Modalidade olímpica desde 1936, o basquetebol sempre foi um terreno preferencial do domínio das equipas dos Estados Unidos, apenas interrompido por duas vitórias da União Soviética, em 1972 e 1988, uma vitória da Jugoslávia, em 1980, e uma vitória da Argentina em 2004. Sobretudo após o Dream Team de 92, que marcou a entrada dos jogadores da NBA em competição, o desequilíbrio passou a ser notório, mesmo que nos nossos dias a comitiva de jogadores da NBA já se divida por muitos participantes. No entanto, é contra os Estados Unidos que todos jogam e é com o sonho de os bater que as restantes equipas chegam aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Será que conseguem?
Favoritos, como sempre
Os Estados Unidos são, então, os favoritos, contando com um plantel muito forte, mesmo se atendendo ao facto de vários jogadores terem pedido dispensa. Kevin Durant será o líder natural de uma equipa que conta com Kyrie Irving e Carmelo Anthony, para além de Klay Thompson, para aparecerem com um efeito aterrador da linha de três pontos. Desta feita, a capacidade de ressalto também está muito reforçada, com DeMarcus Cousins a contar com a ajuda de DeAndre Jordan e Draymond Green, sobrando ainda jogadores como DeMar DeRozan ou Paul George para ajudarem a resolver partidas.
No seu grupo contam com a oposição da Sérvia, conjunto que terá o sonho de conquistar uma medalha, algo que não acontece com países da ex-Jugoslávia desde 1996. Milos Teodosic e Bogdan Bogdanovic serão os atiradores de serviço. Também vistos com potencial para estar entre os melhores, a equipa da França conta com Tony Parker como capitão, mas o líder no terreno já será mais Nando de Colo, jogador que deverá assumir o papel de estrela durante a prova. Rudy Gobert, no jogo interior, tem já a experiência para se bater com os homens dos Estados Unidos.
No restante, a Austrália aparece como principal candidato para garantir o quarto lugar, com Matthew Dellavedova e Patrick Mills como referências, já que Venezuela e China não parecem ter as condições para superar a exigente prova deste grupo. Jianlian Yi parece estar longe do seu melhor e a ausência de Greiviz Vazquez retira aos vinotinto qualquer capacidade de sonhar.
Rivalidades ao máximo
O grupo B apresenta uma série de encontros muito equilibrados e uma rivalidade que será latente durante os jogos desta competição. A principal estará no confronto entre Argentina e Brasil, com a veterania da equipa celeste, com Ginobili, Scola e Nocioni, a procurar uma última presença de bom nível numa prova desta dimensão. Já os brasileiros, a jogar em casa, experimentam um grupo de compromisso entre elementos mais experientes, como Nené Hilário e Marcelinho Huertas, e uma nova geração onde Raulzinho, Vítor Benite e Augusto Lima poderão ser figuras. Obrigado a passar aos quartos-de-final, precisa de ser um dos melhores três do grupo para evitar o encontro com os Estados Unidos.
Mas os grandes favoritos deste grupo chegam da Europa. A Espanha apresenta Pau Gasol, Juan Carlos Navarro e Felipe Reyes em fim de estação, com Rudy Fernandez, Sergio Llull e Nikola Mirotic a apresentarem argumentos para testar os Estados Unidos. A Lituânia tem Mantas Kalnietis e Jonas Valanciunas para liderar um grupo muito forte e equilibrado, difícil de ultrapassar. Finalmente, a Croácia tem uma dupla de atiradores temível com Bojan Bogdanovic e Krunoslav Simon, enquanto Dario Saric continua a evoluir como um jogador com soluções para estar entre os melhores do mundo. Perante este quadro, nenhuma esperança para uma Nigéria que, apesar de ter fortes ligações aos Estados Unidos, com onze dos seus doze jogadores a terem nascido nesse país, não tem nenhum elemento da seleção a atuar na NBA.
Boas Apostas!