A cada jornada que passa, os corações palmeirenses palpitam com maior vigor. O “Verdão” é líder do campeonato brasileiro ao cabo de 21 jornadas e quer quebrar o “tabu” relativo a títulos do principal escalão que dura desde 1994. Nos últimos 22 anos, o emblema Paulista viu todos os principais rivais do Estado assumirem o trono do futebol brasileiro e ainda teve que lidar com a dor de disputar o segundo escalão em mais que uma ocasião, abrindo-se uma janela de oportunidade para o assalto ao título.
Alexi Stival “Cuca” assumiu os destinos do Palmeiras na reta final do Paulistão 2016, sucedendo a Marcelo Oliveira no comando técnico do “Verdão”. O novo treinador não conseguiu fazer com que a equipa voltasse a conquistar um troféu que foge desde 2008 – situação que não tira o sono aos adeptos -, mas o início de um novo ciclo trouxe benefícios para a equipa, uma vez que a liderança de Marcelo Oliveira tinha chegado a um ponto de saturação. Na Libertadores, prova para a qual o Palmeiras se qualificou depois de ter vencido a Copa do Brasil 2015, Cuca só se sentou no banco de suplentes nos últimos três jogos, já depois de o conjunto brasileiro ter perdido em casa com os uruguaios do Nacional, num resultado que se viria a revelar fatal na classificação final do grupo. A esse nível, a chegada de um novo treinador de pouco serviu e não deu azo a grandes mudanças.
Inteiramente focado no campeonato brasileiro – o atual detentor da Copa do Brasil ainda não se estreou na prova -, o Palmeiras de Cuca tem rubricado o trajeto próprio de um candidato ao título no futebol brasileiro. Um dos segredos para o êxito da equipa reside na força que denota em casa, no Palestra Itália (denominado Allianz Parque), tanto que só perdeu uma vez em 11 jogos caseiros para o campeonato brasileiro. Nas deslocações que efetua, o Palmeiras debate-se com as dificuldades que são comuns a qualquer concorrente ao título, mas é por aí que terá que fazer a diferença. Provar força fora de portas e pontuar (já que mais não seja) na condição de visitante é essencial para que a equipa mantenha os índices de confiança, até porque a componente psicológica assume muita importância numa “maratona” como o campeonato brasileiro – a “cobrança” dos adeptos não é tão grande quanto em emblemas como o Corinthians, por exemplo, algo que poderá ser benéfico. Nesta lógica, o Palmeiras conquistou recentemente um resultado importante na deslocação ao terreno do Atlético Paranaense, ao converter-se na primeira equipa a triunfar na Arena da Baixada na atual edição do campeonato brasileiro. A liderança do Palmeiras não tem sido uma constante, já foi interrompida em duas ocasiões, mas mantém-se de há três jornadas a esta parte.
Gestão adequada
Cuca tem conseguido gerir a equipa convenientemente, mantendo os índices de competitividade nos píncaros apesar de todas as vicissitudes próprias da participação numa prova como o Brasileirão. Esta quinta-feira, na antecâmara do encontro com o Fluminense, o portal “Globo Esporte” chama a atenção do leitor para um dado curioso: Até à data, Cuca só conseguiu repetir uma formação titular em uma ocasião – 9ª /10ª jornadas. O novo técnico mudou a “cara” do Palmeiras incutindo uma ideia de jogo mais vocacionada para o último terço do campo, pautando pela velocidade no último terço. Com Marcelo Oliveira, o Palmeiras assumia-se como uma equipa menor arrojada a esse nível.
Nas últimas rondas o Palmeiras esteve privado da sua principal figura – atleta que ao que tudo indica reforçará o Manchester City de Pep Guardiola – :situação que fez com que a equipa perdesse algum fulgor no último terço do campo. O dianteiro Gabriel Jesus, de regresso aos trabalhos depois de ter estado ao serviço da seleção olímpica. O jovem avançado brasileiro é o melhor marcador do campeonato brasileiro com 10 golos, assumindo-se como um dos principais responsáveis pela boa campanha do melhor ataque da prova. Num plantel bem composto, com opções suficientes para responder às exigências do calendário, o Palmeiras conta com uma força importante que emana das vozes experientes de atletas como Fernando Prass ou Zé Roberto.
Boas Apostas!