversário, no entanto, uma linha de 5 defesas e 4 médios recuados, com apenas Lafferty sozinho na frente, travava as investidas polacas. Chegado o intervalo, o técnico Adam Nawalka parece ter escolhido as palavras certas para motivar os seus jogadores, e ao chegar o minuto 50 de jogo, a teia defensiva norte-irlandesa cedeu, e Blaszczykowski assistiu Milik, que marcou o tento decisivo da partida.
Mais duas provas de fogo pela frente
Apesar do difícil embate contra a Irlanda do Norte, as provas de fogo não se ficam por aqui, uma vez que a Polónia ainda terá que enfrentar a colossal Alemanha, quem derrotou na fase de apuramento, e a Ucrânia, onde se espera muito da estrela ofensiva do Bayern de Munique. Os polacos são favoritos a conseguirem um lugar de qualificação às eliminatórias deste Campeonato do Mundo, apresentando um eixo defensivo bem organizado, um meio campo fluído e dinâmico, e um sector ofensivo demolidor.
No seu próximo encontro irá ter pela frente a poderosa Alemanha, quem irá enfrentar no Stade de France, em Paris, e esperam conseguir repetir o feito da fase de qualificação. Os alemães, como contam com grandes armas nos vários sectores do campo, não irão precisar de actuar de forma defensiva, o que deverá permitir que seja um jogo aberto e existam várias ocasiões de golo para as duas equipas, no entanto, não será um embate nada fácil para os polacos. Já quando enfrentarem a Ucrânia, os polacos poderão deparar-se novamente contra uma equipa mais defensiva, como a Irlanda do Norte, e enfrentar mais uma vez dificuldades em abanar as redes da baliza adversária. Desde que a qualidade individual de cada jogador seja posta em prática, poucas serão as defesas que irão conseguir suster o poder ofensivo das Águias Brancas.
Boas Apostas!