Está a ser um grande Mundial, com bons jogos, equipas a mostrarem capacidades competitivas, surpresas, narrativas interessantes e momentos dramáticos como todos queremos encontrar nesta prova. Num dia sem jogos, aproveitamos para apontar os principais destaques.
Os sinais positivos desta fase
Muitos perguntarão até onde pode chegar esta Croácia. Muito forte numa fase de grupos em que teve de passar por todo o tipo de confrontos, desde um jogo paciente perante a Nigéria, até à maior exibição deste Mundial, com uma vitória larga sobre a Argentina. Agora, as expetativas estão elevadas e os croatas terão que mostrar condições para manter o nível.
Quem não descurou o favoritismo que lhe era apontado inicialmente foi o Brasil. Apesar de ter entrado a empatar com a Suíça, com uma ideia de jogo bastante bem definida e a capacidade de regressar a ela para resolver os problemas que lhe foram sendo colocados, o conjunto brasileiro reforçou o estatuto na passagem para os oitavos-de-final.
Ainda nota de surpresa, apesar de um mau resultado no fecho do grupo, para a Rússia. A mudança de cara da equipa organizadora da fase de preparação para a competição, demonstra que será preciso olhar com atenção para uma equipa que quer vender cara a derrota.
O adeus e as saudades
A Alemanha é a grande surpresa pela negativa deste Mundial, dando continuidade à “assombração” dos campeões do mundo, que insistem em ser eliminados na fase de grupos da prova seguinte. Surpreendidos perante o México e salvos por um golo no último minuto frente à Suécia, a equipa germânica caiu de forma inesperada perante a Coreia do Sul, dizendo adeus à Rússia.
Quem também foi afastado, mas deixou sinais positivos foi a seleção do Senegal, que viveu a eliminação mais dramática, tendo em conta que só no desempate disciplinar (viu mais cartões do que o Japão) é que ficou fora da prova. A deixar, também, boa impressão, a seleção do Irão esteve a centímetros de conseguir um golo frente a Portugal que lhe poderia ter dado um apuramento histórico, mas os sinais de evolução que deixou são uma boa promessa para o futuro.
O melhor onze da fase de grupos
No sempre arriscado exercício de fazer uma seleção de melhores jogadores da fase de grupos, apontamos para onze nomes que viram o seu estatuto reconhecido nesta primeira fase do Mundial.
Kasper Schmeichel (Dinamarca) terá sido um dos nomes que mais se destacou nas balizas deste Mundial, assegurando a continuidade em prova de uma seleção dinamarquesa muito cínica. Para compor um quarteto defensivo, optámos por ter Kieran Trippier (Inglaterra) como o lateral pela direita, enquanto a dupla de centrais aparece formada por Thiago Silva (Brasil) e Manuel Akanji (Suíça), dois dos vários centrais que se destacaram ao longo das primeiras três jornadas. Mais difícil de selecionar um elemento para a faixa esquerda, a opção recaiu em Achraf Hakimi (Marrocos), jovem jogador do Real Madrid que, a jogar no corredor contrário ao que está mais habituado, acaba por receber o prémio do reconhecimento de uma seleção sempre muito ativa ofensivamente.
A partir do meio-campo, a dificuldade de escolha torna-se ainda maior. Héctor Herrera (México) aparece neste onze depois de um grande jogo frente à Alemanha, demonstrando-se elemento fundamental para o sucesso dos mexicanos, enquanto Ivan Rakitic e Luka Modric (Croácia) se impõem, ambos, como soluções para um meio-campo de sonho. A dificuldade para escolher é tanta que adicionamos mais dois nomes a este meio-campo, com Eden Hazard (Bélgica) e Philippe Coutinho (Brasil) a serem presenças obrigatórias.
Na frente de ataque, Harry Kane (Inglaterra), melhor marcador da prova, segura o lugar, ainda que exista grande competitividade nesta posição também. Sem dúvida que a grande exibição de Cristiano Ronaldo frente à Espanha, a combatividade de Diego Costa e a robustez das exibições de Neymar e Roman Lukaku os deixam muito perto de figurar entre os escolhidos. Mas só podíamos apontar onze e estes são os nossos nomes.
Boas Apostas!