Nacional da Madeira e Santa Clara dos Açores garantiram a promoção à Primeira Liga. É o regresso de dois clubes das ilhas, depois de um ano de competição onde, como é habitual, reinou o equilíbrio entre os diversos clubes candidatos à subida.
Para o conjunto madeirense, foi um regresso rápido. Um ano apenas de passagem pela Segunda Liga, com o seu ex-jogador Costinha como treinador. Para o antigo internacional português, depois de ter estado na Académica na época anterior, foi este o seu primeiro grande sucesso enquanto treinador. Marcado por várias passagens mal sucedidas na Primeira Liga, o passo atrás terá sido uma boa forma de se reposicionar e conseguir apontar um novo caminho.
Foi muito importante para o Nacional ter constituído um onze com jogadores muito experientes. O guarda-redes Daniel Guimarães, os defesas Felipe Lopes e Elízio, tal como o médio Christian, todos brasileiros, asseguraram parte do sucesso do conjunto que, conjugou muito bem esta experiência com uma série de jovens jogadores que encontraram espaço para destaque, como Nuno Campos, Diogo Coelho, João Camacho ou Murilo. Ricardo Gomes e Vítor Gonçalves foram outras peças importantes para a equipa que, no final das contas, foi dominadora da situação na Segunda Liga.
No Santa Clara, a fórmula da veterania foi também utilizada, com vários jogadores muito experientes a estarem entre os mais utilizados por Carlos Pinto, técnico que não renovou contrato com o clube açoriano. A perspetiva passará por uma grande renovação do grupo. Entre os nomes que merecem destaque na presente temporada, estão o avançado Fernando e os médios Minhoca e Thiago Santana.
À beira do sucesso
Duas equipas da zona centro do país ficaram muito perto de, também elas, regressarem à primeira liga. O Académico de Viseu é o conjunto que há mais tempo não pisa os relvados da principal divisão do futebol nacional, tendo procurado no experiente Manuel Cajuda a solução para cumprir um objetivo que lhe escapava. Ficou a apenas dois pontos e espera ainda a resolução de uma série de queixas que pendem sobre o Santa Clara, mantendo esperanças na eventual subida.
A Académica de Coimbra foi outra das equipas que, até bem perto do final, alimentou o sonho da promoção, com Ricardo Soares a não ser capaz de levar a equipa a bom porto na reta final da prova. Penafiel e Arouca foram outros conjuntos que também prolongaram o sonho até bem perto do fim.
O Leixões merece ainda uma nota de reconhecimento, sobretudo por uma primeira volta bem conseguida, enquanto João Henriques esteve na frente do grupo, depois de substituir Daniel Kenedy. A equipa de Matosinhos ajudou a revelar Stephen Eustáquio, sendo que, com alguma naturalidade, perdeu qualidade quando treinador e um dos principais jogadores saíram para a Primeira Liga.
Equipas B e descidas de divisão
Não foi um ano bom para as equipas B. Destaca-se, por um lado, o FC Porto B, com um modelo de jogo de grande qualidade, e, por outro lado, o Benfica B, com uma série de nomes que poderão estar, no futuro próximo, na Primeira Liga. Mas com inconstância na sua utilização, acabaram por se posicionar em 7º e 13º lugar.
Braga e Vitória de Guimarães asseguraram manutenção, mas o Sporting B foi uma das equipas a cair de divisão, algo que deverá evitar para se concentrar, totalmente, no novo Campeonato Nacional de Sub-23. O União da Madeira acabou por ser o conjunto condenado já nos descontos, ao perder frente ao Cova da Piedade, enquanto Gil Vicente e Real Massamá cedo ficaram condenados. A equipa de Barcelos, a pensar no regresso à Primeira Liga por via administrativa, a equipa de Massamá, sem condições para competir num nível acima do Campeonato de Portugal, onde voltará agora.
Boas Apostas!