Peru – Venezuela (Mundial 2018)
Os dois últimos classificados do grupo sul-americano de qualificação para o Mundial de 2018 medem forças na quinta jornada, no Estádio Nacional de Lima. Os próximos dois jogos serão decisivos para qualquer uma das equipas manter o sonho de uma presença na Rússia. O Peru tem três pontos, graças a um triunfo inesperado sobre o Paraguai, mas perdeu os restantes encontros. A Venezuela conta por derrotas as quatro rondas anteriores. Há um divórcio em curso entre os jogadores e a estrutura federativa e a melhor geração da Vinotinto está a pagar as favas.
Esta é uma oportunidade única para o Peru conseguir três pontos preciosos para continuar a sonhar com um lugar no Rússia 2018. Na qualificação da CONMEBOL há quatro vagas para apuramento direto e uma quinta dá a oportunidade de disputar um play-off intercontinental. As duas piores classificadas começam a ficar sem margem para recuperar e é agora a fase de dar tudo para continuar na luta. Ricardo Gareca sabe isso muito bem. E sabe também do momento conturbado por que passa a seleção da Venezuela. Por um lado isso é uma nesga de oportunidade a explorar. Mas por outro, e o selecionador peruano está consciente, o facto de estar no fundo da classificação dá aos visitantes uma energia que vem diretamente do desespero. A seleção Vinotinto vai deixar tudo em campo porque tem absoluta necessidade de pontuar.
O Peru começou esta qualificação com uma derrota na Colômbia (3-4). O jogo seguinte colocou os peruanos frente a frente com os chilenos. Ainda conseguiram dar boa luta, o encontro andou com alternâncias frequentes no marcador, mas os três pontos acabariam por escapar. Apesar do desfecho pode-se dizer que o facto de lutarem pelo resultado animou as hostes de Gareca e talvez tenha sido esse o fator que ajudou ao triunfo que veio a seguir. Isso e a irregularidade do Paraguai, claro. Jefferson Farfán, sempre ele o elemento mais inconformado, marcaria ainda na primeira parte o golo que valeu a vitória (1-0). No segundo encontro de novembro o Peru foi à Arena Fonte Nova, na Bahia, para enfrentar o Brasil e não teve arte para tocar aquela guitarra. Neymar capitaneou mas foram Douglas Costa, Renato Augusto e Felipe Luís a marcar para um triunfo expressivo e sem contestação.
Onze Provável: Penny – Advíncula, Zambrano, Ascues, Yotún – Farfán, Tapia, Lobatón, Cueva, Gonzáles – Guerrero.
A Venezuela está a viver uma fase muito difícil. Os jogadores e dirigentes da Federação da Vinotinto estão de costas voltadas. E a equipa técnica, liderada por Noel Sanvicente está no meio, entre a espada e a parede.
Salomón Rondón, a estrela da companhia e um dos favoritos dos adeptos do seu país, não teve problemas em falar do mau ambiente que se vive nestas idas à seleção. O espírito de grupo, no balneário, é ótimo, diz o avançado que joga em Inglaterra. Os jogadores conhecem-se bem, existe muito respeito e amizade, mas não é possível passar ao lado da guerra aberta que têm com a estrutura federativa. Os resultados da Vinotinto têm-se ressentido disso. A melhor geração de futebolistas venezuelanos corre o risco de ficar fora das contas do Mundial de 2018 muito em breve se não der uma volta de cento e oitenta graus na campanha que tem vindo a fazer. Esta dupla jornada é o momento do tudo ou nada para este conjunto. Agora é o Peru, em Lima, e no início da próxima semana regressa a casa para receber o Chile.
Nas rondas anteriores perderam com Paraguai (0-1), Brasil (3-1), Bolívia (4-2) e Equador (1-3).
Onze Provável: Baroja – Rosales, Vizcarrondo, Velásquez, Amorebieta – Otero, Figuera, Rincón, Seijas – Rondón, Blanco.
Peru
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1-0 |
Venezuela
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Grp.C |
Copa América 2015
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Peru
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0-1 |
Venezuela
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JA |
Amigáveis 2015
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Venezuela
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3-2 |
Peru
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J16 |
WC2014 CONMEBOL
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Peru
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2-1 |
Venezuela
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J7 |
WC2014 CONMEBOL
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Peru
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4-1 |
Venezuela
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3/4 |
Copa América 2011
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Venezuela
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3-1 |
Peru
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J16 |
WC2010 CONMEBOL
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O Peru venceu o último confronto entre as duas seleções, ainda na fase de grupos da Copa América do ano passado.