As melhores equipas da fase regular são aquelas que disputarão os títulos de cada Conferência. Nem sempre isso se confirma, quando passamos de uma temporada de 82 jogos para uma série de encontros de elevada rotação e a eliminar. Mas, num ano em que a incerteza reinou em ambas as classificações, não deixa de ser curioso que se tenha encontrado esta linearidade entre a temporada regular e o playoff.
Duas equipas sobressaem em ambos os casos. Atlanta Hawks e Golden State Warriors surpreenderam na primeira fase da temporada, tendo em conta que não eram esperadas na antevisão da mesma para serem candidatos ao título. Talvez os Warriors prometessem algo próximo, tendo em conta a evolução de Stephen Curry, mas a chegada de um novo técnico, Steve Kerr, levantava algumas dúvidas. Mike Budenholzer já tinha tido a experiência do ano passado, mas depois de terminar em quarto lugar e perder na primeira ronda do playoff, sem ver nenhum grande nome chegar à sua equipa durante o verão, também poucos acreditariam neste crescimento. A verdade é que aconteceu.
Se à equipa de Atlanta podemos apontar o facto de não ter uma estrela, baseando o seu jogo numa movimentação coletiva que segue a escola e a linha de Gregg Popovich com os San Antonio Spurs, já aos Golden State Warriors reconhece-se a presença de um grande jogador que pode decidir, por si só, muitos jogos. Stephen Curry foi nomeado o MVP da fase regular e continua em alta num playoff onde enfrentará o seu grande teste. Os Houston Rockets são uma equipa mais completa, no que toca ao preenchimento das diferentes posições no jogo, tendo também eles um jogador com a capacidade de mexer num resultado, James Harden. Da forma como Steve Kerr montar a sua equipa dependerá, seguramente, a maneira de parar Dwight Howard e a possibilidade de continuar o sucesso apresentado pelos Warriors.
A tarefa de Mike Budenholzer é mais complicada. Até porque do outro lado há LeBron James. Os Cleveland Cavaliers demoraram o seu tempo a encontrar a melhor forma de incluir todas as novidades do seu plantel, algo natural, mas preocupante, quando se trata de um projeto construído para ganhar já e não daqui a uns anos. O King quer mais títulos e quer ganhá-los em casa. Mesmo sem Kevin Love, lesionado, é esse foco de LeBron James que torna os Cavaliers uma equipa temível. Depois de termos os quatro melhores da temporada regular nas finais de Conferência, será que vamos ter os melhores da fase regular na final da NBA?
Por falar em melhores, eis o rookie do ano
Andrew Wiggins, o canadiano dos Minnesota Timberwolves, foi reconhecido como o rookie do ano na NBA, confirmando-se como um valor seguro no futuro da competição. Com médias de 16.9 pontos, 2.1 assistências e 4.6 ressaltos por jogo, Wiggins esteve em campo nas 82 partidas da temporada regular.
A acompanhar Wiggins no cinco dos estreantes estão também Nikola Mirotic (Chicago Bulls), Jordan Clarkson (LA Lakers), Elfrid Payton (Orlando Magic) e Nerlens Noel (Philadelphia 76ers). Tendo sido também apontado o segundo cinco de rookies, este foi composto por Marcus Smart (Boston Celtics), Zach Lavine (Minnesota Timberwolves), Bojan Bogdanovic (Brooklyn Nets), Jusuf Nurkic (Denver Nuggets) e Langston Galloway (New York Knicks).