Dois anos depois dos violentos tumultos entre ingleses e russos na cidade de Marselha, a imprensa internacional olhava com alguma apreensão para esta fase final do campeonato do mundo, na Rússia. A poucos dias da queda da cortina na competição, não se verificaram grandes altercações no país do Leste da Europa, excepção feita a alguns episódios pontuais. O balanço é positivo.
Estádios cheios, “fanzones” lotadas e uma “invasão” a solo russo proveniente de todos os pontos do mundo sem precedentes. A julgar por aquilo que a imprensa internacional tem transmitido, a organização deste Mundial 2018 tem sido um sucesso e a generalidade dos adeptos também elogia a organização da prova.
Em função da dispensa de obtenção de visto turístico – pelo menos para cidadãos europeus – para entrar na Rússia durante a competição, a FIFA criou o “Fan ID”, um cartão solicitado pelas autoridades que permitiu aos adeptos entrarem no país até dez dias antes do início do primeiro jogo e permanecerá a permanência até dez dias após o termo da competição. No entanto, o cartão acarretou benefícios para os adeptos: para além das facilidades facultadas a nível de transportes públicos, permitiu visitar alguns monumentos e museus de forma totalmente gratuita.
Invasões provenientes do México e do Perú
No que há forma de estar diz respeito, ninguém superou o civismo demonstrado por japoneses e senegaleses que limparam as bancadas após o termo dos seus jogos. Em termos de presença, há outras nações a destacar.
Ainda que não tenham sido divulgados números oficiais, há pelo menos duas seleções que não se podem queixar de falta de apoio em solo russo, tanto pela presença nos estádios como pelo ruído criado. A seleção mexicana contou sempre com muita gente nos seus desafios e os adeptos “aztecas” estiveram em clara maioria em todos os jogos da fase de grupos, tal e qual como aconteceu com a seleção peruana neste regresso a uma fase final de um campeonato do mundo – a imprensa internacional considerou a presença de mais de 80 mil peruanos na Rússia. A Colômbia foi outro dos países mais representados nas bancadas.
Um dado curioso corresponde ao número de adeptos chineses que viajaram para a Rússia: segundo o “The Independent”, mais de 60 mil viajaram para o Leste da Europa para assistirem a competição, ainda que a sua seleção nem sequer se tenha apurado, num fenómeno idêntico ao dos norte-americanos que estiveram no top em termos de aquisição de bilhetes segundo as informações divulgadas pela FIFA em abril.
A bancada de Ekaterimburgo
A Arena Ekaterimburgo é o palco mais “sui generis” deste campeonato do mundo. Na renovação do estádio do FK Ural, os responsáveis pela obra viram-se obrigados a arranjar uma solução temporária para um dos topos, construindo uma bancada… fora do próprio recinto. No topo de uma estrutura composta por infindáveis andaimes foram colocadas várias cadeiras. Uma solução alternativa que cumpriu todos os requisitos da FIFA e certamente ímpar em fases finais do campeonato do mundo.
Boas apostas!