Fechamos hoje a antevisão da Ligue 1 focando atenções no mais que provável campeão, o Paris SG, e nas alterações feitas no plantel e a nível técnico. Para além do conjunto parisiense, percorremos ainda as histórias de um conjunto de equipas que concorrem para ser uma das sensações da presente edição do campeonato gaulês.

Paris SG

Di Maria PSG

Di Maria com maior peso no onze do PSG

Enquanto os adversários se queixam do nível de investimento feito pelo PSG e de como isso tem impacto na competitividade pelo título, o objetivo de conseguir atingir uma final da Liga dos Campeões conheceu um pequeno travão neste mercado. Laurent Blanc, preso no limite dos quartos-de-final da prova europeia, acabou por sair com choruda indemnização, sendo substituído por Unai Emery, técnico espanhol que venceu as três últimas edições da Liga Europa. No campo, a saída de Ibrahimovic retira uma estrela principal ao onze, oferecendo mais espaço para jogadores como Di Maria, Lucas Moura, Cavani ou Pastore, enquanto as contratações de Meunier, Krychowiak, Jesé e Ben Arfa parece dotar de profundidade um plantel que poderá vir a ter maior capacidade de rotação e, sobretudo, aumento das opções de finalização e criação de oportunidades. Menos estrelas, melhor equipa, parece ser esta a equação que ganha forma em Paris, cujo foco nas competições europeias poderá, a espaços, abrir alguma janela de oportunidade para um concorrente que consiga fazer uma época perfeita.

Lille

Campeão em 2011 e com dois pódios nos últimos cinco anos, o Lille é sempre um candidato a criar problemas na Ligue 1. Com Frédéric Antonetti, o plano tem sido evoluir tranquilamente, dotando o plantel de opções que lhe possam dar espaço para maiores ambições. Este ano, parecem estar reunidas as condições para voltar a atacar um lugar no Top 4, com Éder como figura de proa no ataque, Rony Lopes, Ryan Mendes e Rio Mavuba a darem toque lusófono a uma equipa que alarga as suas opções com vista à construção de um modelo confiável e de rendimento certo. Com um estádio onde os adeptos também impõem um ambiente de pressão e emotividade, a equipa nortenha desenha-se como um candidato “underdog”, esperando que os elementos do plantel possam confirmar as melhores expetativas.

Caen

O percurso do Caen desde o regresso à Ligue 1 tem sido de enorme progressão, com um 7º lugar do ano passado a tocar praticamente o céu. Tentando não mexer em demasia na sua estrutura, o técnico Patrice Garande vê manter-se a maioria dos seus jogadores chave e acrescenta mais experiência à defesa, com Dabo, e ao meio-campo, onde Steed Malbranque terá nova oportunidade para ser um líder, depois de uns últimos meses afastados de competição no Lyon. O problema do Caen será o de conseguir evoluir perante as limitações apresentadas e um conjunto de adversários que fizeram maiores investimentos para regressar à metade cimeira da tabela. Lutando contra as suas limitações e os planos de crescimento dos rivais, o Caen terá uma temporada exigente e desafiante pela frente.

Rennes

Pedro Mendes Rennes

Pedro Mendes jogará de novo em Rennes

Criar identidade é o plano de Christian Gourcuff, técnico que regressa à Ligue 1 depois de uma passagem pela seleção da Argélia nos últimos dois anos. O treinador tem uma postura filosófica sobre os desafios que lhe são colocados, sendo que já conhece o clube, que treinou durante uma época há mais de dez anos. No plantel reencontra o seu filho Yoann, que pretenderá recuperar para jogar ao mais alto nível, para além de ver chegar jogadores como Chantôme, que podem trazer qualidade e experiência para o meio-campo. Chega, também, o português Afonso Figueiredo, um lateral-esquerdo que pode ter espaço para crescer, juntando-se no plantel a outro português, o defesa-central Pedro Mendes, ou Gelson Fernandes, internacional suíço que já passou pelo Sporting. Manter o oitavo lugar do ano passado juntando-lhe maior qualidade futebolística é um objetivo atingível.

Angers

A equipa orientada por Stéphane Moulin vai fazer a sua segunda temporada na Ligue 1, habitualmente aquela em que as dificuldades costumam atingir os clubes que brilham no ano de chegada à divisão maior do futebol. O esforço apontou para a manutenção dos jogadores que tiveram maior impacto na temporada passada e, aparentemente, a administração conseguiu cumprir o seu plano na íntegra. Ainda assim, esperam-se naturais dificuldades para uma equipa que surpreendeu, e de que forma, chegando a andar no pódio da Ligue 1 antes de fechar a temporada num fantástico nono lugar.

Boas Apostas!